25/02/2012

Imagem na Igreja é idolatria?

Jesus,O bom pastor  (sec.IV)
Uma das maiores disputas entre católicos e evangélicos está, sem dúvida, na questão do uso das imagens na Igreja. A Igreja Católica defendeu o seu uso desde o princípio, e também as igrejas cristãs ortodoxas, ao contrário de certas novas comunidades, em terras brasileiras denominadas "evangélicas". Ocorre que, a partir de Lutero, as novas congregações cristãs passaram a encarar a questão como um insulto ao mandamento divino que proíbe a confecção de imagens: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra." (Êxodo, 20, 4-5)

Muitos pastores frequentemente atacam aos católicos, chamando-os de "idólatras", nome que na antiguidade era dado aos pagãos adoradores de ídolos, como se as imagens usadas nos templos católicos representassem ídolos; ou - ainda pior - dando a entender que a Igreja ensina a adorar essas imagens. Basta uma breve e simples averiguação para se constatar que nada disso corresponde à verdade: em primeiro lugar, as imagens que se encontram nas igrejas católicas não são "ídolos", isto é, não representam deuses estranhos (é a isso que o termo se refere). Segundo, a Igreja jamais ensinou a “adorar” essas imagens, mas sim que se tratam de representações artísticas, com função de homenagem à memória dos santos e anjos e do próprio Jesus Cristo. Muito simples.

Para começar a entender a questão, convém antes explicar o que é uma "imagem". Para cumprir o mandamento bíblico ao pé da letra, isto é, fora do seu contexto, e não usar imagem de modo algum, nós teríamos que derrubar todas as estátuas e monumentos das praças e museus; queimar as obras clássicas das galerias de arte; não poderíamos possuir qualquer objeto figurativo, nem algum livro com figuras ou deixar uma filha brincar de boneca; não se poderia fixar em parede alguma poster ou cartaz; não assistir TV (imagens em movimento) nem ter um porta-retratos, nem nada parecido com isso! Em última análise, o registro e porte de documentos oficiais estaria proibido, pois exigem fotografia, que se trata de um tipo de imagem gravada em papel...

Desde a origem da humanidade, já na época das cavernas, o homem sempre se utilizou de pinturas, desenhos e esculturas para dar a entender ou explicar suas idéias. Esses meios serviram e ainda servem para auxiliar a visualizar e compartilhar conceitos abstratos de uma mente para outra; isto é, para explicar o que não poderia ser definido em palavras. E sabemos que foi exatamente daí que surgiu a escrita. - Portanto, se não fosse pelo costume ancestral de se representar o mundo e a vida através de imagens, primeiramente gravadas na pedra, que depois se tornariam símbolos e sinais, nós não teríamos a escrita; - consequentemente, não teríamos a própria Bíblia Sagrada...

Para que se possa entender e observar qualquer proibição, regra ou preceito (seja ou não de cunho religioso), é preciso entender a quê se refere. - Neste caso específico, não é difícil entender, acima de qualquer dúvida, que a proibição do Antigo Testamento da Bíblia se refere, explicitamente, à adoração e não ao simples uso cultual: "Não terás outros deuses diante de mim..." - Claro que a proibição se refere às imagens dos deuses dos povos pagãos que rodeavam a terra de Israel naquela época, que tinham muitas vezes a forma de pássaros, répteis e outros animais terrestres, seres marinhos e outros (por isso a especificação 'nem do que há em cima no céu nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra'). A proibição se refere a um tipo específico de imagem (falsos deuses pagãos), para um uso específo (adoração ao falso deus na imagem), e não a todo e qualquer tipo de imagem, em toda e qualquer situação. Qualquer estudioso ou pesquisador, que possua o mínimo de conhecimento a respeito do contexto histórico do Antigo Testamento, isso é mais do que óbvio.

Mesmo nas igrejas protestantes mais antigas e tradicionais da Europa (berço do protestantismo) e dos Estados Unidos, é comum e frequente o uso de pinturas, crucifixos, vitrais, imagens de anjos e símbolos religiosos. Entretanto, algumas seitas cristãs derivadas do protestantismo original (que são fudamentalistas e adotam uma interpretação totalmente literal da Bíblia), que se proliferam especialmente nos países subdesenvolvidos da América Latina (destaque para o Brasil), insistem no ensino equivocado de que o texto bíblico proíbe irrestritamente o uso de todo e qualquer tipo de imagem no culto religioso. Como entender tal fenômeno? A análise do problema nos força a escolher entre uma de duas explicações:

a) Os líderes de tais seitas agem de má-fé. Infelizmente é fato histórico que as novas seitas heréticas, para se estabelecer e aumentar o número dos seus adeptos em países de maioria católica, sempre optoaram por desestabilizar a fé da população, utilizando-se, entre outras táticas, de artifícios caluniosos;

b) Ignorância. É bastante provável que ao menos uma parte dos "pastores" de algumas dessas seitas realmente acreditem no que ensinam. Nesse caso, fica evidente o seu total despreparo como líderes religiosos, pois demonstram completo desconhecimento do contexto histórico e filológico em que surgiram as leis do Antigo Testamento. Evidentemente, não basta ler a Bíblia: é preciso entender o que ela realmente diz. Exatamente por isso, Jesus Cristo deu autoridade aos seus Apóstolos. Se fosse para cada um ler os textos sagrados e interpretá-los do 'seu jeito', baseados apenas em sua inteligência e suas sensações, não haveria como não acontecer o que está acontecendo agora: milhares de "igrejas" que não param de surgir todos os dias, cada uma ensinando coisas diferentes... Tem até "bispo" defendendo o aborto(!!), quando toda a Bíblia ensina que somos formados e escolhidos por Deus "desde o ventre materno" (conf. Salmo 22, 10 / Jeremias 1, 5 / Jó 31, 15 / Salmo 139, 13) . Um absurdo teológico, entre muitos outros absurdos...

Muita gente também não sabe que a origem do uso das imagens cristãs remonta aos períodos primitivos do cristianismo. - Quando a maior parte dos membros da Igreja era composta por iletrados analfabetos, a compreensão das histórias bíblicas se fazia por meio de desenhos e esculturas. As primeiras comunidades cristãs já se identificavam com símbolos e imagens, como a cruz, o peixe, o cálice, o cordeiro e outros, e logo passaram a representar o Cristo como Bom Pastor. - Que no começo era a figura de um jovem sem barba, de cabelos frisados, carregando uma ovelha nos ombros. - Logo a seguir surgiram as representações do Cordeiro Pascal e os ícones (esculturas) alusivas aos acontecimentos da vida de Cristo.

