27/04/2011

SÃO TOMÉ


Neste dia festejamos a santidade de vida do apóstolo que não chegou até o Céu pelas suas limitações como acostumamos firmar ao chamá-lo de incrédulo mas sim por ter sido atingido pela ilimitada misericórdia do Senhor. São Tomé apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo era o mais teólogo dos doze, pois com suas perguntas possibilitava a Revelação do Cristo e a Trindade:

Tomé lhe disse: Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho? Jesus lhe disse: Eu sou o caminho , a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim (Jo 14, 6).

Sobre aquele acontecimento em que o Cristo Ressuscitado provoca para fé São Tomé, pois somente acreditaria no testemunho dos irmãos se visse os sinais do martírio do Cristo de modo palpável, quanto a isto comentou São Gregório: A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade.

Diante de tantas providentes intervenções, São Tomé se despede das Sagradas Escrituras, professando sua fé: Meu Senhor e meu Deus ( Jo 20 - 28). Esta expressão não saiu da boca de Pedro, nem de João, mas de Tomé que segundo a Tradição teria depois de Pentecostes, ido para evangelizar pelo Oriente e Índia até tornar-se mártire, ou melhor: um exemplo de fé

26/04/2011

SÉRIE SOBRE VIDA DOS SANTOS PARTE I- SÃO SEBASTIÃO


A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos. Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira. O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu.

Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos.

Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.

O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído. Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas.

Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.

Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo. Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288.

Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepulta-lo junto de São Pedro e São Paulo. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino. Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião

No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas.

Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

SANTO JOÃO BOSCO


João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.

Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.

Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.

Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.

Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.

Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".

Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima

SANTO ANTÔNIO


Celebramos a Memória do popular Santo - Doutor da Igreja - que nasceu em Lisboa em 1195 e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, Itália em 1231, por isso Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de Batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem pertenceu a Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia em Coimbra, até ser ordenado sacerdote, ele que não encontrou para isto tantas dificuldade, já que era de inteligência e memória formidáveis que vinham acompanhadas pelo zelo apostólico e santidade. Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família Franciscana que não só encantou pelo testemunho de Mártires em Marrocos, mas o arrastou para a vida etinerante na Santa Pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus até o sangue.
Ao ir para Marrocos Antônio ficou tão doente que teve de voltar, mas providencialmente foi assim ao encontro do Pobre de Assis, o qual autorizou-o ensinar aos frades as Ciência que não atrapalhassem os irmão de viverem o Santo Evangelho. Neste sentido Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, que era confirmada por muitos milagres e combatia a Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família Francisca através da ocupação de altos cargos de de serviço na Ordem, isto até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.

SANTO AGOSTINHO DE HIPONA


   Aurélio Agostinho nasceu, no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.

Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia.

Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387. Portanto, com trinta e três e quinze anos de idade, respectivamente.

Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens, femininas e masculinas. Porém o então bispo de Hipona decidiu que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.

Por trinta e quatro anos Agostinho foi bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".

Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de doutor da Igreja e é celebrado no dia de sua morte

SANTO AGOSTINHO


Neste dia comemoramos o Grande Apóstolo da Inglaterra, que como monge beneditino viveu em um mosteiro de Roma fundado por São Gregório Magno. Santo Agostinho na Grã- Bretanha exerceu santamente sua missão de levar muitos a santidade e assim santificar-se.
O Papa São Gregório enviou missionários para anunciar a Boa-Nova nas Ilhas Britânicas, este batalhão de 40 monges estava sob o comando de Agostinho que corajosamente avançou em direção aos anglo-saxões que possuíam uma fama de cruéis. Santo Agostinho ao chegar expôs ao rei conteúdo de sua pregação, e pediu-lhe autorização para pregar, com seus irmãos; o trabalho de evangelização foi tão fecundo que em menos de um ano mais de dez mil pessoas foram convertidas pelo Senhor, inclusive o rei Etelberto.
Ajudado sempre pelo Papa; Santo Agostinho, na obediência acolheu as direções do Espírito e foi ordenado bispo e com o surgimento de novas necessidades pastorais, tornou-se arcebispo. Santo Agostinho, com a ajuda de muitos outros missionário, alcançou a graça da conversão, praticamente para todos da ilha. Entrou na Igreja Triunfante, com outros, em 605.

SANTA TERESA DE ÁVILA


Nunca um santo ou santa mostrou-se tão "carne e osso" como Teresa de Ávila, ou Teresa de Jesus, nome que assumiu no Carmelo. Nascida no dia 28 de março de 1515, seus pais, Alonso Sanchez de Cepeda e Beatriz de Ávila y Ahumada, a educaram, junto com os irmãos, dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Aos sete anos, tentou fugir de casa e peregrinar ao Oriente para ser martirizada pelos mouros, mas foi impedida. A leitura da vida dos santos mártires tinha sobre ela uma força inexplicável e, se não fossem os parentes terem-na encontrado por acaso, teria fugido, levando consigo o irmão Roderico.

Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades humanas era muito acentuada. Por isso, ele a colocou para estudar no colégio das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses, uma doença grave a fez voltar para receber tratamento na casa de seu pai, o qual se culpou pelo acontecido.

Nesse período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu tornar-se religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância, resolveu fugir, desta vez com sucesso. Foi para o Convento carmelita da Encarnação de Ávila.

Entretanto a paz não era sua companheira mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai. Teresa, então, concluiu que devia converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, no Carmelo, tomando o nome de Teresa de Jesus.

Aos trinta e nove anos, ocorreu sua "conversão". Teve a visão do lugar que a esperaria no inferno se não tivesse abandonado suas vaidades. Iniciou, então, o seu grande trabalho de reformista. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e descer montanhas, deslocar-se pelos caminhos mais ermos e inacessíveis, de convento em convento, por toda a Espanha. Em 1560, teve a inspiração de um novo Carmelo, onde se vivesse sob as Regras originais. Dois anos depois, fundou o primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva de São José em Ávila, onde foi morar.

Porém, em 1576, enfrentou dificuldades muito sérias dentro da Ordem. Por causa da rigidez das normas que fez voltar nos conventos, as comunidades se rebelaram junto ao novo geral da Ordem, que também não concordava muito com tudo aquilo. Por isso ele a afastou. Teresa recolheu-se em um dos conventos e acreditou que sua obra não teria continuidade. Mas obteve o apoio do rei Felipe II e conseguiu dar seqüência ao seu trabalho. Em 1580, o papa Gregório XIII declarou autônoma a província carmelitana descalça.

Apesar de toda essa atividade, ainda encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências místicas. Na sua época, toda a cidade de Ávila sabia das suas visões e diálogos com Deus. Para obter ajuda, na ânsia de entender e conciliar seus dons de espiritualidade e as insistentes tentações, ela mesma expôs os fatos para muitos leigos e não apenas aos seus confessores. E ela só seguiu numa rota segura porque foi devidamente orientada pelos últimos, que eram os agora santos Francisco Bórgia e Pedro de Alcântara, que perceberam os sinais da ação de Deus.

