24/02/2011

Falece Bernard Nathanson, ícone da luta pró-vida


Famoso ex-abortista morre de câncer aos 84 anos

NOVA YORK, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - O Dr. Bernard Nathanson, ginecologista, ex-líder pró-aborto, que mudou sua opinião sobre o aborto e mais tarde se converteu ao catolicismo, morreu na última segunda-feira, aos 84 anos de idade.

Uma vez líder do movimento pró-aborto, Nathanson foi o primeiro a dar um discurso na Primeira Conferência Nacional sobre as leis de aborto, em 1969, e, no mesmo ano, fundou a Associação Nacional para revogar as leis do aborto, conhecida como NARAL Pro-choice da América.

Nathanson calculou ter sido responsável por 75 mil abortos. Ele, pessoalmente, organizou 5 mil procedimentos, incluindo um para sua namorada, de seu próprio filho, antes de mudar seu ponto de vista sobre o aborto, nos anos 70.

Nathanson escreveu, em sua autobiografia, que o desenvolvimento da tecnologia de ultrassom, que lhe permitiu ver imagens de crianças por nascer, influenciou a sua mudança de mentalidade. Ele logo se tornou um veemente ativista pró-vida, famoso por sua afirmação de que o aborto é "o holocausto mais atroz da história dos Estados Unidos".

Fez dois documentários muito influentes sobre o aborto: "O Grito Silencioso" (1984) e "O eclipse da razão" (1987). Escreveu "Aborting America", em 1979, ano em que praticou seu último aborto, e publicou sua autobiografia em 1996, intitulada "A mão de Deus: uma viagem da morte à vida, pelo Dr. Aborto, que mudou de opinião".

Nathanson se descreveu como um judeu ateu que se converteu ao catolicismo em 1996, com a ajuda do Pe. John McCloskey, do Opus Dei. Foi batizado nesse ano pelo cardeal John O'Connor, na catedral de St. Patrick, em Nova York, na festa da Imaculada Conceição.

"Nathanson foi uma figura de referência no movimento pró-vida - disse o Pe. McCloskey a ZENIT. Sua consciência o levou - um médico judeu e ateu - a reconhecer a evidência científica que mostra que a vida do nascituro existe desde a concepção e deve ser protegida desde a concepção até a morte natural."

"Ao mesmo tempo - acrescentou -, depois de muitos anos de pesquisa, recebeu o dom da fé católica. (...) Eu acho que sua dupla conversão será vista como um ponto de inflexão na luta que nos leva a um fim definitivo do aborto nos EUA, e esperamos que no mundo inteiro também."
Nathanson, ao morrer, deixa sua esposa, Christine, e seu filho.

(Karna Swanson)
fote site http://www.zenit.org/

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2011


«Sepultados com Ele no baptismo,

foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 1011). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça deDeus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.

O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permitenos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010
BENEDICTUS PP. XVI
(fonte> http://www.vatican.va/)













20/02/2011

Número de sacerdotes e batizados no mundo aumenta, revela Anuário


Entre 2008 e 2009, o número de católicos no mundo aumentou 1,3% (de 1,166 para 1,181 bilhão). Já o total de sacerdotes cresceu 0,34% (de 409.197 para 410.593). Os dados fazem parte do Anuário Pontifício, divulgado na manhã deste sábado, 19.


O volume revela várias novidades sobre a vida da Igreja Católica no mundo. Confira as principais.

Fiéis batizados
O aumento absoluto de fiéis foi de 15 milhões, mas a distribuição do número de católicos é diferente da populacional – isto é, nem sempre a maior concentração de pessoas é sinônimo de quantidades maiores de cristãos.

Nas Américas, de 2008 a 2009, a população total correspondeu a 13,6% do total de habitantes no planeta. Por sua vez, o continente concentra 49,4% da população católica do mundo. Na Ásia, onde os habitantes correspondem a 60,7% da população mundial, o número de católicos está na ordem de 10,7% do total. Já na Europa, onde o número de habitantes é apenas três pontos percentuais inferior à América, a população católica corresponde a apenas 24% - praticamente metade do número de fiéis presentes nas Américas. Tanto para os países africanos quanto para os da Oceania, o peso da população sobre o total mundial não difere muito do número de católicos (15,2% e 0,8%, respectivamente, para a África e Oceania).

Clero
A população sacerdotal permanece com uma onda de crescimento moderada, iniciada no ano 2000, após um longo período de resultados bastante decepcionantes. O número dos sacerdotes, seja diocesanos, seja religiosos, aumentou 1,34% ao longo dos últimos 10 anos, passando de 405.178 em 2000 para 410.593 em 2009.

O aumento deriva do crescimento de 0,08% do clero religioso e ao aumento de 0,56% do diocesano. O decrescimento percentual afetou somente a Europa (-0,82% para os diocesanos e -0,99% para os religiosos), dado que nos outros continentes o número de sacerdotes como um todo aumentou. Com exceção da Ásia e da África, o clero religioso diminuiu em todos os lugares.

Já o número de Bispos no mundo passou – de 2008 a 2009 – passou de 5002 a 5065, com um aumento de 1,3%. O continente mais dinâmico é o africano (1,8%), seguido da Oceania (1,5%), enquanto Ásia (0,8%) e Américas (1,2%) estão abaixo da média geral. Para a Europa, o aumento é de cerca de 1,3%.

Os diáconos permanentes aumentaram 2,5%, passando de 37.203 em 2008 para 38.155 em 2009. A presença dos diáconos melhorou na Oceania e na Ásia em ritmos elevados: na Oceania, onde os diáconos não chegam ainda a 1% do total, o aumento foi de mais de 19%, chegando a 346 diáconos em 2009. Na Ásia, o incremento foi de 16%.

Mas o aumento mais considerável registra-se também nas áreas onde a presença já é quantitativamente mais relevante. Nas Américas e na Europa, onde, em 2009, residiam cerca de 98% dos diáconos permanentes do mundo, o crescimento foi de, respectivamente, 2,3% e 2,6% com relação a 2008.

O número dos candidatos ao sacerdócio no mundo cresceu 0,82%, passando de 117.024 em 2008 para 117.978 em 2009. Grande parte desse aumento atribui-se a Ásia e a África, com ritmos de crescimento de 2,39% e 2,20%, respectivamente. A Europa e as Américas registraram uma contração, respectivamente, de 1,64% e 0,17% no mesmo período.

Uma diminuição foi registrada entre os religiosos professos. Em 2008, eram 739.068; em 2009, eram 729.371. A crise, portanto, permanece, exceto na África e Ásia, onde há um aumento nos números.

Estrutura
Em 2010, foram erigidas pelo Santo Padre 10 novas Sedes Episcopais, 1 Exarcado Apostólico e 1 Vicariato Apostólico. Também foram elevadas: 1 Diocese a Sede Metropolitana; 2 Prelaturas a Dioceses; 2 Prefeituras e 1 Administração Apostólica a Vicariatos Apostólicos.Os dados estatísticos, referentes ao ano de 2009, fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas referentes à Igreja Católica nas 2956 circunscrições eclesiásticas do planeta.