A tradição do uso das imagens, portanto, vem dos primeiros cristãos, como um meio para dar a conhecer e transmitir a fé e o amor a Cristo e preservar a memória dos santos. Entre as muitas provas, estão as catacumbas dos primeiros cristãos - a maioria localizada em Roma - onde ainda se conservam imagens, como as de Santa Priscila, anteriores ao séc. III.


O fim da Igreja?

QUE VERGONHA...
Predizer e desejar a morte da mãe do outro, enquanto convidadamos esse outro a aceitar a nossa mãe como sua, é desvio de conduta. É desonesto. É esta a desonestidade que cometem os membros de uma "igreja" que existe há algumas décadas e conta com alguns milhares de fiéis, anunciando o fim da Igreja que tem dois mil anos de história e mais de 1 bilhão e duzentos milhões de fiéis. São estes que convidam os fiéis da Igreja Católica, que se eles querem ver morta, a migrar para a comunidade deles.

Desde o ano passado, corre pela Internet uma tal “profecia” que anuncia para breve o fim do catolicismo romano. Mais uma agressão que sofremos. Mesmo acreditando no legítimo ecumenismo, de vez em quando somos obrigados a ouvir tais barbaridades, como vimos falsos pregadores a chutar com desprezo nossas imagens sagradas, e aturar gente que entra em nossos santuários para quebrar os nossos símbolos.

A cantora "evangélica" Ana Paula Valadão, da denominação "igreja da Lagoinha", num show em Salvador (BA), profetizou o fim da Igreja Católica Apostólica Romana. Em determinado momento da sua apresentação, a cantora, usando uma passagem bíblica totalmente fora de contexto, repetia diversas vezes a palavra "tambores", como num transe, ao mesmo tempo em que a bateria acelerava a batucada. Momentos depois, as palavras de ordem dela eram: “Receba o tambor, receba o tambor…É a ruína dos falsos deuses, é a ruína do povo idólatra”...

A seguir, pediu à banda que tocasse os tambores em ritmo baiano, e as bailarinas dançaram se debatendo, algumas pelo chão. - Muitos internautas compararam a apresentação às manifestações da macumba. - A cantora parecia fora de si, e de um lado para o outro do palco soltou as palavras, (Aqui em Salvador) Aonde a idolatria chegou, aonde chegou o culto aos deuses, aonde entrou a influência de toda mariolatria no nosso Brasil, desde as primeiras missas efetuadas em solo brasileiro …o Senhor fará tocar novos tambores nesta nação”, proclamou. Quem tiver estômago forte, pode assistir ao vídeo aqui.

Ana Paula Valadão pertence à uma das seitas ditas "evangélicas" que associam a devoção à Virgem Maria com idolatria, e não demonstram o menor respeito para com a religião da maioria dos brasileiros. A artista afirma que fala em nome de Deus e proclama a suposta "profecia" da queda da religião que, para ela, trouxe a idolatria ao nosso país: a Igreja Católica. Querer falar em nome do Criador é algo muito sério, e nos lembra dos falsos profetas citados na Bíblia.

Toda a doutrina, e toda a vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo estão fundamentados no Amor, o que nos leva responder à cantora imbuídos de Caridade, e não de outros sentimentos. Portanto, não levaremos em consideração aqui as manjadas acusações de idolatria Predizer e desejar a morte da mãe do outro, enquanto convidadamos esse outro a aceitar a nossa mãe como sua, é desvio de conduta. É desonesto. É esta a desonestidade que cometem os membros de uma "igreja" que existe há algumas décadas e conta com alguns milhares de fiéis, anunciando o fim da Igreja que tem dois mil anos de história e mais de 1 bilhão e duzentos milhões de fiéis. São estes que convidam os fiéis da Igreja Católica, que se eles querem ver morta, a migrar para a comunidade deles.

Desde o ano passado, corre pela Internet uma tal “profecia” que anuncia para breve o fim do catolicismo romano. Mais uma agressão que sofremos. Mesmo acreditando no legítimo ecumenismo, de vez em quando somos obrigados a ouvir tais barbaridades, como vimos falsos pregadores a chutar com desprezo nossas imagens sagradas, e aturar gente que entra em nossos santuários para quebrar os nossos símbolos.

A cantora "evangélica" Ana Paula Valadão, da denominação "igreja da Lagoinha", num show em Salvador (BA), profetizou o fim da Igreja Católica Apostólica Romana. Em determinado momento da sua apresentação, a cantora, usando uma passagem bíblica totalmente fora de contexto, repetia diversas vezes a palavra "tambores", como num transe, ao mesmo tempo em que a bateria acelerava a batucada. Momentos depois, as palavras de ordem dela eram: “Receba o tambor, receba o tambor…É a ruína dos falsos deuses, é a ruína do povo idólatra”...

A seguir, pediu à banda que tocasse os tambores em ritmo baiano, e as bailarinas dançaram se debatendo, algumas pelo chão. - Muitos internautas compararam a apresentação às manifestações da macumba. - A cantora parecia fora de si, e de um lado para o outro do palco soltou as palavras, (Aqui em Salvador) Aonde a idolatria chegou, aonde chegou o culto aos deuses, aonde entrou a influência de toda mariolatria no nosso Brasil, desde as primeiras missas efetuadas em solo brasileiro …o Senhor fará tocar novos tambores nesta nação”, proclamou. Quem tiver estômago forte, pode assistir ao vídeo aqui.

Ana Paula Valadão pertence à uma das seitas ditas "evangélicas" que associam a devoção à Virgem Maria com idolatria, e não demonstram o menor respeito para com a religião da maioria dos brasileiros. A artista afirma que fala em nome de Deus e proclama a suposta "profecia" da queda da religião que, para ela, trouxe a idolatria ao nosso país: a Igreja Católica. Querer falar em nome do Criador é algo muito sério, e nos lembra dos falsos profetas citados na Bíblia.

Toda a doutrina, e toda a vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo estão fundamentados no Amor, o que nos leva responder à cantora imbuídos de Caridade, e não de outros sentimentos. Portanto, não levaremos em consideração aqui as manjadas acusações de idolatria Predizer e desejar a morte da mãe do outro, enquanto convidadamos esse outro a aceitar a nossa mãe como sua, é desvio de conduta. É desonesto. É esta a desonestidade que cometem os membros de uma "igreja" que existe há algumas décadas e conta com alguns milhares de fiéis, anunciando o fim da Igreja que tem dois mil anos de história e mais de 1 bilhão e duzentos milhões de fiéis. São estes que convidam os fiéis da Igreja Católica, que se eles querem ver morta, a migrar para a comunidade deles.