A pedido de seus superiores, registrou toda a sua vida atribulada de tentações e espiritualidade mística em livros como "O caminho da perfeição", "As moradas", "A autobiografia" e outros. Neles, ela própria narra como um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo. Doente, morreu no dia 4 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos, no Convento de Alba de Torres, Espanha. Na ocasião, tinha reformado dezenas de conventos e fundado mais trinta e dois, de carmelitas descalças, sendo dezessete femininos e quinze masculinos.

Beatificada em 1614, foi canonizada em 1622. A comemoração da festa da transverberação do coração de Santa Teresa ocorre em 27 de agosto, enquanto a celebração do dia de sua morte ficou para o dia 15 de outubro, a partir da última reforma do calendário litúrgico da Igreja. O papa Paulo VI, em 1970, proclamou santa Teresa de Ávila doutora da Igreja, a primeira mulher a obter tal título

NOSSA SENHORA APARECIDA


Não bastasse ser um dos maiores países católicos do planeta, o Brasil tem também um dos maiores centros de peregrinação mariana da cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A cidade foi batizada com o nome da Senhora, "aparecida" das águas, mas o Brasil inteiro também recebeu sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e colonizadores que a tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das expedições. A fé na Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não esmoreceu, só se fortaleceu.

Em 1717, quando da visita do governador a Guaratinguetá, foi ordenado aos pescadores que recolhessem do rio Paraíba a maior quantidade possível de peixes, para que toda a comitiva pudesse ser alimentada e festejada com uma grande recepção. Todos se lançaram às águas com suas redes. Três deles, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, partiram juntos com suas canoas e juntos também lançaram as redes por horas e horas, sem pegar um único peixe. De repente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem de uma santa. Outra vez lançada a rede, e a cabeça da imagem vem também para bordo. A partir daí, os três pescaram tanto que quase afundaram por causa da quantidade de peixes.

A pesca, milagrosa, eles atribuíram à imagem da santa. Ao regressarem foram para a casa de Filipe Pedroso e, ao limparem a imagem com cuidado, viram que se tratava de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de cor escura. Então, cobriram-na com um manto e a colocaram num pequeno altar dentro de casa, onde passaram a fazer suas orações diárias. A novidade se espalhou e todos da vizinhança acorriam para rezar diante dela. Invocada pelos devotos como "Aparecida" das águas, durante quinze anos seguidos, a imagem ficou na casa da família daquele pescador.

A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por todos aqueles que rezavam diante da imagem. Eram tantos os devotos que acorriam ao local que, em 1732, a família de Filipe construiu o primeiro oratório. Mas a fama dos prodigiosos poderes de Nossa Senhora Aparecida foi se espalhando até atingir todos os recantos do Brasil. Assim, foi necessário, então, construir uma pequena capela, em seguida uma sucessão de outras capelas cada vez maiores. Até que o local se tornou a cidade de hoje. Em 1888, houve a bênção do primeiro templo, que existe até hoje, conhecido como "Basílica Velha".

A primeira grande peregrinação de católicos "de fora", oficial e historicamente registrada, aconteceu em 1900. Eram mil e duzentos peregrinos viajando de trem desde São Paulo, liderados por seu bispo. Atualmente, são milhões de peregrinos vindos, diariamente, de todos os estados do país e de várias outras nações católicas, especialmente das Américas. A atual Catedral-Basílica de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como "Basílica Nova", foi consagrada pessoalmente pelo papa João Paulo II, em 1980, quando de sua primeira visita ao Brasil.

Quanto ao amor do nosso povo por Maria, em 1904 a imagem foi coroada, simbolizando a elevação da Senhora como eterna "Rainha do Brasil", com todo o apoio popular. A coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi também por aclamação popular e a pedido dos bispos brasileiros que, em 1930 o papa Pio XI proclamou solenemente Nossa Senhora Aparecida a "padroeira oficial do Brasil". O dia de sua festa, 12 de outubro, desde 1988 é feriado nacional.

24/04/2011

"Cristo ressuscitou!", um anúncio antigo e sempre novo, diz Papa




Após a Missa do dia de Páscoa, o Papa Bento XVI foi à sacada central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dirigir aos fiéis a Urbi Et Orbi, uma benção especial conferida pelo Pontífice nas principais solenidades da Igreja. No Natal, na Páscoa e após a eleição de um novo papa, a benção que significa “de Roma para o mundo” é concedida a todos os fiéis do mundo, através da qual todos também podem receber a indulgêcia plenária

Pouco antes da benção, o Santo Padre proferiu uma mensagem na qual destacou este anúncio de ressurreição que se atualiza a cada ano.

“A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos”, enfatizou o Pontífice.

Bento XVI também explicou que a ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiêcia mística: é um acontecimento, que ultrapassa a história.

Palavras de motivação e esperança também fizeram parte da mensagem proferida pelo Santo Padre. Segundo ele, a morte e a ressurreição de Cristo dão um novo sentido à vida de todos nós, mesmo que esta seja marcada pelo sofrimento.

“Por isso, esta minha mensagem quer chegar a todos e, como anúncio profético, sobretudo aos povos e às comunidades que estão sofrendo uma hora de paixão, para que Cristo Ressuscitado lhes abra o caminho da liberdade, da justiça e da paz”, destacou o Pontífice

Bento XVI também demonstrou sua preocupação com a população da Costa do Marfim, que neste momento passa por uma grande crise sócio-política e enviou uma mensagem de conforto e de paz a todos os habitantes do país.

“Possa recompor-se a convivência civil entre as populações da Costa do Marfim, onde é urgente empreender um caminho de reconciliação e perdão, para curar as feridas profundas causadas pelas recentes violências. Possa encontrar consolação e esperança a terra do Japão, enquanto enfrenta as dramáticas consequências do recente terremoto, e demais países que, nos meses passados, foram provados por calamidades naturais que semearam sofrimento e angústia”, disse.

Ao final da mensagem, o Papa desejou feliz páscoa em 65 línguas a todos os cristãos do mundo.


fonte: site canção nova

21/04/2011

João Paulo II lembrado como um "homem bom e de profunda espiritualidade"


O Cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, lembra a bondade e a coragem de João Paulo II.
“Antes de mais era um homem com todas as qualidades de um bom homem. Um homem muito forte e também corajoso e, ao mesmo tempo, muito amável como homem”, recorda.

Walter Kasper sublinha que, em segundo lugar, João Paulo II “era um bom cristão. Um homem de oração, de profunda espiritualidade”. Em terceiro lugar, lembra o Cardeal, “era um Papa líder da Igreja. Deu força e um novo empurrão à Igreja, por isso, estou muito contente com esta beatificação”.