O Anuário
O Annuarium Statisticum Ecclesiae (Anuário Estatístico da Igreja) informa sobre os aspectos salientes que caracterizam a atividade da Igreja Católica nos diversos Países e nos Continentes em particular.

O Anuário Pontifício 2011 foi apresentado ao Papa Bento XVI na manhã deste sábado, 19, pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e pelo Substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

A redação do novo Anuário esteve aos cuidados do encarregado do Escritório Central de Estatística da Igreja, monsenhor Vittorio Formenti, do professor Enrico Nenna e de outros colaboradores.

Já o complexo trabalho de imprensa foi, por sua vez, gerenciado pelos padres Pietro Migliasso, SDB, Antonio Maggiotto,SDB, e Giuseppe Canesso, SDB, respectivamente Diretor-Geral, Diretor-Comercial e Diretor-Técnico da Tipografia Vaticana. O volume estará disponível em brave para venda nas livrarias.

O Santo Padre agradeceu pela homenagem, mostrando vivo interesse pelos dados ilustrados e desejando expressar Sua gratidão a todos aqueles que colaboraram para a nova edição do Anuário

Cresce número de católicos no mundo, indica estudo do Vaticano


O número de católicos no mundo cresceu 11,54%, passando de 1.045 bilhão em 2000 para 1.166 bilhão em 2008. O índice é um pouco maior que a taxa de crescimento da população mundial, que foi de 10,77% no período.


É o que indica o Annuarium Statisticum Ecclesiae (Anuário Estatístico da Igreja), preparado pelo Departamento Central de Estatísticas da Igreja e editado pela Libreria Editrice Vaticana, divulgado pelo Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé nesta terça-feira, 27.

A África é o continente em que o crescimento foi mais amplo (33,02%), enquando a Europa é a região em que a evolução foi menor (apenas 1,17%). A Ásia (15,61%), a Oceania (11,39%) e a América (10,93%) também apresentaram incremento no número de fiéis católicos batizados.

O estudo também mostra que, nos oito anos que vão desde 2000 a 2008, o número dos bispos passou de 4.541 para 5.002, com um aumento relativo que supera os 10%, evidenciando uma melhor e mais harmônica distribuição do episcopado nas realidades continentais, bem como um significativo equilíbrio quantitativo entre sacerdotes e bispos no transcorrer do tempo.

O número total dos sacerdotes no período mostra uma tendência de crescimento positiva, especialmente na África e na Ásia, onde registra-se um aumento de 33,1% e 23,8%, respectivamente. Já na América a situação é estável, na Europa há uma queda de mais de 7% e, na Oceania, a diminuição é de 4%. A Áfria e a Ásia já contribuem com 21,9% do total de sacerdotes do mundo, enquanto a Europa caiu de 51% (em 2000) para 47% do total (em 2008).

Os diáconos permanentes passaram de cerca de 28 mil em 2000 para 37 mil em 2008, com uma variação relativa de 33,7%. Já os religiosos professos não sacerdotes tiveram uma queda de 55.057 para 54.541, especialmente na Europa (-16,6%) e Oceania (-22,1%).

Por sua vez, as religiosas professas representam, em 2008, uma população global de 740 mil pessoas, cerca de duas vezes maior que a dos sacerdotes. 41% desse total está na Europa, seguida pela América, que conta outras 203 mil consagradas, e pela Ásia, que soma 161 mil. Em respeito ao ano 2000, o grupo sofreu uma diminuição de 7,75%.

Também registra-se uma clara tendência ao crescimento dos estudantes de Filosofia e Teologia presentes nos centros diocesanos e religiosos: no mundo, passou-se dos quase 110 mil candidatos em 2000 para 117 mil em 2008, com uma variação positiva de 28,6%.

(fonte >site canção nova)

19/02/2011

CNBB afirma que transmissão de reality shows na TV é um atentado à dignidade humana


SÃO PAULO - A Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) divulgou ontem uma nota com críticas aos reality shows transmitidos pela TV brasileira. Após afirmar que esses programas "atentam contra a dignidade da pessoa humana" e constituem uma "agressão impune aos valores morais que sustentam a sociedade", o texto pede maior rigor do Ministério Público no acompanhamento da programação.

O reality show de maior audiência entre as emissoras brasileiras é o Big Brother Brasil, da TV Globo, que está no ar, em sua 11.ª edição. Na Record, o campeão é A Fazenda.

Os bispos sugerem às emissoras que reflitam sobre "seu papel e seus limites na vida social", considerando que funcionam como concessão do Estado brasileiro. Também se dirigem às empresas que veiculam anúncios nos intervalos comerciais dos reality shows, "alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valo res da sociedade".

Em relação aos pais e educadores, recomendam que procurem, por meio do diálogo, "formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral".

Para os bispos, representados pelo Conselho Episcopal Pastoral, reunido hoje em Brasília, o esforço para a superação "desse mal na sociedade", pode ser feito com respeito à "legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a sociedade".

O outro lado
Em resposta à declaração da CNBB, a TV Globo, que exibe, além de Big Brother Brasil, o reality Hipertensão, também divulgou nota, na qual afirma que " é uma emissora laica, com uma visão de cultura e mesmo de comportamento social e moral que não segue preceitos religiosos"

A nota, assinada pela Central Globo de Comunicação, observa que a emissora tem "tradição de estar, no campo institucional, ao lado da maioria das causas da CNBB" e concorda com os bispos a respeito do papel dos pais: "Cabe aos pais selecionar o que seus filhos devem assistir - como tudo que pode influenciar na formação dos jovens".

O texto da Globo também destaca a liberdade de escolha do telespectador: "É o mesmo cidadão-eleitor que, a cada momento, tem plena liberdade de decidir o que é melhor para si e sua família."

A Record também se manifestou por meio de nota, assinada pela Rede Record de Comunicação. Segundo o texto, a declaração dos bispos não faz referência a nenhum dos cinco programas na linha reality transmitidos pela emissora: "A Fazenda convida os participantes a atividades relacionadas ao campo e à natureza, promove a vida no campo, Ídolos procura novos intérpretes, Aprendiz oferece oportunidades de trabalho, Troca de Família relata experiências de convivência de estilos de vida diferentes e Extreme Make Over Social acompanha a construção de creches."
Segundo a Record, "todos são programas que respeitam os participantes e os telespectadores."

Leia a íntegra da nota da CNBB:
Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados Reality Shows, que têm o lucro como seu principal objetivo.

Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito.

Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso País e os importantes serviços por ela prestados à Sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente.

Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira.

Cônscios de nossa missão e responsabilidade evangelizadoras, exortamos a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a Sociedade.

Dirigimo-nos, antes de tudo, às emissoras de televisão, sugerindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites, na vida social, tendo por parâmetro o sentido da concessão que lhes é dada pelo Estado.

Ao Ministério Público pedimos uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva, identificando os evidentes malefícios que ela traz em desrespeito aos princípios basilares da Constituição Federal (Art. 1º, II e III).