Desde o ano passado, corre pela Internet uma tal “profecia” que anuncia para breve o fim do catolicismo romano. Mais uma agressão que sofremos. Mesmo acreditando no legítimo ecumenismo, de vez em quando somos obrigados a ouvir tais barbaridades, como vimos falsos pregadores a chutar com desprezo nossas imagens sagradas, e aturar gente que entra em nossos santuários para quebrar os nossos símbolos.

A cantora "evangélica" Ana Paula Valadão, da denominação "igreja da Lagoinha", num show em Salvador (BA), profetizou o fim da Igreja Católica Apostólica Romana. Em determinado momento da sua apresentação, a cantora, usando uma passagem bíblica totalmente fora de contexto, repetia diversas vezes a palavra "tambores", como num transe, ao mesmo tempo em que a bateria acelerava a batucada. Momentos depois, as palavras de ordem dela eram: “Receba o tambor, receba o tambor…É a ruína dos falsos deuses, é a ruína do povo idólatra”...

A seguir, pediu à banda que tocasse os tambores em ritmo baiano, e as bailarinas dançaram se debatendo, algumas pelo chão. - Muitos internautas compararam a apresentação às manifestações da macumba. - A cantora parecia fora de si, e de um lado para o outro do palco soltou as palavras, (Aqui em Salvador) Aonde a idolatria chegou, aonde chegou o culto aos deuses, aonde entrou a influência de toda mariolatria no nosso Brasil, desde as primeiras missas efetuadas em solo brasileiro …o Senhor fará tocar novos tambores nesta nação”, proclamou. Quem tiver estômago forte, pode assistir ao vídeo aqui.

Ana Paula Valadão pertence à uma das seitas ditas "evangélicas" que associam a devoção à Virgem Maria com idolatria, e não demonstram o menor respeito para com a religião da maioria dos brasileiros. A artista afirma que fala em nome de Deus e proclama a suposta "profecia" da queda da religião que, para ela, trouxe a idolatria ao nosso país: a Igreja Católica. Querer falar em nome do Criador é algo muito sério, e nos lembra dos falsos profetas citados na Bíblia.

Toda a doutrina, e toda a vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo estão fundamentados no Amor, o que nos leva responder à cantora imbuídos de Caridade, e não de outros sentimentos. Portanto, não levaremos em consideração aqui as manjadas acusações de idolatria  e nos atemos a comentar as palavras ditas: “…A Igreja Católica Apostólica Romana do Brasil será invadida por uma onda de conversão… Haverá entre os padres, entre os seminaristas um espírito de ousadia para tomarem posição diante do Senhor”, como falou ela.
    De fato uma onda de Graça e de conversão invade a Igreja Católica desde o seu início, quando foi fundada por Jesus Cristo e confiada aos cuidados de Pedro (conf. Mt 16, 18 - Jo 21, 15) e à Sucessão Apostólica. Diferente dos "evangélicos", pregamos que precisamos de conversão continuamente e não ostentamos o título de "salvos" por vanglória e presunção, mas como dom de Deus por Cristo na Cruz, o que não é resultado de voluntarismo humano. Para nós não basta ir diante de uma assembleia e dizer "aceito Jesus" para ser salvo. É preciso uma conversão de alma interna, profunda e autêntica, que se reflete na vida e nas obras da pessoa, e não somente da boca para fora.

Como católicos, não possuímos rancor contra nossos irmãos "evangélicos". Apenas esperamos, e exigimos, respeito, assim como respeitamos o livre direito de cada um escolher em que acreditar. Porém, lembramos que toda a história do nosso país está identificada com a religião católica. Segundo estimativas oficiais, entre 73,8 e 84,5 por cento dos brasileiros se declaram católicos. A grande maioria das instituições sociais mais fundamentais do nosso país foram fundadas e são mantidas por instituições católicas. , São incontáveis os hospitais, creches, escolas, universidades, entidades de caridade e obras assistenciais que a Igreja iniciou e mantém, sem falar na construção da nossa sociedade, desde o início: a participação cívica em todas as frentes, como no Direito, com a humanização das leis, a contribuição essencial para a transformação dos nossos problemas sociais em problema público. A Igreja Católica Progressista organizou e influenciou as práticas, as ideias e os objetivos da sociedade civil brasileira: só como exemplo, recentemente, a ação da Igreja Católica foi indispensável para a aprovação da Lei Ficha Limpa, pois contribuímos desde comunidades até paróquias e dioceses, o que em números significa 90% da contribuição total para a aprovação do projeto, dados que muito nos orgulham. - Tudo o que pedimos é o mínimo: respeito.
A "profetiza" que anunciou o fim dos católicos foi histericamente aplaudida. Mas na verdade ela apenas repete o que milhares de falsos pregadores antes dela já fizeram, e vêm fazendo nestes dois mil anos de história da Igreja de Jesus Cristo, seja por razões ideológicas, religiosas ou políticas. Mas o catolicismo não acabou e nem acabará até o fim dos tempos, é esta a promessa de Cristo Jesus. E os corpos dos milhares de "profetas" que anunciaram o nosso fim, se ainda existem, estão em seus túmulos na companhia do filósofo Voltaire, que também queria o fim do catolicismo. O fim de todos eles sempre vêm antes.

A postura católica
Nós, católicos de hoje, somos aconselhados a não desejar o fim das outras religiões. Encíclicas como a “Ut Unum Sint” de João Paulo II, deixam claro que agressões e ofensas como as do tempo da reforma e da contrareforma ficaram para trás. Os textos daquele tempo vazavam ódio, são tristes de se ler. Como continua triste ver e ouvir algumas pregações que garantem que a primeira Igreja de Jesus Cristo será arrasada.

Aos católicos não é permitido falar dessa forma. Sacerdote católico que falasse do jeito daquela "pastora", no mínimo seria chamado às falas por seu bispo. Não é por aí que se evangeliza. Alguém diga isso à tal "profetiza".

19/02/2012

Mensagem de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, para a Quaresma

Irmãos e irmãs!
 
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito, este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marca¬do pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na pas¬sagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre atual sobre três aspectos da vida crista: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.


1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objeto de solícita e cuidadosa Providencia divina (cf. Lc 12,24), e a «dar-se conta» da trave que tem na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6,41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4,9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o fato de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé, deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo atual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).

A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sm 119/118,68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimen¬tos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois ex¬emplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10,30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16,19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Pv 29,7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5,4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.