João Paulo II vai ser beatificado, numa cerimónia marcada para a Praça de São Pedro, em Roma, a 1 de Maio, seis anos depois da sua morte. A data coincide com a celebração da Divina Misericórdia, uma festa instituída por João Paulo II, assinalada no primeiro domingo depois da Páscoa - precisamente o dia em que faleceu.

O Vaticano espera a presença de cerca de dois milhões de peregrinos para assistir à cerimónia de beatificação.

Reencontro com João Paulo II no Auditório da Renascença
O Auditório da Renascença, em Lisboa, vai ser palco de duas sessões especiais a 26 de Abril. O documentário “No coração de João Paulo II”, que a jornalista da Renascença Aura Miguel produziu para a RTP, vai ser exibido duas vezes na próxima terça-feira.

A primeira sessão está marcada para o início da tarde, mais concretamente para as 15h00. À noite, pelas 21h30, será a vez da segunda e última exibição do documentário. Ambas as sessões contemplam comentários da autora.

Aura Miguel é a única jornalista portuguesa que viaja no avião do Papa e acompanhou João Paulo II ao longo de mais de 20 anos. O documentário “No coração de João Paulo II” foi produzido para a RTP. Aura Miguel é jornalista da Renascença há 25 anos.

fonte:www.rr.pt

Pela 1ª vez, papa Bento 16 responderá a perguntas de fiéis na TV


A imprensa da Itália adiantou nesta quinta-feira detalhes de um programa de TV gravado por Bento 16 no qual, pela primeira vez na história da Igreja Católica, um papa irá responder a perguntas enviadas pelos fieis.
Durante o programa A Sua Imagem, perguntas sobre Jesus, o papa deve responder a sete perguntas, escolhidas entre cerca de 3 mil que foram enviadas a ele, via email, por fiéis de diversos países.
Segundo os responsáveis pela transmissão, não houve qualquer tipo de manipulação nas questões.
"Foram perguntas espontâneas, que apenas selecionamos. Não foram construídas pela redação", disse o apresentador, Rosário Carello ao jornal católico Avvenire.

TERREMOTO NO JAPÃO
Segundo alguns jornais católicos, a primeira resposta do papa será para uma menina japonesa chamada Helena. Na carta, segundo os jornais, a garota diz que sentiu muito medo do terremoto que atingiu o Japão em março passado.
"Por que crianças devem sentir medo e tanta tristeza? Peço ao papa, que fala com Deus, para me explicar."
Em resposta, o pontífice teria respondido que faz a si as mesmas perguntas que ela, sem obter respostas.
"Por que é assim? Por que vocês devem sofrer tanto enquanto outros vivem na comodidade? Não temos as respostas, mas sabemos que Jesus sofreu como vocês, inocente, e que o Deus verdadeiro, que se mostra em Jesus, está a seu lado. Isso me parece muito importante, ainda que não tenhamos respostas, que a tristeza permaneça".
Bento 16 disse à menina japonesa que ora por ela e por todos no Japão.
"Esteja certa, nós estamos com você, com todas as crianças japonesas que sofrem, queremos ajudá-los com a oração e com nossas ações e estejam certos de que Deus vos ajuda".
Entre as sete perguntas selecionadas, os produtores também teriam escolhido a de uma mãe italiana que deseja saber do papa "onde está a alma" de seu filho, em coma há dois anos.
Bento 16 deve responder ainda a perguntas enviadas da Costa do Marfim, do Iraque e do Japão.
As respostas de Bento 16 foram gravadas pela CTV, centro televisivo do Vaticano, na semana passada, na biblioteca do Palácio Apostólico, e serão transmitidas em um programa religioso do principal canal da televisão pública italiana, Rai 1.
O programa vai ao ar às 14h15 locais (9h15 de Brasília) desta Sexta-Feira Santa. À noite, o papa vai presidir a cerimônia da Via Sacra, que revive o percurso feito por Jesus até a crucificação.

fonte: www.correiodoestado.com.br

Papa realiza cerimônia do lava-pés


O Papa Bento XVI realizou hoje o ritual do lava-pés, que na liturgia da Quinta-Feira Santa relembra o gesto de humildade feito por Jesus com seus 12 discípulos.

O evento aconteceu durante a missa conhecida como "A Ceia do Senhor", que dá início ao Tríduo Pascal e foi realizada na Basílica de São João de Latrão, no Vaticano.

Pouco antes do começo da liturgia eucarística, o Papa se ajoelhou para lavar os pés de 12 sacerdotes da diocese de Roma e enquanto ele praticava o ritual religioso eram recolhidas oferendas dos fieis presentes destinadas às vítimas do terremoto no Japão.

"Todos nós devemos sempre de novo aprender e aceitar Deus e Jesus Cristo como Ele é, não como nós queríamos que fosse. Nós também resistimos em aceitar que Ele seja associado aos limites de sua Igreja e de seus ministros", colocou o Santo Padre durante a missa.

Na ocasião do desastre natural, Bento XVI declarou sentir "uma profunda dor" pelas "trágicas consequências" do terremoto e expressou sua "proximidade" com todas as vítimas.

Ele acrescentou que "todos os seres humanos, exceto Maria [Madalena] necessitam sempre de conversão". "Todos nós precisamos de uma conversão que aceite Jesus em seu ser Deus e ser Homem. Precisamos da humildade do discípulo que segue a vontade do Mestre", acrescentou.

Fonte:http://www.correiodoestado.com.br/noticias/papa-realiza-cerimonia-do-lava-pes_107926/

16/04/2011

Bento VXI completa hoje 84 anos


Cidade do Vaticano, 16 abr (RV) - Neste sábado, Bento XVI completa 84 anos. O Papa está recebendo parabéns do mundo inteiro. Autoridades políticas e religiosas, homens de cultura e simples fiéis estão expressando sua estima e afeto ao Santo Padre.

A Rainha Elizabeth II da Inglaterra parabenizou o Santo Padre com a seguinte mensagem: "Por ocasião de seus 84 anos, com muito prazer, envio-lhe minhas felicitações e orações, recordando com grande afeto a memorável visita de Sua Santidade ao Reino Unido."

O Jornal da Santa Sé L'Osservatore Romano congratulou-se com Bento XVI em nome de todos os seus leitores e "pessoas do mundo inteiro que querem bem ao Papa, que lhe estão próximas, mostrando simpatia e interesse por sua pessoa e suas palavras que anunciam a alegre convicção de que Deus é a luz do mundo".

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) também parabenizou o Santo Padre pelos seus 84 anos. "A Igreja na Itália reconhece em Sua Santidade uma testemunha fiel e um mestre do qual aprendemos a viver segundo Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida que todo ser humano procura" – frisa a nota dos bispos italianos.