Aos pais, mães e educadores, atentos a sua responsabilidade na formação moral dos filhos e alunos, sugerimos que busquem através do diálogo formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral.

Por fim, dirigimo-nos também aos anunciantes e agentes publicitários, alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valores da sociedade.

Rogamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, luz e proteção a todos os profissionais e empresários da comunicação, para que, usando esses maravilhosos meios, possamos juntos construir uma sociedade mais justa e humana.

Brasília, 17 de fevereiro de 2011
Leia nota da Rede Globo:
A Rede Globo é uma emissora laica, com uma visão de cultura e mesmo de comportamento social e moral que não segue preceitos religiosos. Temos tradição de estar, no campo institucional, ao lado da maioria das causas da CNBB. No que nos refere, somos gratos pelo reconhecimento do papel positivo que a televisão aberta e privada desempenha no Brasil e concordamos que cabe aos pais selecionar o que seus filhos devem assistir - como tudo que pode influenciar na formação dos jovens.O telespectador é o mesmo cidadão-eleitor que, a cada momento, tem plena liberdade de decidir o que é melhor para si e sua família.

Leia nota da Rede Record:
A Rede Record considera que a nota da CNBB não faz referência a nenhum dos programas do tipo reality shows produzidos em nossa emissora.O programa A Fazenda convida os participantes a atividades relacionadas ao Campo e à natureza, promove a vida no Campo, Ídolos procura novos intérpretes, Aprendiz oferece oportunidades de trabalho, Troca de Família relata experiências de convivência de estilos de vida diferentes e Extreme Make Over Social acompanha a construção de creches. Todos são programas que respeitam os participantes e os telespectadores, inclusive, alguns deles, tem classificação indicativa que permite a exibição em qualquer horário do dia.

(fonte:Roldão Arruda, de O Estado de S.Paulo)





A Igreja de Cristo deve ter quatro notas


I. Unidade

a) Cristo instituiu uma só Igreja: “Eu edificarei a minha Igreja” (Mt 16.19); e ela deve conservar-se uma só : “um só rebanho e um só pastor” (Jô 10.16)
E S. Paulo explica que “há um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef. 4.5)
b) A Igreja é una, porque tem um só governo, uma só fé e um só culto.

II. Santidade.
a) Cristo veio ao mundo para santificar os homens. Ele quer que nós nos santifiquemos (Jo 17.19). E para isto pregou uma doutrina de santidade e instituiu os meios de santificação ( os sacramentos).
b) Por isso a sua Igreja deve ter santidade, isto é, deve:
Pregar uma doutrina de santidade
Utilizar os seus meios de santificação;
Produzir Santos.

III. Catolicidade.
a) Cristo veio salvar todos os homens: “pregai o Evangelho a todas as criaturas” ( Mc 16.15). em todos os tempos” até a consumação dos séculos” (Mt 28.20)
b) Então a sua Igreja deve ser para todos os homens e para todos os tempos, sem nada mudar dos seus princípios.

IV. Apostolicidade
a) Cristo entregou sua Igreja aos apóstolos confiando-lhes a pregação do Evangelho e o governo espiritual dos homens.
b) Portanto, a Igreja de Cristo tem de ser a mesma que começou com os Apóstolos, conservando a mesma doutrina pregada pelos Apóstolos e com chefes que se prendem aos Apóstolos por uma serie ininterrupta.
Só ela tem as notas da Igreja de Cristo. Só ela é una, santa, católica e apostólica.

Vejamos:

I. Só ela é una. Tem:
- um só chefe universal – o Papa;
– uma só fé: é uma beleza ver a Igreja de S. Pedro em Roma, católicos de todo o mundo rezarem o Credo: todos crêem as mesmas verdades.
- um só culto: Em Roma, na Austrália, ou no congo, acompanho a S. Missa pelo meu missal, como na minha paróquia: e recebo do mesmo modo, os mesmo sacramentos

Observe que, quando se fala da Igreja Católica, apenas se diz: a Igreja : e quando se diz do protestantismo, se diz: as igrejas.

II. Só ela é santa:
- prega doutrina de santidade do Evangelho.Sempre ensinou que boas obras são necessárias à salvação. Nunca alterou a doutrina de Cristo, embora chamem de atrasada – como no caso do divórcio e das falsas liberdades;
- utiliza de meios de santificação. Tornando-os até obrigatórios (como Missa aos domingos e dias de santos, Comunhão da Pascoa, confissão anual, jejum, abstinência) e aconselhando sua maior freqüência;
- produz Santos.

A Igreja Católica tem uma legião imensa de santos de todas as condições e idades, em todos os tempos e ainda hoje.
Convida seus filhos à santidade nas associações, congregações e ordens religiosas, algumas de grande rigor.
Produz verdadeiros heróis , que cuidam do próximo com uma dedicação desconhecida das outras religiões.
Vivendo em estado de graça, cumprindo os mandamentos de Deus e da Igreja, freqüentando os Sacramentos, praticando as virtudes alcançaremos também a perfeição.

III. Só ela é Católica:
-está estendida por todo o mundo;
- é a mesma em toda parte;
- procura alcançar todos os homens, mandando missionários aos países mais longínquos e convidando-nos a trabalhar pela conversão dos homens.

IV. Só ela é apostólica.
- conserva a mesma doutrina dos apóstolos;
- seu chefe é o sucessor de S. Pedro

De Pio XII (hoje Bento XVI) a S Pedro é ininterrupta a sério dos papas que governaram a igreja de Cristo .
 
fonte :vocacionados menores

16/02/2011

O QUE É O TAU?


O tau, além de ser um símbolo bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao "T" em português.

Na bíblia o profeta Ezequiel ouviu Deus:
"Os inocentes marcados com este sinal serão salvos". (Ez 9,4)


O tau é a mais antiga grafia em forma de cruz e significa Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem.


O tau, é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade, significam o encontro entre o céu e a terra. Divino e humano.

Em 1215 o papa Inocêncio III prega um novo símbolo cristão e são Francisco, estando presente neste reunião, assume o tau como símbolo de sua Ordem religiosa: a ordem dos frades menores.
Santa Clara, com a imposição do tau sobre os doentes, invocava a cura destes a Deus.