O fato de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a cor¬reção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje se é muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Pv 9,8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18,15). O verbo usado para exprimir a cor¬reção fraterna - elenchein - é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5,11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se á mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vos, que sois espirituais, corrigi essa pes¬soa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6,1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Pv 24,16) - diz a Escritura -, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1Jo 1,8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais retamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22,61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.
 
2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade . 
O fato de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer as exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva á paz e á edificação mutua» (Rm 14,19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15,2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1Cor 10,33). Esta recíproca correção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.

Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1Cor 12,25) - afirma São Paulo -, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola - típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum - radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua par¬ticipação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e onipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a ação do Espirito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pa¡ celeste (cf. Mt 5,16).


3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.

Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10,24) impele-nos a considerar a vocação univer¬sal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais eleva¬dos e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1Cor 12,31 - 13,13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Pv 4,18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4,13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exor¬tação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «por a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25,24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12,21; 1Tm 6,18). Os mes¬tres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre atual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ¡neunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12,10).

Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Hb 6,10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de pre¬paração para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Benção Apostólica.


Vaticano, 3 de novembro de 2011





 

Oração diante do Santíssimo Sacramento do Altar

Ó Mistério Inefável, que sem Vós nada sou e nada posso fazer! Nada mais peço, além de vossa Luz e Presença em minha vida, e vos adoro e dou graças, porque vos amo sobre todas as coisas, e sei que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que vos amam.

Minha fé ainda é fraca, e ainda sou escravo da minha própria fraqueza. Mas dou graças pela vida que me destes e por ser parte de vossa imensa Vida. Dou graças por todas as bençãos e dons que recebo, não por meus méritos, mas por vossa infinita Misericórdia e Amor para comigo.

Dou graças por Maria Santíssima, Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança; dou graças pelos santos anjos e por meus irmãos do Céu, os santos que me assistem; dou graças por cada oportunidade de viver e crescer em Vós, Vida minha!

Dou graças por tudo o que me destes, e também por tudo que me tirastes, pois quando eu perdi, eu ganhei, Senhor meu!

Dou graças por este momento, por estar aqui diante de Vós, pelo amor de que me dotastes, pela sede que me destes e me faz querer estar sempre mais próximo de Vós, embora o medo ainda me faça, às vezes, querer fugir.

Seja esta minha adoração pelo bem de todos os que sofrem, nesta e na outra vida; pelo bem daqueles que ainda não vos encontraram, nem puderam encontrar em Vós o alívio para as dores e ansiedades deste mundo.

Seja esta minha adoração pelo crescimento espiritual da Igreja e de todo o mundo. Reza comigo, eu imploro, Mãe Bendita, Maria Santíssima! Reza comigo, eu imploro, castíssimo e bem-aventurado São José! Reza comigo, eu imploro, ó protetor da justiça, São Miguel Arcanjo! Caminhem comigo todos os santos do Céu! Protegei-me agora e na hora de minha morte, meu anjo de guarda! É em Nome de meu Senhor e Salvador que eu imploro: Jesus Cristo. Amém


fonte: http://vozdaigreja.blogspot.com/

Papa pede a cristãos que rejeitem o que contraria a sua fé

O papa Bento XVI pediu aos cristãos que rejeitem o que for contrário a sua fé nos modos de pensar e agir, em mensagem transmitida em ocasião da próxima Quaresma.
O pontífice se referiu à atitude predominante marcada pela indiferença e pelo desinteresse, que surge do egoísmo dissimulado após um aparente respeito à "esfera privada".
O Papa criticou "a atitude daqueles cristãos que, por respeito humano ou simples comodidade, se adequam à mentalidade comum, ao invés de alertar seus irmãos para os modos de pensar e de agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem".
Joseph Ratzinger lembrou que a mensagem cristã pede aos fiéis que sejam "os guardiões dos nossos irmãos", pois "a cultura contemporânea parece ter perdido o sentido do bem e do mal" e "é necessário reafirmar com força que o bem existe e vence".
O Papa também se referiu a uma espécie "de anestesia espiritual que nos deixa cegos diante dos sofrimentos dos demais" e julgou lamentável que alguns líderes ocidentais rejeitem com mais frequência que as religiões tomem posições no debate público.
Em uma mensagem forte enviada no mês passado aos bispos americanos, o Papa pediu aos católicos que façam valer sua objeção de consciência frente às leis que os obrigam a comportamentos contraditórios com a doutrina católica, como aceitar a pílula do dia seguinte.
A tradição da Igreja enumera entre as obras de misericórdia espiritual a de "corrigir aquele que se equivoca", razão pela qual "é importante recuperar esta dimensão da caridade cristã. Diante do mal não se deve calar".
No entanto, "o que anima a representação cristã nunca é um espírito de condenação ou de recriminação; o que a move é sempre o amor e a misericórdia, e brota da verdadeira solicitação pelo bem do irmão", concluiu.

fonte: http://procatolico.blogspot.com/

O que é a Teologia da Libertação?