"Do Santo Padre aprendemos a urgência, para as nossas comunidades, de começar daquilo que é essencial, do centro da fé, para que um pensamento fecundo da presença de Cristo faça nascer uma cultura autenticamente humana e chegue ao mundo a verdadeira paz" – sublinham ainda os prelados.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, diretor da Rádio Vaticano, também parabenizou o Santo Padre pelos seus 84 anos.

"Uma longa vida a serviço do Senhor e sua Igreja, com dedicação total e incansável. A Rádio Vaticano, o Centro Televisivo Vaticano e a Sala de Imprensa da Santa Sé, a seguimos com imensa gratidão e admiração e consideramos um privilégio poder estar ligados ao seu ministério de Pastor Universal da Igreja. Também em nome de todos os ouvintes, telespectadores e leitores de todas as partes do mundo, pedimos ao Senhor para que continue doando ao Papa saúde e energia para que suas palavras e olhar, verdadeira transparência de seu testemunho de fé, continuem iluminando e confortando nossas mentes e corações" – concluiu Pe. Lombardi.

(fonte:http://www.oecumene.radiovaticana.org)

COMO VENCER A VIOLÊNCIA?


Quando Deus é retirado de cena, o homem ocupa o lugar d’Ele
A Igreja ensina as razões profundas da violência; acima de tudo está num coração sem Deus, sem amor ao irmão, que não é visto como “imagem e semelhança de Deus”. E quando Deus é retirado de cena, o homem ocupa o lugar d’Ele e a dignidade humana já não é mais respeitada. O “não” dito a Deus acaba se transformando em um “não” dito ao homem, por isso vemos hoje a pior de todas as violências, o aborto e a eutanásia, o sacrifício da vida humana; além dos assaltos, sequestros, roubos, corrupções de toda ordem, pedofilia, estupros, incestos, violência nos lares contra as crianças, etc.
Não basta encher as nossas ruas de policiais armados e bem equipados para acabar com a violência – embora isso seja necessário para lhe dar combate imediato –, é preciso mais. É preciso a “educação para a paz”. Essa educação exige que se ensine às crianças e aos jovens, nos lares e nas escolas, a dignidade de todo e qualquer ser humano. A moral cristã tem como base essa dignidade. Tudo aquilo que a Igreja condena como imoral é porque fere a dignidade da pessoa. A base da violência está na falta da vivência moral e na relativização do que seja o bem; o mal tem gerado muitas formas de violência.
Um fator de importância máxima na questão da violência é a família, pois ela é a “escola de todas as virtudes”, e é nela que a criança deve aprender com os pais e os irmãos a respeitar e a ser respeitada. Mas como vai a família? Infelizmente mal; a imoralidade tem destruído a família e seus valores cristãos. Muitas estão destruídas e muitos filhos sem a presença imprescindível dos pais para educá-las. Milhares de adolescentes e jovens ficam grávidas sem ao menos terem um lar para receber seus filhos. Como disse o saudoso Papa João Paulo II, no Brasil há milhares de crianças “órfãs de pais vivos”. Que futuro terão essas crianças? Muitas delas acabarão na rua e no mundo do crime e da violência. Sabemos que quase a totalidade dos nossos presos são jovens.
E por que tantos jovens acabam no mundo do crime? Porque lhes faltam um pai e uma mãe que lhes ensinem o caminho da honradez, da virtude, da escola e do trabalho. O trabalho é a sentinela da virtude.
Hoje quase não faltam escolas para as crianças, nem mesmo catequese nas paróquias, mas faltam os pais que as conduzam à escola e à igreja. Portanto, sem a reestruturação da família, segundo o coração de Deus, na qual não existam o divórcio, a traição, o incesto, as brigas, o vício, o estupro, a pedofilia, etc., não se poderá acabar com a violência na sociedade.
Sem Jesus, sem o Evangelho, sem a vivência moral ensinada pela Igreja de Cristo, não haverá paz verdadeira e duradoura. Sem isso será inócuo lutar pela paz. Diz o salmista que “se não é Deus quem guarda a cidade, em vão vigiam os seus sentinelas” (Sl 126, 1).

08/04/2011

ESTOU ENFERMA DE AMOR...


 Sabe a cada dia que se passa me apaixono ainda mais pelo Senhor é um amor tão puro, amor Ágape
que inflama, dói...estou enferma de amor.Amo Jesus mais do que tudo nesta vida mais que eu mesma,
adorá-lo é o meu prazer  sou feliz mesmo diante dos meus problemas e das minhas dificuldades é confortante saber que existe um Deus que vela por mim.
 Deus é maior que tudo esta acima de todas as coisas,acima de todos os nomes, sei que Ele esta comigo
em todos o momentos quero ser santa quero viver a plenitude de minha fé...em cada passo que eu dou em cada frase que eu falar quero te agradar Senhor, meu tudo minha rocha inabalável é por ti Senhor que minh'alma anceia e suspira,Tu és o único motivo do meu louvor,Glórias a ti Senhor.
                                  DE SUA ETERNA ADORADORA PRISCILA....
                                                           JESUS & EU  

06/04/2011

OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

INTRODUÇÃO
Uma das doutrinas mais curiosas dos Testemunhas de Jeová afirma que a vinda de Cristo que todos os cristãos aguardam já ocorreu em 1914; porém, de forma invisível.

Sim! Você está lendo corretamente: eles afirmam que Cristo retornou, porém, de forma invisível e, por isso, ninguém consegue vê-lo; Ele se encontraria agora reinando sobre a terra. Assim, para analisar profundamente esta doutrina, resolvi fazer este estudo.
ANTECEDENTES.
Para sabermos de onde veio esta doutrina, precisamos estudar um pouco a história da Sociedade Torre da Vigia e suas profecias não cumpridas sobre o fim do mundo.

Uma das colunas básicas da Sociedade é o ensinamento sobre o Armagedon e o fim daquilo que denomina "o atual sistema das coisas". Ao longo da História, se caracterizam [os Testemunhas] por imaginar que o fim encontra-se próximo de cada esquina, anunciando-o reiteradamente para 1914, 1918, 1925, 1941 e 1975.

Citarei a seguir alguns extratos de suas publicações:
"Tendo em vista a forte evidência da Bíblia, consideramos como uma verdade estabelecida que o fim cabal dos reinos deste mundo e o estabelecimento total do Reino de Deus na Terra se realizarão no final de 1914" (Estudos das Escrituras 2, pp. 76, 78 e 285 [versão em espanhol]).

"Neste capítulo apresentamos a evidência bíblica que afirma que os Tempos dos Gentios terminarão em 1914. Isto quer dizer que nesta data o Reino de Deus estará estabelecido firmemente na Terra. O Reino do qual Cristo nos ensinou: 'Venha a nós o vosso Reino'" (Estudos das Escrituras 3, pp. 247 e 306 [versão em espanhol]).