A classificação das seitas


1. Seitas cristãs ou pseudo-cristãs (Testemunhas de Jeová, Mórmons, Luz do Mundo, Adventistas, Assembléia de Deus, Batista, Amizade Cristã, Igreja do Bom Pastor, etc...). Propriamente dito, as Assembléias de Deus não são uma seita, mas uma rede de comunidades pentecostais independentes que respondem a direções de um conselho central. Contudo, no México estas comunidades assumem muitas características de uma seita na prática e costumam aderir radicalmente a seu pastor. (1)


a) Adotam uma interpretação particular da Bíblia como única norma de vida. Seu texto se converte em arma de ataque e de defesa frente a estranhos. Costumam Memorizar "versículos-chave" para tanto. Não se preocupam muito com o contexto das citações e nem com a verdade histórica de suas afirmações.
b) Costumam desenvolver uma mentalidade de natureza fundamentalista. Seu fervor religioso nasce como reação a um mundo complexo e hostil que ameaça certos princípios qualificados como "intocáveis". Excluem o uso da razão de sua compreensão bíblica e caem facilmente na irracionalidade total. Sua argumentação freqüentemente espelha medo e incerteza, já que desconhecem o diálogo e seu apego ao ditado pela seita raia o absurdo.
c) Proporcionam um ambiente de "poucos fiéis do povo escolhido". Segundo tal, o mundo os persegue porque somente eles têm permanecido fiéis ao que Deus quer. Isto provoca uma profunda suspeita frente ao mundo externo à seita, estabelecem relações entre membros e não-membros e criam a idéia de que a salvação dos homens será possível apenas dentro dos estreitos limites da seita.
d) O líder ou fundador da seita é normalmente elevado ao nível de "profeta", de "ungido de Deus" ou de visionário. Facilmente exerce um poder absoluto sobre as consciências dos membros que vêem nele um laço direto com Deus. O 'Irmão Samuel', Apóstolo da Luz do Mundo, e Gordon Hinkley, Profeta dos Mórmons são exemplos típicos.
f) A seita faz o possível para ocupar todo o tempo livre dos seus membros. Abarrota-lhes de reuniões, serviços, estudos e outras atividades que fazem com que a vida diária do adepto gire em torno da seita. Costumam proibir categoricamente qualquer contato com literatura ou programas não gerados pela mesma seita.
g) Sem exceção, as seitas cristãs e pseudo-cristãs ditam um código moral estreito que afetam todos os aspectos da vida de seus membros. A forma de vestir, a escolha dos esposos, a abstinência do fumo, da dança, da música... Tudo isso serve para separar do mundo os membros, dar-lhes uma identidade externa inconfundível, criar neles uma mentalidade de superioridade moral e reforçar em suas mentes a legitimidade da seita, já que lhes tira muito de seus maus hábitos anteriores. As Testemunhas de Jeová e Luz do Mundo são exemplos exagerados disso.
h) Muitas seitas criam uma forte expectativa em seus membros quanto ao fim do mundo e a segunda vinda de Cristo. Esta postura de milenarismo ou adventismo resulta em um fanatismo dificilmente compreensível para aqueles que não compartilham da visão do fim iminente.
i) Os grupos de espiritualidade pentecostal (as Assembléias de Deus, a Luz do Mundo, os Nazarenos, etc...) dão muita importância aos sinais exteriores do "poder do Espírito" como o fala r em línguas, o transe místico, as visões, as choradeiras, etc... A seita exerce uma sugestão poderosa sobre os seus para que se produzam estas manifestações de forma contínua nas reuniões dos adeptos.
j) A seita obriga seus membros a uma ação direta de proselitismo de porta em porta, nas estações de metrô, pelas ruas, etc... como forma de ganhar novos adeptos e de fortalecer a convicção dos membros. Freqüentemente controlam os resultados do proselitismo de forma pública dentro da comunidade, o que serve de pressão aos membros menos inclinados a estar molestando estranhos com suas crenças particulares.

2. Seitas de espiritualidade oriental (os Hare Krishna, a Meditação Transcendental, o Brahma Kumaris, a Missão da Luz Divina, os seguidores de Osho, os practicantes de zen, de yoga e de tai-chi, etc...)

a) Estas seitas promovem nos seus uma adesão religiosa à figura do guru ou mensageiro divino que se apresenta como único caminho para a realização.
b) Imprimem um rigoroso ascetismo e receitam longas horas de meditação ou exercícios tipo yoga que proporcionam um estado alterado de consciência no seus. São estes estados, combinados com a fragilidade emocional e psicológica do adepto, que fazem palpável e aceitável a idéia de um estado espiritual superior.
c) A dependência psicológica total dos adeptos à pessoa do guru faz com que entreguem seus bens materiais a seita em um gesto de abandono pouco sã. Hão ocorrido casos escandalosos de abuso sexual e ruína psicológica e emocional em alguns grupos (vg. os seguidores de Osho).
d) Há uma insistência em idéias absurdas como a reencarnação, a projeção astral, a leitura das áureas corporais, etc...que faz o adepto crer que possui dotes espirituais sobrenaturais que na realidade não existem .
e) Algumas das seitas obrigam seus membros a pedir esmolas ou a vender quinquilharias na rua para sustentar a seita. Normalmente são obrigados a romper todo laço de comunicação com seus familiares e como seu estilo anterior de vida.

3. Seitas gnósticas e ocultistas (a Grande Fraternidade Universal, a Sociedade Teosófica, a Nova Acrópolis, etc...)

a) Estos grupos costumam se apresentar através de conferências e publicações sobre temas esotéricos. Seus conferencistas sempre se apresentam com credenciais de cientistas, experts, doutores, etc... quando normalmente são uns charlatães profissionais.
b) Fundamentam-se na idéia de que um grupo seleto de indivíduos possui a chave secreta do conhecimento universal. Estes "privilegiados" se revestem de títulos, de símbolos, de palavras estranhas, e de ritos de iniciação que pressupõem um entendimento superior. No fundo, o absurdo e o irracional de suas pretensões se encobrem em um ambiente deliberadamente misterioso e obscuro para dar a impressão de algo sobrenatural.
c) Misturam-se elementos maçônicos, orientais e ocultistas nestes grupos. Seus adeptos costumam ser soberbos e raros.

4. Seitas utópicas (a Igreja da Cientologia, Danamhur, os Meninos de Deus, a Igreja Universal e Triunfante, Findhorn, Esalen, etc...)

a) O único que estas seitas possuem em comum é a convicção de que encontraram o caminho de uma vida perfeita, seja por meio da liberdade absoluta, do amor perfeito, da superação pessoal, ou que quer que seja. Protegem suas comunidades com bastante zelo e a controlam internamente por una rede de espiões e de provas de lealdade que pesam fortemente nas consciências dos seus adeptos.
b) São muitos proselitistas e costumam projetar uma imagem muito favorável de seu fundador ou líder. Promovem suas obras escritas como tesouro para a libertação definitiva de humanidade.
c) Grande parte destas seitas se movem exclusivamente pelo desejo de lucro pessoal sem que lhes importem muito a veracidade de suas afirmações ou o dano que ocasionam a seus membros.
d) Os adeptos destes grupos costumam ser estranhos, obcecados por uma ou duas idéias chave de suas seitas, extremamente defensivas frente a ataques ou críticas e sumamente ambiciosas. Os membros da Cientologia, por exemplo, andam com um olhar perdido, um sorriso artificial, de plástico, uma visão muito superficial da realidade, reagem violentamente frente a qualquer crítica, e provocam o desequilíbrio mental e emocional.