 Em face da condenação de um livro de Jon Sobrinho, um dos teólogos líderes da teologia da libertação, pela Sagrada Congregação da Doutrina da Fé, do Vaticano, a discussão sobre esta teologia voltou a campo.
Um grupo de teólogos desta linha acaba de publicar um livro contestando a ação do Vaticano e do Papa. São eles: Marcelo Barros, Leonardo Boff, Teófilo Cabestrero, Oscar Campana, Víctor Codina, José Comblin , Confer de Nicaragua, Lee Cormie, Eduardo de la Serna, José Estermann, Benedito Ferraro, Eduardo Frades, Luis Arturo Garcia Dávalos, Ivone Gebara, Eduardo Hoornaert, Diego IrarrázavaI, Jung Mo Sung, Paul Kmitter, João Batista Libânio, María y José Ignacio López Vigil, Carlos Mesters, Ricardo Renshaw, Jean Richard, Pablo Richard, Luis Rivera Págan, José Sánchez, Stefan Silber, Ezequiel Silva, Afonso Mª Ligório Soares, José Sols, Paulo Suess, Luiz Carlos Susin, Faustino Teixeira, Tissa Balasuriya, e José María Vigil.
A Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo  Mundo publicou o livro “Bajar de la cruz a los pobres: cristología de la liberación”.
Muitos perguntam, o que é afinal, esta teologia da libertação? Vou responder esta pergunta com a resposta que deu a ela a autoridade da Igreja Católica; o Cardeal Joseph Ratzinguer, escolhido pelo Papa João Paulo II, em 1981, para ser o Prefeito da Sagrada Congregação da Doutrina da Fé; aquela que está encarregada de cuidar da “sã doutrina” (1Tm1,10; 4,6; Tt1,9; 2,1;2,7; 2Tm4,3), que com tanta ênfase São Paulo recomendava a Timóteo e a Tito. Hoje o então Cardeal Ratzinger é o Papa Bento XVI.
A teologia da libertação surgiu, mais especificamente, na América Latina, na década de 60, e ganhou adeptos principalmente nas Comunidades Eclesiais de Base. A partir dos anos 80 pudemos sentir mais de perto a sua ação. Foi então que o Cardeal Ratzinger, escreveu um importante artigo intitulado “Eu vos explico a teologia da libertação” (Revista PR,n. 276, set-out, 1984, pp354-365), onde deixou claro todo o seu perigo. Analisando este artigo, D.Estevão Bettencourt, afirma: “O autor  mostra  que a teologia da libertação não trata apenas de desenvolver a ética social cristã em vista da situação socioeconômica da América Latina, mas revolve todas as concepções do Cristianismo: doutrina da fé, constituição da Igreja, Liturgia, catequese, opções morais, etc.
Entre as afirmações, o então Cardeal Prefeito diz:
“A gravidade da teologia da libertação não é avaliada  de modo suficiente;  não entra em nenhum esquema de heresia até hoje existente; é a subversão radical do Cristianismo, que torna urgente o problema do que se possa e se deva fazer frente a ela”. (os grifos são meus)
“A teologia da libertação é uma nova versão do Cristianismo, segundo o racionalismo do teólogo protestante Rudolf Bultmann, e do marxismo, usando “a seu modo”, uma linguagem teológica e até dogmática, pertencente ao patrimônio da igreja, revestindo-se até de uma certa mística, para  disfarçar os seus erros”.
O então Cardeal foi muito claro ao afirmar o perigo:
“Com a análise do fenômeno da teologia da libertação torna-se manifesto um perigo fundamental para a fé da Igreja. Sem dúvida, é preciso ter presente que um erro não pode existir se não contém um núcleo de verdade. De fato, um erro é tanto mais perigoso quanto maior for a proporção do núcleo de verdade assumida”.
E o Cardeal vai explicando esta teologia “nova”:
“Essa teologia não pretende constituir-se como um novo tratado teológico ao lado dos outros já existentes; não pretende, por exemplo, elaborar novos aspectos da ética social da Igreja. Ela se concebe, antes, como uma nova hermenêutica da fé cristã, quer dizer, como nova forma de compreensão do Cristianismo na sua totalidade. Por isso mesmo muda todas as formas da vida eclesial; a constituição eclesiástica, a Liturgia, a catequese, as opções morais…”
“A teologia da libertação pretende dar nova interpretação global do Cristianismo; explica o Cristianismo como uma práxis de libertação e pretende constituir-se, ela mesma, um guia para tal práxis. Mas, assim como, segundo essa teologia, toda realidade é política, também a libertação é um conceito político e o guia rumo à libertação deve ser um guia para a ação política”.
A libertação, para a teologia da libertação, é conquistada pela via política, e não pela Redenção de Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo1,29). Jesus veio para “salvar o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21), e disse  a Pilatos que “o seu Reino não é deste mundo”. O pecado, para a teologia da libertação, se resume quase que só no “pecado social”, mas este, não será “arrancado” com a conversão e com os Sacramentos da Igreja, mas com a “libertação” do povo, pela luta política. Daí o fato de haver um laxismo moral e espiritual em muitos adeptos dessa teologia. Muitos não valorizam a celebração da Missa, a não ser como uma “celebração de mobilização política” do povo oprimido. Não se valoriza suficientemente a oração, a Confissão, a Eucaristia, o santo Rosário, a adoração ao Santíssimo Sacramento, e a todas as práticas de espiritualidade tradicionais, que são, então, consideradas superadas e até alienantes.
Conheço vários jovens sacerdotes que se formaram em seminários fortemente influenciados pela teologia da libertação, e que hoje deixaram o sacerdócio, ficaram esvaziados espiritualmente… Noto que nem se realizaram no campo social e nem no campo religioso.
O então Cardeal Ratzinguer mostrou que é difícil enfrentar esse perigo, pois, como afirma:
“Os teólogos da libertação continuam a usar grande parte da linguagem ascética e dogmática da Igreja em chave nova, de tal modo que aqueles que lêem e escutam, partindo de outra visão, podem ter a impressão de reencontrar o patrimônio antigo com o acréscimo apenas de algumas afirmações um pouco estranhas…”
O então Cardeal mostrou a inversão que se faz no papel da comunidade, povo e história, para a vida da Igreja:
“A comunidade ‘interpreta’, com a sua ‘experiência’ os acontecimentos e encontra assim a sua práxis”.
” ‘Povo’ torna-se assim um conceito oposto ao de ‘hierarquia’ e antítese a todas as instituições indicadas como forças da opressão. Afinal, é ‘povo’, quem participa da ‘luta de classes’; a ‘ igreja popular’, acontece em oposição à  Igreja hierárquica. Por fim, o conceito de ‘história’, torna-se instância hermenêutica decisiva,…a história é a autêntica revelação e, portanto, a verdadeira instância hermenêutica da  interpretação bíblica…Pode-se dizer que o conceito de história absorve o conceito de Deus e de revelação”.
Em seguida, o então Cardeal mostra a deturpação também naquilo que é essencial: o Reino de Deus.
“Esse conceito encontra-se também no centro das teologias da libertação, lido porém no contexto da hermenêutica marxista. Segundo Jon Sobrino, o reino não deve ser compreendido espiritualmente, nem universalmente, no sentido de uma reserva escatologicamente abstrata. Deve ser compreendido de forma partidária e voltado para a práxis”.
Aqui se entende porque os adeptos da TL militam nos partidos políticos que visam a “libertação do povo”.
O Papa Paulo VI, na Evangelii Nuntiandi, explicou o que é a verdadeira libertação:
“Acerca da libertação que a evangelização anuncia e se esforça por atuar, é necessário dizer antes o seguinte: ela não pode ser limitada à simples e restrita dimensão econômica, política, social e cultural; mas deve ter em vista o homem todo, integralmente, com todas as suas dimensões, incluindo a sua abertura para o absoluto, mesmo o absoluto de Deus… Mais ainda: a Igreja tem a firme convicção de que toda a libertação temporal, toda a libertação política, mesmo que ela porventura se esforçasse por encontrar numa ou noutra página do Antigo ou do Novo Testamento a própria justificação, … encerra em si mesma o gérmen da sua própria negação e desvia-se do ideal que se propõe, por isso mesmo que as suas motivações profundas não são as da justiça na caridade, e porque o impulso que a arrasta não tem dimensão verdadeiramente espiritual e a sua última finalidade não é a salvação e a beatitude em Deus.”
“A libertação que a evangelização proclama e prepara é aquela mesma que o próprio Jesus Cristo anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício.” (n.33)
Os adeptos da teologia da libertação têm a enganosa mania de pensar que quem não aceita esta teologia não trabalha pelos pobres e oprimidos e não se preocupa com eles; se acham os únicos defensores dos excluídos; é um grande erro. A Igreja em seus 2000 anos de vida sempre socorreu os desvalidos e ainda o faz, mas nunca precisou lançar mão de ideologias estranhas para isso; sempre agiu pelo puro amor a Jesus Cristo que sofre no doente, no preso, no faminto, etc. A Igreja não precisa que novos teólogos a ensinem a fazer caridade; ela a faz desde os Apóstolos, ela é “perita em humanidade”, como disse Paulo VI.
Hoje 25% das instituições que tratam dos aidéticos são da Igreja; em toda a História da Igreja os santos e santas viveram a verdadeira caridade; só para citar alguns: Santa Isabel da Hungria, S. Vicente de Paulo, S. Francisco de Assis, S. Camilo de Lelis, S. João Bosco, Madre Teresa de Calcutá, Ira. Dulce, e milhares de outros que nunca precisaram reinterpretar o Evangelho e politizar a fé com métodos marxistas de luta de classes, invasão de propriedades alheias fora,  da lei, etc., para promover os pobres. São os verdadeiros bons samaritanos do Evangelho.
O Papa João Paulo II ao menos por duas vezes, falando aos bispos do Brasil, condenou as invasões de terras:
1 – Ao segundo grupo de Bispos do Brasil, do Regional Sul l da CNBB, em visita “ad limina Apostolorum” de 13 a 28 de Março de 1996, o Papa disse:
“… mas recordo, igualmente, as palavras do meu predecessor Leão XIII quando ensina que “nem a justiça, nem o bem comum consentem danificar alguém ou invadir a sua propriedade sob nenhum pretexto” (RN, 55). A Igreja não pode estimular, inspirar ou apoiar as iniciativas ou movimentos de ocupação de terras, quer por invasões pelo uso da força, quer pela penetração sorrateira das propriedades agrícolas.”
2 – Em discurso em 26/nov/2002 aos bispos do Brasil, ele voltou a dizer:
“Para alcançar a justiça social se requer muito mais do que a simples aplicação de esquemas ideológicos originados pela luta de classes como, por exemplo, através da invasão de terras – já reprovada na minha viagem pastoral em 1991 – e de edifícios públicos e privados, ou por não citar outros, a adoção de medidas técnicas extremas, que podem ter conseqüências bem mais graves do que a injustiça do que pretendiam resolver”.
Não podemos nos fazer de surdos a essas palavras. Concluo com  as sábias palavras de D. Estevão:
“O cristão não pode ser de forma alguma, insensível à miséria dos povos do Terceiro Mundo. Todavia para acudir cristãmente a tal situação, não lhe é necessário adotar um sistema de pensamento que é anticristão como a Teologia da Libertação; existe a doutrina social da Igreja, desenvolvida pelos Papas desde Leão XIII até João Paulo II de maneira cada vez mais incisiva e penetrante. Se fosse posta em prática, eliminaria graves males de que sofrem os homens, sem disseminar o ódio e a luta de classes”.