"Esta guerra culminará na batalha de Armagedon, o que significará o estabelecimento permanente e total do Reino do Messias" (A Atalaia, 01.04.1915 [versão em inglês]; reimpressão).

No entanto, chegando 1915, nada ocorreu. Ao invés de aprenderem com seu erro, voltaram a tropeçar na mesma pedra outras vezes.

"O dia da Vingança, o qual começou com a Guerra Mundial de 1914, explodirá em uma furiosa tormenta em 1918" (Estudos das Escrituras 7, p. 404 [versão em espanhol], 1917).

"Nos restam apenas alguns meses antes que se manifeste a grande noite" (A Atalaia, 01.10.1917, p. 6149 [versão em inglês]; reimpressão).

"O que nos trará o ano de 1918? (...) Os cristãos esperam ver cumpridas totalmente as esperanças da Igreja" (A Atalaia, 01.01.1918, p. 6191 [versão em inglês]; reimpressão).

"Como já indicamos, o grande ciclo de jubileus terminará em 1925. A partir de então será reconhecida a fase terrestre do Reino. Portanto, podemos confiantemente esperar que 1925 marcará o regresso de Abraão, Isaac, Jacó e os fiéis profetas da Antigüidade, especialmente aqueles citados pelo Apóstolo em Hebreus 11" (Milhões dos que Agora Vivem não Morrerão Jamais, p. 73, 1920).

"O mais indispensável entre as coisas que deverão ser restauradas é a vida da raça humana e, como quer que seja, há diversas citações que, sem dúvida, indicam a ressurreição de Abraão, Isaac, Jacó e outros fiéis dos tempos antigos. Estes gozarão do primeiro favor: podemos esperar que o ano de 1925 presenciará o regresso destes fiéis saindo do túmulo plenamente restaurados à perfeição humana e constituindo-se em representantes legais e visíveis da nova ordem das coisas na Terra. Uma vez que o Reino Messiânico esteja estabelecido, o grande Messias, formado por Jesus e sua Igreja glorificada, despensará sobre o mundo as bênçãos por tanto tempo aguardadas e desejadas" (Milhões dos que Agora Vivem não Morrerão Jamais, pp. 72 e 88, 1920).

Chegaram, inclusive, a construir uma mansão para que fosse habitada pelos patriarcas quando ressuscitassem (a qual - como você pode imaginar - não ficou sem ser desfrutada [pelo presidente da Sociedade Torre da Vigia]).

Como era de se esperar, novamente passou o ano de 1925 e Abraão, Isaac e Jacó não ressuscitaram, e os dirigentes do Corpo Governante pensaram: "Que raios!". Conta-se que ficaram tristes porque o fim do mundo não ocorreu.

O fiasco foi tamanho que o próprio presidente dos Testemunhas de Jeová precisou reconhecer que passou por ridículo quando suas previsões do fim não se cumpriram - coisa que [os fiéis] tomaram como "um exemplo de humildade":
"Exemplos de humildade que devemos imitar...
Outro fiel servo de nossos tempos, muitíssimo usado por Jeová, foi Joseph F. Rutherford, citado no início do artigo. Foi um bravo defensor da verdade bíblica e, concretamente, do nome de Jeová. Ainda que fosse geralmente conhecido como 'o Juiz Rutherford', era um homem humilde de coração. Por exemplo, em certa ocasião fez catégoricas declarações no tocante a certos acontecimentos que os cristãos poderiam esperar para o ano de 1925. Quando não se cumpriu o que ele esperava, disse humildemente à família de Betel do Brooklyn que havia caído no ridículo" (A Atalaia, 01.12.1993 [versão em espanhol]).


Mesmo assim, continuaram tropeçando na mesma pedra:
"A obra do Testemunha [de Jeová] pela Teocracia parece ter se cumprido na maioria dos países da Cristandade; estamos ansiosos e atentamente aguardando o sinal da batalha do Armagedon" (A Atalaia, 01.09.1940 [versão em inglês]).

"O novo livro 'Filhos' provará ser útil nos últimos meses que restam antes do Armagedon" (A Atalaia, 01.10.1941 [versão em inglês]).

"Estamos nos últimos meses que antecedem a batalha do Armagedon" (A Atalaia, 15.09.1941 [versão em inglês]).

"Conforme a fidedigna cronologia bíblica, os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975 e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono de 1975 da Era Cristã, de forma que os 6000 anos da existência do homem sobre a terra logo terminarão" (Vida Eterna na Liberdade dos Filhos de Deus, pp. 29-30, 1966).

"Conforme um cálculo mais recente da conta do tempo na Bíblia, os seis mil anos da existência do homem terminarão na segunda metade do ano de 1975. O milênio bíblico está diante de nós" (A Atalaia, 15.04.1967 [versão em espanhol]).

"Fixem-se, irmãos: faltam apenas 90 meses para que se complete a existência do homem na terra" (Ministério do Reino, p. 4, março/1968 [versão em inglês]).

O pior de tudo são as conseqüências que psicologicamente pode ocasionar este encontrar o fim do mundo em cada esquina. Por exemplo, na seguinte publicação, recomendam adiar o matrimônio até que chegue a paz eterna sobre a terra:

"É melhor que adiemos o nosso matrimônio até que chegue a paz eterna sobre a terra. Agora não devemos aumentar a nossa carga; temos que estar livres para o Senhor" (Filhos, p. 346, 1941).

Você é capaz de imaginar quantos Testemunhas de Jeová levaram este conselho a sério e adiaram seus matrimônios no aguardo da paz eterna? Terminaram perdendo o vigor. E numa época onde certos medicamentos não existiam, isto certamente foi para eles um verdadeiro "fim do mundo":

"Ter filhos hoje em dia...
Agora, mais do que nunca, 'o tempo que resta está reduzido'. Sim, é limitado o tempo que resta para que o povo de Jeová conclua a obra que Ele lhe confiou, a saber: 'Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada para testemunho de todas as nações; e então virá o fim' (Mateus 24:14). Essa obra deve ser realizada antes que venha o fim. Por isso, é apropriado que os cristãos se perguntem que efeito terá em sua participação nessa obra vital que se casem ou, se estiverem casados, que tenham filhos" (A Atalaia, 01.03.1988 [versão em espanhol]).

Imagine você quantos casais, considerando que o tempo estava "reduzido", decidiram não ter filhos!