(1) Adendo do nosso colaborador Elbson do Carmo Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. (não constante, pois, no original):

As seitas Testemunhas de "jeová" e Mormons, na verdade, NÃO SÃO comunidades cristãs, são consideradas, na verdade, "SEITAS PARALELAS À REFORMA PROTESTANTE"; essa é até uma classificação amena e conceitual, isso pelo fato de conterem entre suas teses elementos advindos das seitas protestantes cristãs das quais se desligaram. Ambas são heréticas, anti-cristãs, possuem versões próprias e adulteradas da Bíblia e negam as verdades fundamentais do cristianismo, a saber: A divindade de Jesus, a Trindade e a Salvação pelos méritos salvíficos da Cruz do Cristo. Ou seja, Jesus não era Deus, a Trindade é uma crença pagã e Jesus não salvou e nem salva. Em suma, muito embora cegos e doutrinados para isso, são hereges sob qualquer aspecto justamente por se apoiar em heresias que desde o terceiro século já caíram, como o arianismo e o fideísmo, entre outras

Como se expandiu a "REFORMA " nos séculos XVI e XVII?


A "reforma protestante" se expandiu rapidamente porque foi imposta de cima para baixo sem exceção em todos os países em que logrou vingar. O povo foi obrigado a "engolir" as novas doutrinas porque os reis e príncipes cobiçavam as terras e bens materiais da Igreja Católica. Infelizmente nesta época a Igreja era rica de bens materiais e pobre de bens espirituais. Foi com os olhos postos nesta riqueza mundana que os soberanos "escolheram" para si e para seu povo as doutrinas dos novos evangelistas, esquecidos de que todo ouro, terra ou prata se enferruja e fenece conforme ensina a escritura: "O vosso ouro e a vossa prata estão enferrujados e a sua ferrugem testemunhará contra vós e devorará as vossas carnes" ( Tg 5, 2-3 ). Prova isto o fato de que as primeiras providências eram recolher ao fisco real tudo o que da Igreja Católica poderia se converter em dinheiro.


INGLATERRA: foi "convertida" na marra porque o rei Henrique VIII queria se divorciar de Ana Bolena. Como a Igreja não consentiu, ele fundou a "sua" igreja obrigando o parlamento a aprovar o "ato de supremacia do rei sobre os assuntos religiosos". Padres e bispos foram presos e decapitados, igrejas e mosteiros arrasados, católicos aos milhares foram mortos. Qualquer aproveitador era alçado ao posto de bispo ou pastor. Tribunais religiosos (inquisições) foram montados em todo o país. ( Macaulay. A História da Inglaterra. Leipzig, tomo I, pgna 54 ). Os camponeses da Irlanda pegaram em armas para defender o catolicismo. Foram trucidados impiedosamente pelos exércitos de Cromwell. Ao fim da guerra, as melhores terras irlandesas foram entregues aos ingleses protestantes e os católicos forçados à migrar para o sul do continente. Cerca de 1.000.000 de pessoas morreram de fome no primeiro ano do forçado exílio. Esta guerra criou uma rivalidade entre ingleses protestantes e irlandeses católicos que dura até hoje, e volta e meia aparecem nos noticiários.

ESCÓCIA: O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja "calvinista presbiteriana". Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. ( Westminster Review, Tomo LIV, p. 453 )

DINAMARCA: O protestantismo foi introduzido por obra e graça de Cristiano II, por suas crueldades apelidado de "o Nero do Norte". Encarcerou bispos, confiscou bens, expulsou religiosos e proclamou-se chefe absoluto da Igreja Evangélica Dinamarquesa. Em 1569 publicou os 25 artigos que todos os cidadãos e estrangeiros eram obrigados a assinar aderindo à doutrina luterana. Ainda em 1789 se decretava pena de morte ao sacerdote católico que ousasse por os pés em solo dinamarquês. ( Origem e Progresso da Reforma, pgna 204, Editora Agir, 1923, em IRC )

SUÉCIA: Gustavo Wasa suprimiu por lei o Catolicismo. Jacopson e Knut, os dois mais heróicos bispos católicos foram decapitados. Os outros obrigados a fugir junto com padres, diáconos e religiosos. Os seminários foram fechados, igrejas e mosteiros reduzidos a pó. O povo indignado com tamanha prepotência pegou em armas para defender a religião de seus antepassados. Os Exércitos do "evangélico" rei afogaram em sangue estas reivindicações.(A Reforma Protestante, Pgna 203, 7ª edição, em IRC. 1958)

SUIÇA: O Senado coagido pelo rei aprovou a proibição do catolicismo e proclamou o protestantismo religião oficial. A mesma maldade e vileza ocorreram. Os mártires foram inumeráveis. ( J. B. Galiffe. Notices génealogiques, etc., tomo III. Pgna 403 )

HOLANDA: Aqui foram as câmaras dos Estados Gerais a proibir o catolicismo. Com afã miserável tomaram posse dos bens da Igreja. Martirizaram inúmeros sacerdotes, religiosos e leigos. Fecharam igrejas e mosteiros. A fama e a marca destes fanáticos chegou até ao Brasil. Em 1645 nos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante ambos no atual Rio Grande do Norte cerca de 100 católicos foram mortos entre dois padres, mulheres, velhos e crianças simplesmente porque não queriam se "batizar" na religião dos invasores holandeses. Foram beatificados como mártires este ano.Em 1570 foram enviados para o Brasil para evangelizar os índios o Pe Ináciode Azevedo e mais 40 jesuítas. Vinham a bordo da nau "S. Tiago" quando em alto mar os interceptou o "piedoso" calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu "evangélico" zêlo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978).

ALEMANHA: Na época era dividida em Principados. Como havia muito conflito entre eles, chegaram no acordo que cada Príncipe escolhesse para os seus súditos a religião que mais lhe conviesse. Princípio administrativo do "cujus regio illius religio". Os príncipes não se fizeram rogar. Além da administração mundana, passaram também a formular e inventar doutrinas. A opressão sangrenta ao catolicismo pela força armada foi a consequência de semelhante princípio. Cada vez que se trocava um soberano o povo era avisado que também se trocavam as "doutrinas evangélicas" (Confessio Helvetica posterior ( 1562 ) artigo XXX ). Relata o famoso historiador Pfanneri: "uma cidade do Palatinado desde a Reforma, já tinha mudado 10 vezes de religião, conforme seus governantes eram calvinistas ou luteranos" ( Pfanneri. Hist. Pacis Westph. Tomo I e seguintes, 42 apud Doellinger Kirche und Kirchen, p. 55)