fonte: blog Prof. Felipe Aquino

14/02/2012

Desmentida notícias que Vaticano e Discovery Channel colaboram sobre exorcismo

Nos dias passados, alguns meios de comunicação divulgaram a notícia de que a Santa Sé estaria colaborando com o Discovery Channel, na elaboração de um seriado televisivo sobre casos reais de exorcismo, investigados pela Igreja Católica.
A publicação "Inside TV" chegou a anunciar o nome do novo seriado - The Exorcist Files – que reproduziria histórias reais, nas quais a Igreja averiguou possíveis casos de lugares e pessoas possuídas pelo demônio. Para elaborar o projeto, o Discovery Channel teria tido acesso aos Arquivos Secretos do Vaticano, segundo afirmou a publicação, e a oportunidade de entrevistar religiosos e sacerdotes especialistas em exorcismos, que raramente dão entrevistas.
O presidente do canal, Clark Bunting, teria explicado que, para os pesquisadores do Vaticano, o demônio é capaz de habitar seres inanimados como casas, além das pessoas. Ele teria reconhecido que em princípio era cético, mas que após horas de conversas com os especialistas, ficara convencido. "O trabalho e a convicção de suas crenças garantem que as histórias sejam fascinantes" – teria revelado Bunting. Hoje, o Vaticano desmentiu que haja uma colaboração entre suas estruturas e instituições com o Discovery Channel, em vista de elaborar um seriado televisivo dedicado às possessões demoníacas e aos exorcismos. "A notícia que circulou nos dias passados não tem fundamento" – disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, sublinhando que nem "o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais – órgão da Santa Sé competente para tais iniciativas – nem o Centro Televisivo Vaticano ou a Sala de Imprensa da Santa Sé estão a par ou envolvidos na elaboração de tal seriado" – explicou Pe. Lombardi.
Para o porta-voz da Santa Sé, o Vaticano e a Igreja Católica são totalmente estranhos a esse projeto e se por acaso o Discovery Channel interpelou especialistas nesse tema, toda e qualquer atribuição a uma eventual colaboração da Igreja é inexata e carece de fundamentos.