A GERAÇÃO DE 1914
Após tropeçar tantas vezes na mesma pedra, a doutrina da Torre da Vigia tomou a sua forma atual, que afirma que em 1914 Cristo se tornou "presente", porém, de forma "invisível", estando agora "subjugando" seus inimigos, após o que estabelecerá por completo o Reino de Deus e a paz eterna:

"Em 2 de outubro de 1914, Charles Taze Russell, então presidente da Sociedade Torre da Vigia de Bíblias e Tratados, anunciou expressamente: 'Os Tempos dos Gentios terminaram; o dia de seus reis passaram'. Quão verídicas demonstraram ser suas palavras! Ainda que tenha sido invisível aos olhos humanos, em outubro de 1914 ocorreu no céu um acontecimento de transcedência mundial: Jesus Cristo, o Herdeiro permanente do 'trono de Davi', começou a governar como Rei sobre toda a humanidade (Lucas 1:32,33; Revelação 11:15)" (A Geração de 1914... Por que é significativa?, w92 1/5 6-7 [versão em espanhol]).

Esta passagem é bastante reveladora porque tenta converter o grande fracasso de Russell, ao prever o fim do mundo para 1914, em uma previsão cabalmente cumprida. Ainda que qualquer pessoa com um pouco de senso comum possa se perguntar como é que Cristo está reinando se a cada dia que passa o mundo cai em uma maior imoralidade (praticam-se cada vez mais abortos, legaliza-se o casamento-gay, legaliza-se a eutanásia, continuam ocorrendo guerras, assassinatos, roubos etc.), eles criaram uma resposta engenhosa:

"Porém, talvez você pergunte: se Cristo começou a governar em 1914, por que pioraram as condições na Terra? Porque, todavia, existia Satanás, o inimigo invisível da humanidade. Satanás teve acesso ao céu até 1914. Porém isso mudou quando o Reino de Deus foi estabelecido em 1914. 'Ocorreu uma guerra no céu' (Revelação 12:7). Satanás e seus demônios foram vencidos e lançados à Terra, produzindo efeitos catastróficos na humanidade. A Bíblia predisse: 'Ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu até vocês, possuindo grande ódio, sabendo que tem um curto espaço de tempo!' (Revelação 12:12)" (A Geração de 1914... Por que é significativa?, w92 1/5 6-7 [versão em espanhol]).

Esta doutrina também inclui a crença de que o Reino de Deus sobre a terra seria definitivamente instaurado antes que a geração de 1914 morresse.

"Se Jesus empregou a palavra 'geração' nesse sentido e a aplicamos a 1914, então as crianças dessa geração têm agora 70 anos de idade ou mais. E outros que estavam vivos em 1914 têm agora cerca de 80 ou 90 anos; e há alguns que até já alcançaram os 100 anos de idade. Ainda vivem muitas milhões de pessoas daquela geração; algumas delas 'não passarão de modo algum até que sucedam todas as coisas' (Lucas 21:32).

A partir do ponto de vista meramente humano, poderia parecer que tais eventos dificilmente poderiam ocorrer antes que a geração de 1914 desapareça de cena. Porém, o cumprimento de todos os eventos previstos que deveriam afetar a geração de 1914 não depende de medidas humanas, que são relativamente lentas. A palavra profética que Jeová pronunciou por Cristo Jesus é: 'Esta geração [de 1914] não passará de modo algum até que sucedam todas as coisas' (Lucas 21:32). Ademais, Jeová - que é a fonte da profecia inspirada e infalível - fará com que se cumpram as palavras do seu Filho em um período relativamente curto (Isaías 46:9,10; 55:10,11).

A proximidade do Reino de Deus hoje significa o fim dos divisivos sistemas políticos, religiosos e comerciais da atualidade. Significa que será introduzido um novo governo justo para todas as pessoas obedientes da humanidade. Você pode escolher a vida eterna sob este arranjo de 'novos céus e uma nova terra' (2Pedro 3:13; João 17:3). Sim! Você pode chegar a ver esta Nova Ordem prometida, juntamente com os sobreviventes da geração de 1914... A geração que não passará" (1914... A Geração que não Passará, w84 15/5 4-7 [versão em espanhol]).

Até aqui, vimos os antecedentes desta doutrina e sua forma final. Passarei agora a fazer uma humilde análise bíblica dos seus argumentos.

A MANEIRA DE SE CALCULAR A DATA DE 1914
Demonstrarei agora, textualmente, a forma que os Testemunhas de Jeová apresentam em suas publicações de se efetuar o referido cálculo:

"6. Se você abrir a sua Bíblia em Daniel 4, encontrará uma profecia que revela o objetivo de Deus quanto a exercer Sua soberania sobre a Terra. Declara aí que o objetivo pelo qual se cumpre essa profecia é 'que saibam os viventes que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e a quem Ele quiser dá-lo' (versículos 2, 3 e 17). Sabemos que esta pessoa "a quem" o Altíssimo dá 'o Reino' é Cristo Jesus. E o último livro da Bíblia fala do tempo em que 'o reino do mundo' é dado a Cristo como Rei celestial (Revelação 11:15; 12:10). Isto significa, portanto, que a profecia de Daniel trata do tempo em que Deus intervirá nos assuntos humanos, o que ocorrerá dando 'o reino do mundo' a Jesus Cristo. Quando a profecia mostra que isso acontecerá?

7. O sonho profético registrado em Daniel descreve uma imensa árvore que foi derrubada e rodeada com bandas de ferro e cobre até que passaram 'sete tempos' sobre ele. Durante esse tempo se lhe daria 'o coração de um animal' (Daniel 4:10-16). O que isto significava? Deus fez Daniel explicar: Nabucodonosor, o rei da Babilônia, perderia o juízo, seria removido de seu trono e lançado para longe dos homens, vivendo como um animal. Depois de 7 anos, o rei recobraria o juízo. Isto, na verdade, ocorreu ao rei e foi reconduzido ao seu trono como a pessoa que reconheceu a superioridade do governo de Deus (Daniel 4:20-37). Entretanto, tudo isto tinha um significado maior e, por essa razão, foi registrado na Bíblia.

8. O significado maior tem a ver com um governo mais poderoso, que beneficiaria toda criatura viva da Terra. Desse governo, como diz a profecia, haveria 'alimento para todos' e proteção até para os animais e as aves (Daniel 4:12). O único governo que na verdade pode implementar estes benefícios é o Reino de Deus. Os princípios justos desse governo foram demonstrados através da história de Judá, com seus reis em Jerusalém. Porém, pela infidelidade manifestada, Jeová deixou o reino de Judá ser conquistado pela Babilônia, no ano 608 antes da Era Cristã. Foi como se a árvore do sonho fosse cortada e fossem colocadas bandas [de ferro e cobre] ao redor do tôco. Sem intervenção divina, os governos nacionais têm exercido domínio mundial desde então. Visto que estes reinos nacionais são representados na Bíblia como 'animais', foi como se um anjo vindo do céu tivesse anunciado: 'Que lhe seja dado o coração de um animal e passem sete tempos sobre ele' (Daniel 4:16; 8:1-8,20-22). Com o passar do tempo, porém, aqueles 'sete tempos' de governo realizados por governantes semelhantes a animais caducariam. Então as 'bandas' seriam removidas e a 'árvore' cresceria novamente à medida que começasse a exercer o domínio mundial aquele a quem Jeová daria 'o reino do mundo'.

