Católicos devem frequentar o espiritismo? Nos centros espíritas é dito que sim, mas o que a Igreja tem a dizer a esse respeito?
Em primeiro lugar, é preciso saber o que é ser espírita. Como os espíritas se definem? Os cursos e livros da Federação Espírita Brasileira são claros: espírita é aquele que aceita e observa a revelação que vem dos espíritos. Vemos, então, que toda a doutrina espírita está baseada e fundamentada nas informações e orientações que chegam a partir de “entidades desencarnadas” (na linguagem espírita, as almas dos falecidos). São os espíritos que revelam todos os ensinamentos, tudo aquilo que se entende como verdadeiro e recomendável.
A partir daí já é possível perceber que se trata de um sistema de crenças completamente diferente do cristianismo. As bases da nossa fé não foram transmitidas por “espíritos”, no plural: não são “entidades”, não são pessoas que já morreram; é O Espírito Divino que guia a Igreja. Cremos que Deus inspirou a Bíblia Sagrada para a nossa instrução e meditação, e que Jesus instituiu a sua Igreja sobre a Terra. Nós, cristãos, cremos numa Revelação de Deus. Os espíritas crêem na revelação que teria sido transmitida por espíritos de falecidos.
Eles vêem a Bíblia como uma obra que possui somente valor moral, e não sagrado. Allan Kardec escreveu seu “evangelho segundo o espiritismo” escolhendo trechos da Bíblia que lhe pareciam concordar com o que ele próprio ensinava, e descartou todas as partes que claramente o contrariavam.
O que provoca mais confusão é que os espíritas costumam se declarar “cristãos”, e falam muito em Jesus, e também em Maria, em alguns santos... Mas de que Jesus eles estão falando, se eles não crêem que Jesus é o Cristo, isto é, Deus? Para eles, Jesus é apenas um “espírito evoluído”, uma espécie de “entidade” iluminada que indica o caminho. Para nós, Jesus nos salva verdadeiramente.
Nós, católicos, cremos que Deus se fez homem e habitou entre nós. Cremos que a Bíblia é uma forma de transmitirmos e recebermos a Presença desta Pessoa, que é Jesus Cristo. Jesus é a Revelação de Deus Pai, é o Centro, o Momento mais importante da Revelação. É Jesus este Deus que se fez homem: ele não é “guia”, nem “espírito de luz”, nem “entidade” ou qualquer coisa do gênero. Jesus é Deus; é tudo para nós e está conosco todos os dias. Por Ele tudo se fez, e “é nEle que vivemos, nos movemos, e existimos” (conf. Atos 17, 28).
Como poderíamos nós, católicos, participar numa outra instituição que contraria justamente o princípio mais fundamental da nossa fé? Que não aceita o Sacrifício dAquele que tanto sofreu e se entregou pela nossa salvação? É honesto se declarar católico e frequentar, ao mesmo tempo, o espiritismo? Cremos que a Igreja é a Presença de Cristo na História: ela é o Corpo de Cristo (Efésios 5, 23): Jesus é a Cabeça e a Igreja é o Corpo Vivo de Nosso Senhor neste mundo. Para estarmos em Comunhão plena com Deus, precisamos ser membros desta Igreja. O cristianismo, portanto, não é só uma “doutrina”. É muito mais. Na Encíclica Deus é Amor, o Papa Bento XVI diz que “o cristianismo é um acontecimento”. É Deus que irrompe na História, e nos encontramos com Ele por meio de Cristo, nosso Salvador. Tudo isso é negado pelo espiritismo.
Outra diferença profunda é a crença na reencarnação. O espiritismo adotou muitos princípios do paganismo: para eles, os seres humamos vão “reencarnando” muitas vezes, e assim, por seus próprios esforços e méritos, vão se aperfeiçoando e merecendo a realização espiritual. Nós, cristãos, reconhecemos que, por nossos próprios esforços, não conseguimos chegar lá: Deus é quem nos dá a Salvação.