11/02/2012

Se Cristo é o nosso Rei, o amor vence o ódio

 Durante a Audiência Geral o Papa meditou sobre o Salmo 109
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 16 de novembro de 2011 - Na Audiência Geral de hoje, a reflexão do papa Bento XVI olha para a iminente solenidade de Cristo Rei, que será celebrada no próximo domingo.O Salmo meditado durante a Audiência é de fato o 109 segunda a tradição greco-latina (110 segundo a tradição hebraica): a oração nele incluída no se referia à entronização de um rei davídico, mas com o Novo Testamento esta se torna “celebração do Messias vitorioso, glorificado a direita de Deus".
O primeiro versículo declama: "Assenta-te à minha direita, até que eu faça de teus inimigos o escabelo de teus pés.” (Sal 109,1). Esta entronização é relacionada, como profecia messiânica nos evangelhos (cfr Mat 22,41-45; Mar 12,35-37;Luc 20, 41-44) que falam da realeza de Jesus Cristo, como descendente de Davi.
O rei divino, entretanto, deve obedecer ao Senhor que o entrega o cetro. Ele é agora empossado de "uma responsabilidade que deve viver na dependência e na obediência, tornando-se um sinal, dentro do povo, da presença potente e providente de Deus", comentou o Santo Padre.
"O domínio sobre os inimigos -prosseguiu o Pontífice- a glória e a vitória são dons recebidos, que fazem do soberano um mediador do triunfo divino sobre o mal; Ele domina sobre os inimigos, transformando-os, vence com seu amor".
No versículo 4, o salmista proclama:"O Senhor está à sua direita!". Quase uma inversão de papéis que, na verdade, indica a proteção que Deus reserva ao soberano no momento da batalha.
É somente quando o Senhor está ao seu lado que o rei pode combater o mal e vencê-lo. "Diz-nos : sim, no mundo há tanto mal, existe uma batalha permanente entre o bem e o mal e parece que o mal é mais forte - acrescentou o Papa - Não! Mais forte é o Senhor, o nosso verdadeiro Rei e sacerdote, Cristo, porque combate com a força de Deus e apesar de todas as coisas que nos fazem duvidar sobre o êxito da história, vence Cristo, vence o bem, vence o amor, não o ódio".
O conteúdo messiânico do Salmo 109, como recordou Bento XVI, é evidenciado também por Santo Agostinho que escreve: “Era necessário conhecer o filho unigênito de Deus, que estava por vir entre os homens, para assumir o homem e se tornar homem através da natureza assumida: ele seria morto, ressuscitado, elevado ao céu, assentaria à direita do Pai e cumpriria entre as nações aquilo que havia prometido".
O Salmo meditado hoje, nos ajuda, portanto a "olhar Cristo para compreender o sentido da verdadeira realeza, de viver no serviço e na doação de si, em um caminho de obediência e de amor levado até o fim” (cfr Joa13,1 e 19,30)".
"Rezando com este Salmo, peçamos então ao Senhor para nos conduzir pelo seu caminho, no seguimento a Cristo, o rei Messias, dispostos a subir com Ele o monte da cruz para alcançar com Ele a glória, e contemplá-lo sentado à direita do Pai, rei vitorioso e sacerdote misericordioso que doa perdão e salvação à todos os homens", acrescentou o Papa.
O Santo Padre concluiu a própria catequese convidando "a rezar mais com os Salmos, talvez criando o hábito de utilizar a Liturgia das Horas, as Laudes pela manhã, as Vésperas à tarde e as Completas antes de dormir. O nosso relacionamento com Deus só pode ser enriquecido no caminhar diário em sua direção e realizado com mais alegria e confiança".

Tradução:Maria Emília Marega
fonte:  http://www.zenit.org/article-29236?l=portuguese

A evolução da realidade do aborto em Portugal

Estudo apresentado pela Federação Portuguesa pela Vida
 Após cinco anos de legalização do aborto em Portugal, a Federação Portuguesa Pela Vida apresentou hoje, em Lisboa, um estudo sobre a evolução da realidade do aborto em Portugal.
 ***
O Engº Francisco Vilhena da Cunha, responsável pelo Gabinete de Estudos da FPV, apresentou um estudo sobre a realidade legal do aborto em Portugal, a partir dos números oficiais da Direção Geral de Saúde.
A Federação Portuguesa pela Vida (FPV), foi fundada em 2002, é uma Instituição que reúne em vínculo federativo Associações e Fundações que tenham por objeto e finalidade a defesa da Vida Humana, desde o momento da concepção até à morte natural, a promoção da dignidade da Pessoa Humana e o apoio à Família e à Maternidade.
As principais conclusões destacadas foram : Desde 2007 realizaram-se em Portugal mais de 80 mil abortos legais “por opção da mulher”; a reincidência do aborto tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2010, houve 4600 repetições de aborto, das quais mil representaram duas ou mais repetições; as complicações do aborto legal para a mulher têm vindo a aumentar todos os anos, registando-se mesmo uma morte em 2010 (facto que não acontecia desde 1987); a intensidade do aborto é maior nas mulheres mais instruídas, com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos; desde o primeiro ano da implementação da lei houve um aumento de 30% no número de abortos por ano (15 mil no primeiro ano e 19 mil nos últimos anos); desde os anos 80, Portugal acumula um défice de 1.200.000 nascimentos, necessários para assegurar a renovação das gerações e a sustentabilidade do País. Desde 2010 que esse gap não é compensado pela emigração.
Os dados do aborto fornecidos pela Direção Geral de Saúde têm vindo a perder transparência e rigor: não há relatórios semestrais desde 2009 e a informação contida nos relatórios é menor desde 2007.
Após a apresentação do estudo sobre a realidade legal do aborto, houve uma mesa redonda com Grupos Parlamentares da Assembléia da República, moderada pela Dra. Isilda Pegado, presidente da FPV.


Por Maria Emília Marega
fonte > http://www.zenit.org/article-29687?l=portuguese

01/02/2012

Os estragos da TV brasileira


Quem patrocina a baixaria é contra a cidadania
 Em duas oportunidades (13/01/93 e 27/01/93) – antes de surgir as TVs católicas – o falecido Cardeal, e ex-Primaz do Brasil, Dom Lucas Moreira Neves publicou, no JORNAL DO BRASIL, dois famosos artigos sobre a televisão brasileira. Foram publicados também na Revista “Pergunte e Responderemos” (n. 375, 1993, pg. 357ss)”. No primeiro, cujo título é J’ACCUSE! (Eu acuso), o prelado afirmava, entre outras coisas:

“Eu acuso a TV brasileira pelos seus muitos delitos. Acuso-a de atentar contra o que há de mais sagrado, como seja, a vida…”. “Acuso-a de disseminar, em programas variados, ideias, crenças, práticas e ritos ligados a cultos os mais estranhos. Ela se torna, deste modo, veículo para a difusão da magia, inclusive magia negra, satanismo, rituais nocivos ao equilíbrio psíquico.”

“Acuso a TV brasileira de destilar em sua programação e instalar nos telespectadores, inclusive jovens e adolescentes, uma concepção totalmente aética da vida: triunfo da esperteza, do furto, do ganho fácil, do estelionato. Neste sentido merece uma análise à parte as telenovelas brasileiras sob o ponto de vista psicossocial, moral, religioso [...]
 “Qual foi a novela que propôs ideais nobres de serviço ao próximo e de construção de uma comunidade melhor? Em lugar disso, as telenovelas oferecem à população empobrecida, como modelo e ideal, as aventuras de uma burguesia em decomposição, mas de algum modo atraente”.
 “Acuso, enfim, a TV brasileira de instigar à violência: A TV brasileira terá de procurar dentro de si as causas da violência que ela desencadeou e de que foi vítima [...]”.