9. Quanto durariam esses 'sete tempos'? Muito mais do que sete anos, porque séculos depois Jesus Cristo indicou que estes 'tempos assinalados das nações' ainda continuavam. As nações haviam obtido o domínio mundial com a conquista de Jerusalém pela Babilônia, em 607 antes da Era Cristã, e continuariam a tê-lo por mais algum tempo (Lucas 21:24).

10. Note você como a Bíblia se refere aos 'tempos' proféticos: Revelação 11:2,3 mostra que 1260 dias compõem 42 meses ou 3 anos e meio. Revelação 12:6,14 menciona o mesmo número de dias (1260), porém os chama de 'um tempo, e tempos, e metade de um tempo' ou 3 'tempos' e meio. Cada um desses 'tempos' é de 360 dias (3 1/2 x 360 = 1260). Cada dia desses 'tempos' proféticos representa 1 ano inteiro, segundo o princípio de 'um dia para cada ano' (Números 14:34; Ezequiel 4:6). Assim, portanto, os 'sete tempos' são 2520 anos (7 x 360). Contando desde o outono de 607 antes da Era Cristã, quando Babilônia derrubou o típico reino de Deus em Judá, 2520 anos nos conduzem até o outono de 1914 da Era Cristã (606 1/4 + 1913 3/4 = 2520). Nesse ano, 'o reino do mundo' seria confiado a Jesus Cristo" (O Ano Marcado... 1914 E.C., pp. 69-85).

Para que você possa perceber o absurdo deste método de calcular a data do final dos tempos, deve ler completamente o capítulo 4 de Daniel. (...).

Em primeiro lugar, devemos notar que o texto citado, onde os Testemunhas de Jeová dizem que Deus "revela o objetivo quanto a exercer Sua soberania sobre a Terra" se refere não ao final dos tempos, mas a aplicar uma lição em Nabucodonosor, que em sua soberania não reconhecia a soberania de Deus. Deus lhe faz notar, assim, como permitiu que viesse a se tornar rei; com efeito, poderia também tirá-lo do seu trono e colocar nele quem bem desejasse.

O próprio Daniel, quando interpreta a profecia, assim o faz:
"Esta é a sua interpretação, ó rei, e o decreto do Altíssimo que expediu ao meu senhor, o rei: 'Serás lançado para longe dos homens e com os animais do campo habitarás; erva, como os bois, terás por comida e serás banhado com o orvalho do céu; sete tempos passarão por ti até que reconheças que o Altíssimo domina sobre o império dos homens e que o dá a quem lhe compraz" (Daniel 4,24-25).

Esta é a explicação do próprio profeta ao interpretar o texto que, segundo os Testemunhas de Jeová, reflete o propósito de Deus de exercer Sua soberania sobre a terra:

"É a sentença ditada pelos Vigilantes, a questão decidida pelos Santos, para que todo ser vivo saiba que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens: é dada a quem lhe compraz e exalta o mais humilde dos homens" (Daniel 4,17).

Assim, tiraram este texto do contexto, porque ali Deus exerce sua soberania humilhando a Nabucodonosor, [mas os Testemunhas de Jeová] fazem crer que se refere à soberania definitiva de Deus no final dos tempos.

Porém, essa não é a única vez que tiram os textos de seus contextos; por exemplo, quando afirmam: "Entretanto, tudo isto tinha um significado maior e, por essa razão, foi registrado na Bíblia. O significado maior tem a ver com um governo mais poderoso, que beneficiaria toda criatura viva da Terra. Desse governo, como diz a profecia, haveria 'alimento para todos' e proteção até para os animais e as aves (Daniel 4:12). O único governo que na verdade pode implementar estes benefícios é o Reino de Deus".

Além do que já tinha interpretado Daniel quanto a essa profecia, [os Testemunhas] encontram um outro significado "maior" (que, ao que parece, passou despercebido pelo profeta Daniel), tomando por base que se menciona um governo mais poderoso no qual haveria "alimento para todos", o que - segundo eles - somente poderia se referir ao reinado de Cristo. No entanto, erram novamente, já que o próprio Daniel interpretou que essa árvore, da qual se alimentavam todos os habitantes, era o reinado de Nabucodonosor.

"Essa árvore que viste, que se tornou grande e encorpada, cuja altura atingia o céu e que era visível em toda terra, que possuía formosa ramagem e frutos em abundância, que produzia alimento para todos, sob a qual se abrigavam as feras do campo e em cujos ramos faziam ninho os pássaros do céu, sois tu - ó rei - que te tornaste grande e poderoso, cuja grandeza tem crescido e chegado até o céu, e cujo domínio se estende até os confins da terra" (Daniel 4,20-22).

Daí associam arbitrariamente os 7 tempos de Nabucodosor em seu coração de animal como uma chave oculta que na verdade significariam 360 anos (uma fórmula matemática também arbitrária) contados a partir da queda de Jerusalém (data que também tem recebido muitas críticas, já que adotam uma data diferente daquela que é aceita em geral pelos historiadores).

Antes de escrever este artigo, expressei a minha opinião a diversos Testemunhas de Jeové de que essa associação que faziam do capítulo 4 de Daniel com o fim dos tempos era totalmente arbitrária e não havia razão para se buscar um "significado maior" além daquele que o próprio Daniel, como profeta de Deus, tinha dado à profecia. Eles simplesmente me responderam: "É que você lê a Bíblia como uma estorinha". Quando comentei com eles que não existia qualquer relação destes 7 tempos com o tempo que seria instaurado o Reino de Deus após a queda de Jerusalém, me disseram: "É que você não tem conhecimento e está com o coração endurecido. Por isso, não consegue entender". Ninguém pode nada contra argumentos assim "tão convincentes"...

A BÍBLIA FALA SOBRE UMA VINDA "INVISÍVEL" DE CRISTO?
Entre a incontável quantidade de publicações em que os Testemunhas de Jeová afirmam que Cristo falou de sua presença invisível, encontramos esta:

"2. Pouco antes de encerrar o seu ministério na Terra, Jesus predisse o sinal de sua presença invisível no poder do Reino (Mateus, capítulos 24 e 25). Descreveu claramente como seriam os tempos durante sua presença real e os eventos que cumprem a profeciam mostram que foi entronizado nos céus em 1914. Também apontou uma situação que nesse tempo colocaria à prova a autenticidade da nossa fé. Esta teria a ver com o momento em que Jesus atuaria como Executor para destruir o presente sistema iníquo na grande tribulação, pois disse: 'Sobre aquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas apenas o Pai'. Com isto em mente, passou a dizer: 'Assim, mantenham-se em alerta, pois não sabem em qual dia virá o seu Senhor' (Mateus 24:36,42)" (Por que os Testemunhas de Jeová se Mantêm em Alerta?, w94 1/5 21-26).