ESTADOS UNIDOS: Para a jovem terra recém descoberta fugiram os puritanos e outros protestantes que negavam a autoridade do rei da Inglaterra ou da Igreja Episcopal Anglicana. Fugiram para não serem mortos. Ao chegarem na América repetiram com os indígenas a carnificina que condenavam. O "escalpe" do índio era premiado pelo poder público com preços que variavam conforme fossem de homem maduro, velho, mulher, criança ou recém-nascido. Os "pastores" puritanos negavam que os peles vermelhas tivessem alma e consideravam um grande bem o extermínio da nobre raça. EM RESUMO em nenhum país cuja maioria hoje é protestante foi convertida com a bíblia na mão. Foram "convertidos" a fogo e ferro, graças à ambição dos reis e príncipes. Exceção é feita no presente século onde a tática mudou. Agora o que ocorre é uma invasão maciça de seitas de todos os matizes, cores e sabores financiados pelos EUA. Pregam um cristianismo fácil, recheado de promessas de sucessos financeiros instantâneos ou quando não, promovem como saltimbancos irresponsáveis shows de exorcismos e curas às talargadas. Antes matava-se o corpo. Hoje estraçalha-se a razão e o bom senso. Dificilmente se conhece um "evangélico" que não seja de todo um ignorante nas Sagradas Escrituras ou tenha para com a Igreja de Cristo um ódio mortal e uma ignorância lamentável. Cursinhos de "teologia" ou "Apologética" onde pouco ou nada se estuda sobre a Bíblia, os escritos dos primeiros cristãos ou história séria são ministrados aqui e ali para fisgar os incautos que abandonam a Igreja duas vezes milenar fundada por Cristo e herdeira de suas promessas para seguir opiniões de aventureiros fundadores de igrejolas e seitas. Falsos profetas que se enganam e enganam. Cegos condutores de cegos ( MT 15, 14 ). Que rodeiam o mar e a terra, para fazer um discípulo, e quando o fazem o tornam duas vezes mais digno do inferno do que eles ( MT 23, 15 ).

fonte:site veritais splendor

11/02/2011

A graça de ser só.


Artigo por: Padre Fabio de Melo



Há pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar . Ando pensando no valor de ser só.

Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.

Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.

Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do "pode ou não pode".

A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar, não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.

Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.

Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em "propriedade privada". Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.

Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.

Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.

É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções

10/02/2011

A exploração da mulher


 
Jesus dispensou um tratamento especial às mulheres


A última criatura que Deus fez foi a mulher; “tirada” do homem e com a mesma dignidade dele para ser-lhe “companheira adequada” (Gen 2, 18) e para ser com ele “uma só carne” (Gen 2, 24). Um foi feito para o outro, completamente diferentes, no corpo e na alma, na voz e na força, nas lágrimas e na sensibilidade.

A mulher foi moldada por Deus para ser sobretudo mãe e esposa: delicada, meiga, compassiva, generosa, paciente. Um perigoso feminismo, “avançado”, tende a igualar entre si homem e mulher, esquecendo as diferenças específicas que são exatamente o que fazem a maior riqueza da humanidade. Isso não deixa de ser uma violência à mulher, desfigurando a sua beleza. A mulher humaniza o mundo com sua feminilidade.

Ao longo da História da humanidade a mulher foi explorada, especialmente por ser mais fraca fisicamente que o homem. E ainda hoje essa exploração continua; no entanto, muitas vezes ela acontece com a conivência da própria mulher que aceita se vender de muitas formas: na prostituição, nas revistas pornográficas, nos filmes e novelas, etc. Infelizmente muitas se deixam explorar pelo dinheiro e pela fama. É preciso urgente, uma catequese que lhes mostre o seu valor, o brilho da castidade e a beleza de se manter virgem até o casamento.

Outras mulheres são exploradas em casa, no trabalho e em outras atividades. Há maridos estúpidos que as tratam com grosseria, e muitas vezes a agridem até fisicamente. Felizmente hoje a mulher pode recorrer `a Justiça, de maneira mais fácil e rápida, para se defender; mas muitas têm receio de procurar a lei com medo de represálias.

Em algumas empresas, sobretudo onde os responsáveis não tem fé em Deus, a mulher é perseguida quando engravida; às vezes sendo até aliciadas para fazer o aborto. Muitas empresas nem contratam mulheres que possam desejar a gravidez. É uma terrível e grave injustiça à sua dignidade.

Até o advento do cristianismo a mulher foi humilhada e escravizada, como se fosse inferior ao homem. O paganismo a desprezava e só com a Idade Média, quando o Evangelho governou os povos, as garantias jurídicas passaram a existir para a mulher. Jesus dispensou um tratamento especial às mulheres; perdoou a mulher adúltera prestes a ser apedrejada, livrou Madalena de sete demônios, tinha amizade profunda por Maria e Marta de Betânia.

Umas das piores explorações da mulher hoje é o tráfico delas. De acordo com o relatório da “Organização Internacional de Migrações” (OIM), o tráfico de mulheres gera receitas anuais de US$ 32 bilhões no mundo todo, e 85% desse dinheiro vem da exploração sexual, que só na América Latina e no Caribe fez 100 mil vítimas em 2006.

Segundo os dados dos organismos internacionais, pelo menos 12,5 milhões de pessoas são vítimas do tráfico no mundo, das quais ao menos meio milhão está na Europa, com um lucro para o crime organizado estimado em cerca de 10 bilhões de euros por ano. O estudo da OIM, revela que as vítimas costumam ser mulheres de classe social baixa, que vivem em um ambiente de marginalidade, em uma família instável, além do precário nível educacional.

Infelizmente ás vezes são pessoas da própria família ou uma vizinha, ou uma amiga, que apresentam uma “oferta de emprego” bem remunerada no exterior, ou em seu país, mas longe da família. É a prática nefasta da prostituição, que lança a mulher na sua pior decadência.

O tráfico sexual de pessoas na Argentina, segundo a OIM, registrou 47 casos penais durante 2006, das quais 30% corresponderam a menores de idade e, entre 50% e 60%, a mulheres de 18 a 24 anos. Cerca de 52% dos 118 casos de paraguaias vítimas do tráfico sexual analisadas pela OIM em 2005 tiveram a Argentina como destino final. Em 2006, o Chile foi o país de destino para 40% de mulheres argentinas, 25% de peruanas, 24% de colombianas, 5% de chinesas e 2% de dominicanas, brasileiras e equatorianas.

Também os meios de comunicação exploram a mulher, especialmente em relação ao sexo. A Universidade Européia de Roma, realizou um Congresso com o título “Mulher e meios de comunicação”, em 2006, que foi concluído com um “Manifesto pelo respeito à mulher nos meios de comunicação”. Este Congresso do Ateneu Pontifício “Regina Apostolorum”, congregou comunicadores e especialistas de vários continentes, que sintetizaram neste manifesto suas conclusões. (zenit. org – 31/03/2006 – P06033103)

1. Defendemos e promovemos uma imagem respeitosa da liberdade da mulher e da dignidade da condição feminina nos meios de comunicação.


2. Combatemos o abuso da imagem feminina como instrumento publicitário ou consumista.


3. Promovemos uma informação correta e verdadeira sobre os problemas que afetam o mundo feminino.


4. Comprometemo-nos a evitar tons sensacionalistas e rejeitamos fazer um espetáculo da informação.


5. Defendemos o papel da mulher como responsável junto ao homem na edificação e no desenvolvimento da sociedade.


6. Promovemos uma cultura da liberdade e da paz que respeite a contribuição do gênio feminino na humanização da sociedade.


7. Defendemos e promovemos o papel insubstituível da mulher como educadora da sociedade na defesa dos valores mais autenticamente humanos, como o amor, o respeito, a dignidade no sofrimento e na fraqueza, a tolerância.