No segundo artigo (27/01/93), sob o título de “Resistir, Quem Há de? o Cardeal pede uma mobilização da família cristã contra isso: “Opino que a Família deve estar na linha de frente de resistência: os pais, os filhos, os parentes, os agregados – toda a constelação familiar. Ela é a primeira vítima, torpemente agredida dentro da própria casa; deve ser também a primeira a resistir. É ela quem dá IBOPE, deve ser também quem o negue, à custa de fazer greve ou jejum de TV. Cabe, pois, às famílias, ‘formar a consciência crítica’ de todos os seus membros frente à televisão; velar sobre as crianças e os adolescentes com relação a certos programas; mandar cartas de protesto aos donos de televisão; chamar a atenção dos anunciantes, declarando a decisão de não comprar produtos que financiam programas imorais ou que servem de peças publicitárias ofensivas ao pudor, exigir programas sadios e sabotar os mórbidos para que não se diga que o público quer uma TV licenciosa, violenta e deseducativa”.

É preciso meditar profundamente nesta grave acusação de Dom Lucas Moreira Neves. Os pais e educadores, sobretudo os cristãos, não podem deixar as crianças e jovens à mercê de uma televisão baixa, imoral, deseducativa, amedrontadora, desleal. A TV tem sido a grande promotora da destruição dos valores morais e da família.

O próprio Walter Clark, falecido em 1997, fundador e ex-diretor da TV GLOBO, também deu o seu testemunho contra essa situação, por intermédio do jornal ESTADO DE MINAS (07/01/93, pg 13), afirmando, entre outras coisas, que:
 “A TV brasileira está vivendo um momento autofágico. Lamento ter contribuído, de alguma forma, para que ela chegasse aonde chegou”. “A emissora está nivelando por baixo: existem traições, incestos, impulsos sexuais incontidos, cobiça, ódio, tudo isso existe, mas não é só isso”. “A  sociedade, que já está violenta, acaba tendo no seu registro mais forte de comunicação, que é a TV, só violência”.

Já faz quase vinte anos que esses alertas foram feitos, mas parece que pouco mudou. É verdade que, graças a Deus, surgiram as TVs católicas, que fazem uma “pregação sistemática de valores”, se contrapondo a outras que fazem o contrário: “uma pregação sistemática de antivalores”.

A televisão brasileira, infelizmente, se tornou uma das piores do mundo no que se refere aos valores morais, alienação do povo e sua deseducação. O que temos visto nos famosos “reality shows”, novelas e outros programas de auditório? Algo deprimente. Jovens e artistas que expõem suas intimidades ao público em busca de fama e dinheiro fácil, dando aos milhões de jovens mau exemplo de vida. A única coisa nobre nesses programas é o horário; são, na verdade, um fomento à mais mesquinha fofoca em horário nobre. Explora-se, de modo sutil, com um marketing refinado, a miséria das pessoas, seus problemas sentimentais, afetivos, morais, espirituais, num desrespeito profundo à dignidade do ser humano. Ele ali é usado e enganado para dar IBOPE e lucro, nada mais.

Esses programas e outros, repito, em horários nobres, aos quais crianças e jovens assistem, levam-nos ao esquecimento de nós mesmos, à alienação, à futilidade e imoralidade. São cenas contínuas de incitamento sexual, masturbação, convite à fornicação e outras tristezas. Não há cultura, não há formação, não há boa informação; é apenas apelo aos vícios: exibicionismo, soberba, cultura do prazer, sexismo, pornografia, homossexualidade, competição baixa, infidelidade conjugal, preguiça, ociosidade, intrigas, “strip-tease” e, disputas desumanas que levam as pessoas à exaustão física e mental. Tudo em busca de sucesso e dinheiro fácil. Tudo contra o que nos ensina Jesus Cristo. O importante é se tornar uma “celebridade nacional” com direito a outros sucessos. Mas com base em que conteúdo?
 A consequência de tudo isso é que vai-se aumentando o número de adolescentes grávidas, abortos, estupros, infidelidades conjugais, homossexualidade, casais separados, jovens abandonados vivendo no crime, na droga e na bebida…
 Por outro lado o povo é massificado. Explora-se maldosamente o mórbido gosto natural pela fofoca e “bisbilhotagem” da vida alheia, fazendo da massa popular como que um rebanho que não pensa e não critica. É uma alienação e desserviço à população. Explora-se comercialmente, “inteligentemente”, a falta de cultura de povo oriundo de uma escola fraca; aumenta-se, como disse alguém, o seu “emburramento”.

Ora, a lei diz que televisão – cuja concessão é do Estado – tem a missão de educar, formar, informar, dar cultura e educação; é isso que temos visto? Não, não e não. Temos visto uma TV que destrói a família  e seus valores sagrados. Com um faturamento financeiro enorme, vende-se alienação numa enorme vitrine de propaganda patrocinada por ricas empresas. Uma campanha na internet contra tudo isso chegou a anunciar “Quem patrocina a baixaria é contra a cidadania”; é contra o povo; então, como disse o Cardeal D. Lucas é preciso o boicote dos cidadãos, especialmente dos cristãos, a quem fomenta a imoralidade.
 Lutar contra tudo isso não é moralismo, mas defesa dos valores morais e da família, coluna da sociedade. O povo brasileiro tem sido ofendido e chocado com as barbaridades apresentadas em novelas, com cenas chocantes, palavras chulas e obscenas, que não se pode escrever aqui. Tenta-se de maneira sutil e maliciosa passar isso ao povo como “se tudo fosse normal e lícito”, como se o sexo fosse apenas atos de genitalidade, apenas prazer sem uma visão moral e um compromisso com a vida e com o outro, como se fossemos irracionais.

O Congresso Teológico Pastoral de Valencia, na Espanha, no V Encontro do Papa com as famílias disse que: “a família vive uma crise sem precedentes na história”, cujas raízes se encontram na “pressão ideológica” exercida pela “mentalidade consumista” e pela ação de “um laicismo de raiz niilista e relativista”.
 É preciso reagir contra esse estado de coisas. Não podemos ficar calados e inertes diante desta cultura niilista e sem Deus que quer tudo destruir.  Se não nos mobilizarmos contra isso estaremos sendo coniventes com a destruição da família e da sociedade, diante de Deus e dos homens. O que queremos para os nossos filhos e netos?

Prof. Felipe Aquino