A Bíblia ensina que já há milhares de anos os homens vêm tentando alcançar o Céu por seus próprios esforços. É este o ensinamento da história da Torre de Babel (Gênesis 11): os seres humanos tentaram construir uma torre alta o bastante para chegar ao céu: nessa metáfora, a torre é a capacidade humana para crescer, se aprimorar, conquistar as coisas. O “céu” representa a Salvação, a vida eterna no mundo dos deuses, como os pagãos que construíam a torre acreditavam naquela época, achando que o Paraíso era um lugar acima das nuvens.
Deus então confunde as línguas, mostrando aos seres humanos que são incapazes, por suas próprias forças, de alcançar o Paraíso. Eles achavam que poderiam subir por eles mesmos, andar por andar, até chegar a Deus.
É exatamente o que a doutrina da reencarnação ensina. Vamos reencarnando, aprendendo, evoluindo, e assim chegamos a Deus. Mas como poderíamos evoluir, se numa encarnação nos esquecemos de tudo o que vivemos e aprendemos na outra? Para quê Jesus se entregou ao martírio, se todos nós já seríamos salvos, reencarnando milhares de vezes?
Não, nós não podemos chegar a Deus por nós mesmos. Por isso, Ele veio até nós, na Pessoa de Jesus Cristo, e nos deixou a Sua Igreja, a Sua Palavra e Seus Sacramentos.
Tudo isso também é negado pelo espiritismo. Vemos então que são propostas completamente diferentes, espiritismo e cristianismo. Tudo o que eles pensam e ensinam é o avesso daquilo que cremos. Por que não podemos ser católicos e espíritas ao mesmo tempo? Simples: porque somos cristãos, e o espiritismo descarta todas as bases sobre as quais a Igreja se fundamenta: a Divindade do Cristo, a Eucaristia, a intercessão dos santos, a existência dos anjos, a Concepção Imaculada, e, principalmente, a Salvação pela Graça: por Amor, sem depender de uma sucessão de reencarnações.
fonte:http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2001/07/o-cristianismo-e-o-espiritismo-sao.html
Em primeiro lugar, é preciso saber o que é ser espírita. Como os espíritas se definem? Os cursos e livros da Federação Espírita Brasileira são claros: espírita é aquele que aceita e observa a revelação que vem dos espíritos. Vemos, então, que toda a doutrina espírita está baseada e fundamentada nas informações e orientações que chegam a partir de “entidades desencarnadas” (na linguagem espírita, as almas dos falecidos). São os espíritos que revelam todos os ensinamentos, tudo aquilo que se entende como verdadeiro e recomendável.
A partir daí já é possível perceber que se trata de um sistema de crenças completamente diferente do cristianismo. As bases da nossa fé não foram transmitidas por “espíritos”, no plural: não são “entidades”, não são pessoas que já morreram; é O Espírito Divino que guia a Igreja. Cremos que Deus inspirou a Bíblia Sagrada para a nossa instrução e meditação, e que Jesus instituiu a sua Igreja sobre a Terra. Nós, cristãos, cremos numa Revelação de Deus. Os espíritas crêem na revelação que teria sido transmitida por espíritos de falecidos.
Eles vêem a Bíblia como uma obra que possui somente valor moral, e não sagrado. Allan Kardec escreveu seu “evangelho segundo o espiritismo” escolhendo trechos da Bíblia que lhe pareciam concordar com o que ele próprio ensinava, e descartou todas as partes que claramente o contrariavam.
O que provoca mais confusão é que os espíritas costumam se declarar “cristãos”, e falam muito em Jesus, e também em Maria, em alguns santos... Mas de que Jesus eles estão falando, se eles não crêem que Jesus é o Cristo, isto é, Deus? Para eles, Jesus é apenas um “espírito evoluído”, uma espécie de “entidade” iluminada que indica o caminho. Para nós, Jesus nos salva verdadeiramente.