8. Defendemos e promovemos a presença ativa da mulher na vida pública e no mundo do trabalho.


9. Promovemos a dignidade da mulher e sua igualdade de direitos com respeito ao homem.


10. Comprometemo-nos a desempenhar responsavelmente uma função de informação e sensibilização detectando, documentando e denunciando as situações e as práticas que limitam a liberdade e violam os direitos das mulheres e das meninas.

A mulher revela a beleza de Deus, e não pode ser tratada como um objeto de consumo, prazer, ou como uma escrava. Quanto mais ela for amada e respeitada, tanto mais o mundo será feliz.

Prof. Felipe Aquino

05/02/2011

Leitor pergunta sobre o Salmo 115


Por Emerson H. de Oliveira

[Leitor autorizou a publicação de seu nome no site]
Nome do leitor: Gregório Rios
Cidade/UF: Jitauna/Ba
Religião: Protestante Pentecostal
Mensagem

NAO TEM O SALMO 115 NA BIBLIA DE VOCÊS NÃO É?

Prezado Gregório, a Paz do Senhor. Sim, prezado, tem sim, da mesma forma que a interpretação correta deste salmo, que os protestantes distorcem sobre a Igreja católica. Aliás, a Bíblia católica é mais completa que as protestantes, pois nestas faltam os livros deuterocanônicos. Tirar versículos do contexto e distorcer sua verdadeira interpretação é passatempo predileto do protestantismo desde a Reforma protestante. Está disposto a analisar honestamente o que o Sl. 115 diz ou ainda quer ficar no subterfúgio da falácia protestante?

Note o v. 4: “Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens”. Ídolos de quem? Para alguns desavisados, isso poderia soar logo “ah! É a Igreja católica”. Errado! Veja o v. 2: “Por que diriam as nações: Onde está o Deus deles?” As nações (pagãs). O texto, longe da cavilação protestante, tem que ser entendido no seu devido contexto, que é expressar a comparação do salmista do povo santo com as nações, que estes adoravam ídolos, e afirmavam que esses ídolos eram verdadeiros deuses.

A falácia protestante começa no v. 5. Mas o versículo fala dos ídolos das nações pagãs. Estes ídolos eram esculpidos com bocas, mas eles não faziam nenhum uso delas; se lhes clamassem, eles não poderiam responder, nem salvar de suas dificuldades. Os sacerdotes de Baal clamaram a seu ídolo, mas não ouviram nenhuma voz, nem retornou resposta; eles são justamente chamados de ídolos mudos, Hb. 2.18 Is. 46.7 Jr. 10.5;Ire. 18.26,2. Os católicos não clamam às imagens, como os pagãos (para quem as estátuas eram O deus em si) mas oram JUNTO com os santos nelas representados.

Agora, o que tem isso a ver com a doutrina católica? Em nenhum momento a Igreja, em seu ensino oficial, diz para alguém adorar uma imagem! Somente alguém de má-fé, preconceito e completo desentendimento da doutrina católica para afirmar tal disparate! As imagens na Igreja não são para serem adoradas mas somente como uma homenagem ao santo representado. Se fazer imagens fosse proibido, Gregório, coitado dos escultores! Deus mesmo NUNCA proibiu fazer imagens, mas as recomenda (Ex. 25.22; IRe. 9.3)

Para derrubar a mentira deslavada protestante recorramos ao Catecismo:
2112 - O primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige que o homem não acredite em outros deuses afora Deus, que não venere outras divindades afora a única. A escritura lembra constantemente esta rejeição de "ídolos, ouro e prata, obras das mãos dos homens", os quais "têm boca e não falam, têm olhos e não vêem..." Esses ídolos vãos tornam as pessoas vãs:

"Como eles serão os que o fabricaram e quem quer que ponha neles a sua fé" (Sl 115,4-5. 8). Deus, pelo contrário, é o "Deus vivo" (Jo 3, 10) que faz viver e intervém na história.

2113 - A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consiste em divinizar o que não é Deus. Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro", diz Jesus (Mt 6,24). Numerosos mártires morreram por não adorar "a Besta", recusando-se até a simular seu culto. A idolatria nega o senhorio exclusivo de Deus; é, por­tanto, incompatível com a comunhão divina.

Da mesma forma como os protestantes desmerecem as imagens católicas eles deveriam desmerecer e criticar publicamente as imagens de personagens históricas em praças e museus. Mas raramente vejo um protestante fazer isso. Por quê? Porque eles irão dizer: “ah! Mas nós não adoramos essas estátuas de D. Pedro I, Cabral, etc”. Nem nós católicos adoramos imagens de santo algum. São homenagens, representações e não um fim de adoração em si. Somente anticatólicos desinformados que continuam espalhando esta tolice.

Assim, o Sl. 115 é muito mal usado por alguns contra a Igreja católica, que o tiram de seu devido contexto. Não pode retirar um texto isolado da Bíblia, sem exegese, e aplicá-lo a bel prazer criando uma doutrina.

Os “ex-católicos” dizem: “quando éramos católicos, adorávamos as imagens, pensando que tinham poder. Até lhes pedíamos milagres”. Minha pergunta a essas pessoas é: “quantas vezes freqüentaram a Igreja e estudaram a doutrina católica? Esses ex - católicos eram católicos “de nome”, nada mais. Qualquer coisa pode ser uma imagem e me ajudar a crescer em minha fé. Uma rocha me faz pensar em Deus, a Rocha da Salvação; um rio me faz pensar que Jesus nos promete água viva. Também um cordeiro nos lembra que Jesus é o Cordeiro de Deus. A luz do Sol, se estou desperto espiritualmente, é um bom sinal de que Cristo é a Luz do Mundo. Todas essas imagens são más?

Os irmãos protestantes que me dizem: “todas as imagens são más” tem problemas quanto lêem que Jesus é a Imagem de Deus (Cl.1.15) e que também NÓS somos feitos à Sua Imagem (Gn.1.26). Jesus é mal, então? E nós?

A Igreja católica e particularmente as Igrejas Ortodoxas citam a obra de S. João Damasceno "Sobre as Imagens Divinas" para defender o uso de ícones. Ele escreveu em resposta direta à controvérsia iconoclasta que começou no século VIII pelo imperador bizantino Leão III e continuou por seu sucessor, Constantino V. S. João ensinava que representar o Deus invisível é de fato errado, mas ele discute que a encarnação, onde "o Verbo se fez carne" (João 1.14), indica que o Deus invisível ficou visível, e como resultado, é permissível representar Jesus Cristo.

Jacó se curvou ao solo diante de Esaú, seu irmão, e também diante de seu filho José (Gn. 33.3). Ele se prostrou, mas não o adorou. Josué, o filho de Nun, e Daniel se curvaram em reverência diante de um anjo de Deus (Js. 5.14) mas eles não o adoraram. “Adoração é uma coisa e o que é oferecido em honra de algo de grande excelência é outra coisa", diz S. João Damasceno. Ele cita S. Basílio, que afirma "a honra dada à imagem é transferida a seu protótipo”. S. João então ensina que venerar uma imagem de Cristo não termina na própria imagem - o material da imagem não é o objeto de adoração - na verdade vai além da imagem, para o protótipo.