Nós, católicos, cremos que Deus se fez homem e habitou entre nós. Cremos que a Bíblia é uma forma de transmitirmos e recebermos a Presença desta Pessoa, que é Jesus Cristo. Jesus é a Revelação de Deus Pai, é o Centro, o Momento mais importante da Revelação. É Jesus este Deus que se fez homem: ele não é “guia”, nem “espírito de luz”, nem “entidade” ou qualquer coisa do gênero. Jesus é Deus; é tudo para nós e está conosco todos os dias. Por Ele tudo se fez, e “é nEle que vivemos, nos movemos, e existimos” (conf. Atos 17, 28).
Como poderíamos nós, católicos, participar numa outra instituição que contraria justamente o princípio mais fundamental da nossa fé? Que não aceita o Sacrifício dAquele que tanto sofreu e se entregou pela nossa salvação? É honesto se declarar católico e frequentar, ao mesmo tempo, o espiritismo? Cremos que a Igreja é a Presença de Cristo na História: ela é o Corpo de Cristo (Efésios 5, 23): Jesus é a Cabeça e a Igreja é o Corpo Vivo de Nosso Senhor neste mundo. Para estarmos em Comunhão plena com Deus, precisamos ser membros desta Igreja. O cristianismo, portanto, não é só uma “doutrina”. É muito mais. Na Encíclica Deus é Amor, o Papa Bento XVI diz que “o cristianismo é um acontecimento”. É Deus que irrompe na História, e nos encontramos com Ele por meio de Cristo, nosso Salvador. Tudo isso é negado pelo espiritismo.
Outra diferença profunda é a crença na reencarnação. O espiritismo adotou muitos princípios do paganismo: para eles, os seres humamos vão “reencarnando” muitas vezes, e assim, por seus próprios esforços e méritos, vão se aperfeiçoando e merecendo a realização espiritual. Nós, cristãos, reconhecemos que, por nossos próprios esforços, não conseguimos chegar lá: Deus é quem nos dá a Salvação.
A Bíblia ensina que já há milhares de anos os homens vêm tentando alcançar o Céu por seus próprios esforços. É este o ensinamento da história da Torre de Babel (Gênesis 11): os seres humanos tentaram construir uma torre alta o bastante para chegar ao céu: nessa metáfora, a torre é a capacidade humana para crescer, se aprimorar, conquistar as coisas. O “céu” representa a Salvação, a vida eterna no mundo dos deuses, como os pagãos que construíam a torre acreditavam naquela época, achando que o Paraíso era um lugar acima das nuvens.
Deus então confunde as línguas, mostrando aos seres humanos que são incapazes, por suas próprias forças, de alcançar o Paraíso. Eles achavam que poderiam subir por eles mesmos, andar por andar, até chegar a Deus.
É exatamente o que a doutrina da reencarnação ensina. Vamos reencarnando, aprendendo, evoluindo, e assim chegamos a Deus. Mas como poderíamos evoluir, se numa encarnação nos esquecemos de tudo o que vivemos e aprendemos na outra? Para quê Jesus se entregou ao martírio, se todos nós já seríamos salvos, reencarnando milhares de vezes?
Não, nós não podemos chegar a Deus por nós mesmos. Por isso, Ele veio até nós, na Pessoa de Jesus Cristo, e nos deixou a Sua Igreja, a Sua Palavra e Seus Sacramentos.
Tudo isso também é negado pelo espiritismo. Vemos então que são propostas completamente diferentes, espiritismo e cristianismo. Tudo o que eles pensam e ensinam é o avesso daquilo que cremos. Por que não podemos ser católicos e espíritas ao mesmo tempo? Simples: porque somos cristãos, e o espiritismo descarta todas as bases sobre as quais a Igreja se fundamenta: a Divindade do Cristo, a Eucaristia, a intercessão dos santos, a existência dos anjos, a Concepção Imaculada, e, principalmente, a Salvação pela Graça: por Amor, sem depender de uma sucessão de reencarnações.
fonte:http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2001/07/o-cristianismo-e-o-espiritismo-sao.html