Agora, a própria Bíblia profetiza contra os protestantes destruidores de imagens cristãs: Sl. 74. 3-8. “Eis que toda obra entalhada, eles a despedaçaram a machados e martelos” (v. 6). Aí os protestantes encontram um problemão, pois estas “obras entalhadas” eram também imagens de querubins (IRe. 6.29). Gregório vai encontrar um problemão com sua teoria anticatólica.

Agora volto a pergunta ao mesmo Gregório e digo: sua Bíblia tem Mt.16.18, que prova que Jesus fundou a Igreja sobre Pedro? Sua Bíblia tem IITs. 2.15 que prova a Sagrada Tradição? Na sua Bíblia protestante por acaso não tem Ef. 4.4-5, que prova que a Igreja é visível e una? Não tem At. 8.14-15, que fala sobre a Crisma? Não tem Mt.14. 22-24, que prova a Sagrada Eucaristia? Na sua Bíblia, Gregório, tem Ml.1.11, que profetiza sobre a missa (os cultos protestantes não são sacrificiais, logo esta profecia não é para eles)? Tem Jo. 20.21-23 e At. 19.18, que prova (entre outros versículos) a Confissão? Tem ICo. 4.1, que prova a Ordem Sacerdotal? Tem Mt.12.32, que alude ao Purgatório? Tem Lc.1.28, que chama Maria de “cheia de graça” (a tradução mais correta)? Na sua Bíblia ou de qualquer pentecostal tem Ap. 5.8, que demonstra a intercessão dos santos? E muito mais?

Por tudo isto, cabe perguntar se na sua Bíblia tem estes textos (e muitos mais) ou se é que não quer vê-los?

02/02/2011

Por que a bíblia católica é diferente da protestante?



A bíblia protestante tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14.


A razão disso vem de longe.

No ano 100 da era cristã os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definirem a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começava a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os Judeus não aceitaram.

Nesse Sínodo os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte:

(1) veria ter sido escrito na Terra Santa;
(2) escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;
(3) escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);
(4) sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.

Esses critérios eram nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados antes.

Acontece que em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma forte colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. Os judeus de Alexandria, através de 70 sábios judeus, traduziram os livros sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu assim a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta. E essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram.

Havia então no início do Cristianismo duas Bíblias judaicas: uma da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento usaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico. O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passou para o uso dos cristãos.

Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos. Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15.

Nos séculos II a IV houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Finalmente a Igreja, ficou com a Bíblia completa da Versão dos Setenta, incluindo os sete livros.

Por outro lado, é importante saber também que muitos outros livros que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute.

Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (Patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.

Ora, será que o Papa S. Clemente se enganou, e com ele a Igreja? É claro que não. Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e do 2 Macabeus; Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.

Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo.

Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha.

No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel.

Sabemos que é o Espírito Santo quem guia a Igreja e fez com que na hesitação dos séculos II a IV a Igreja optasse pela Bíblia completa, a versão dos Setenta de Alexandria, o que vale até hoje para nós católicos.

Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.

Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes. Assim o Deus que outrora falou, mantém um permanente diálogo com a Esposa de seu dileto Filho, e o Espírito Santo, pelo qual a voz viva do Evangelho ressoa na Igreja e através da Igreja no mundo, leva os fiéis à verdade toda e faz habitar neles copiosamente a Palavra de Cristo” (DV,8).

Por fim, é preciso compreender que a Bíblia não define, ela mesma, o seu catálogo; isto é, não há um livro da Bíblia que diga qual é o Índice dela. Assim, este só pôde ter sido feito pela Tradição Apostólica oral que de geração em geração chegou até nós.

Se negarmos o valor indispensável da Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia.

01/02/2011

Campanha da Fraternidade 2011


APRESENTAÇÃO


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!

Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.

Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.

Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.

Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.

Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.

E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.

Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.



CÂNTICO DAS CRIATURAS SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Altíssimo, onipotente e bom Deus, teus são o louvor,

a glória, a honra e toda benção.

Só a Ti, Altíssimo, são devidos, e homem algum

é digno de Te mencionar.


Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas.


Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia


e com sua luz nos ilumina.


Ele é belo e radiante, com grande esplendor de Ti,


Altíssimo é a imagem.


Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas,

que no céu formastes claras, preciosas e belas.


Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Vento,


pelo ar ou neblina, ou sereno e de todo tempo,


pelo qual às Tuas criaturas dais sustento.


Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Água,


que é muito útil, humilde, preciosa e casta.


Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Fogo,


pelo qual iluminas a noite, e ele é belo e alegre, vigoroso e forte.


Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra,


que nos sustenta e nos governa, e produz frutos diversos,


e coloridas flores e ervas.


Louvado sejas meu Senhor, pelos que perdoam


por Teu amor e suportam enfermidades e tribulações.


Bem-aventurados os que sustentam a paz, que por Ti,


Altíssimo serão coroados.


Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a morte corporal,


da qual homem algum pode escapar.


Ai dos que morrem em pecado mortal!


Felizes os que ela achar conforme a Tua Santíssima vontade,

porque a segunda morte não lhes fará mal.


Louvai e bendizei ao meu Senhor, e daí-lhes graças e servi-O com grande humildade.Amém


Tema: "Fraternidade e a vida no planeta"
Lema "A criação geme em dores de parto".

fonte: cfarquidiocesesorocaba.com




Qual o verdadeiro nome de Deus:Jeová ou Javé?


Os protestantes, principalmente os Testemunhas de Jeová, chamam a Deus pelo apelativo Jeová, forma tardia e errônea do nome Yahweh. Portanto, o nome com que Deus se revelou a Moisés é Yahweh (cf. Ex 3,13-17). Tal era a reverência tributada a esse nome, que os judeus não ousavam a pronunciá-lo (principalmente a partir do Exílio Babilônico, no século VI a.C.).


Era tido como o nome que se escreve mas não se lê. Ao encontrarem escrito tal nome, os israelitas pronunciavam Adonay (o primeiro a é mudo, correspondendo a um e), que quer dizer meu Senhor. Após o século VI d.C., os rabinos fundiram as consoantes YHWH com as vogais EOA, resultando em na forma Jeová.

Notemos, porém, que ainda no início da Idade Média a pronúncia do vocábulo continuava como Adonay. A pronúncia Jeová é atestada pela primeira vez por Raimundo Martini em sua obra "Pugio Fidei" de 1270. Parece, porém, que já estava sendo usado nas escolas rabínicas anteriores a esse ano.

Foi adotado pelos cristãos no século XVI, principalmente pelos protestantes, tendo à frente o calvinista Teodoro Beza, de Genebra. É por isso que as Bíblias protestantes em língua inglesa frequentemente aludem ao nome Jeová. Contudo, a forma correta de Yahweh seria Javé, sem interpolações.

Prof.Felipe Aquino