O certo é que se você ler completamente os capítulos 24 e 25 de Mateus não encontrará Jesus jamais falando de sua presença "invisível".

O texto começa quando os discípulos se mostram maravilhados com o Templo [de Jerusalém] e Jesus lhes diz que não restaria pedra sobre pedra:

"Ao sair do templo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e fizeram-no apreciar as construções. Jesus, porém, respondeu-lhes: Vedes todos estes edifícios? Em verdade vos declaro: não ficará aqui pedra sobre pedra; tudo será destruído. Indo ele assentar-se no monte das Oliveiras, achegaram-se os discípulos e, estando a sós com ele, perguntaram-lhe: Quando acontecerá isto? E qual será o sinal de tua vinda e do fim do mundo?" (Mateus 24,1-3).

Como se pode observar, os discípulos fazem duas perguntas [a Jesus]:
1. "Quando acontecerá isto?" - Refere-se à destruição do Templo, sobre o quê Cristo acabara de lhes falar (e que ocorreu em 70 d.C.).

2. "Qual será o sinal de tua vinda e do fim do mundo?" - Aqui, sim, perguntam-lhe sobre a sua [nova] vinda.

Os Testemunhas de Jeová alegam que a palavra grega traduzida aqui para "vinda" é "parousía", mas que na realidade significa "presença". Consultando dois dicionários de grego (Strong e Barclay), estas fontes dão ambos os significados como possíveis. O certo é que, independente disto, nada aqui faz pensar que será invisível esta "vinda", "presença" ou como se lhe queira traduzir o termo. A prova se encontra na própria Escritura, quando Cristo responde aos seus discípulos. Ele começa narrando os acontecimentos que ocorreriam antes de sua [nova] vinda (guerras, terremotos, fomes) e que os Testemunhas de Jeová erroneamente interpretam como sinal de que [Jesus] já está presente de forma invisível. Após isto, nos fala sobre sua [nova] vinda:

"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade. Ele enviará seus anjos com estridentes trombetas, e juntarão seus escolhidos dos quatro ventos, duma extremidade do céu à outra" (Mateus 24,30-31).

Aqui, as próprias palavras de Cristo descartam qualquer vinda "invisível", porque são enfatizados os seguintes fatos:
1. "Todas as tribos da terra baterão no peito" - Porém, como poderiam bater no peito todas as tribos da terra se ninguém percebeu sua vinda?

2. "Verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade" - Contudo, seria um absurdo o texto afirmar que "verão" o Filho se ele está "invisível".

3. "Ele enviará seus anjos com estridentes trombetas, e juntarão seus escolhidos dos quatro ventos" - Isto quer dizer que os eleitos serão levados à presença de Cristo para estar com Ele para sempre. Entretanto, se Cristo já veio e não fez nada disto, será que Cristo se esqueceu de levar os Testemunhas de Jeova? Foram relatados desaparecimentos em massa em 1914?

Outro texto em que se assinala com mais clareza a vinda de Cristo encontramos no Apocalipse:
"Ei-lo que vem entre as nuvens. Todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o traspassaram. Por sua causa, hão de lamentar-se todas as raças da terra. Sim. Amém" (Apocalipse 1,7).

Não sei como os Testemunhas puderam entender que quando se diz: "Todos os olhos o verão", estaria se referindo a uma vinda "invisível".

Curiosidade: Debatendo com um partidário da vinda invisível de Cristo, este me disse que uma prova de que era invisível é que [a Biblia] diz: "Vem entre as nuvens", e as nuvens o encobrem!!! (Não, não é brincadeira!).

Outro texto muito claro que afirma que Cristo não terá uma vinda invisível, mas que virá para que a Igreja esteja para sempre com ele, é este:

"Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1Tessalonicenses 4,15-18).
Aqui também se fala que Cristo virá para se reunir com sua Igreja para sempre. Invisível coisa nenhuma!

COMO QUALIFICAR A ATITUDE DA SOCIEDADE TORRE DA VIGIA?
Definitivamente, não foi nada responsável da parte da Sociedade Torre da Vigia ter feito uso da ladainha de profecias não-cumpridas sobre o fim dos tempos (mais de dez vezes...), pelas conseqüências permanentes que ocasionaram em seus membros (sem contar quantas vezes caiu no ridículo, coisa que o próprio presidente dos Testemunhas de Jeová reconheceu).

Atualmente já deve estar próxima uma alteração na doutrina de 1914, coisa que é necessária, já que a geração de 1914 chegou praticamente ao fim (quando este artigo foi escrito, os Testemunhas de Jeová nascidos nesse ano contavam com 94 anos de idade, e já não devem ser muitos); todavia, "não se chegou ao fim" novamente, como podemos constatar. Um possível sintoma dessa alteração encontramos em uma das frases incluídas de forma explicativa, mantida em quadro à parte, da apresentação intitulada "Por que é publicada [a revista] Despertai!", pouco antes de 1995 [versão em espanhol]:

"Mais importante ainda: esta revista promove a confiança na promessa do Criador em estabelecer um novo mundo pacífico e seguro antes do desaparecimento da geração que presenciou os acontecimentos de 1914".

No entanto, atualmente escrevem assim [versão em espanhol]:
"Um novo mundo pacífico e seguro logo substituirá o atual sistema de coisas caracterizado pela maldade e rebelião".

Significa isto que, depois de tropeçarem tantas vezes seguidas na mesma pedra, tentam agora virar o timão? Não sabemos até que venha a ocorrer! Enquanto isso, a doutrina permanece inalterada.

QUAL A MORAL DA ESTÓRIA?
A mensagem de Cristo é que estejamos sempre preparados, pois não sabemos nem o dia, nem a hora. O fim do mundo não se encontra em cada esquina.

Recordemos que, ainda que o mundo viesse a acabar daqui a 4 mil anos, o nosso "fim do mundo" ocorre quando nos chega a morte e precisamos prestar contas a Deus. Como não sabemos quando ocorrerá, o melhor é estar sempre alerta!

"Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa. Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem" (Lucas 12,39-40).

QUEM É O ANTICRISTO?


Resposta: Há muita especulação sobre a identidade do anticristo. Alguns dos alvos mais populares são Vladimir Putin, Hugo Chavez, Mahmoud Ahmadinejad e o Papa Bento XVI. Nos Estados Unidos, os antigos presidentes Bill Clinton e George Bush e o presidente atual Barack Obama são os candidatos mais frequentes. Então, quem é o anticristo e como iremos reconhecê-lo?

A Bíblia não diz nada específico sobre de onde o anticristo vai surgir. Muitos estudiosos bíblicos especulam que ele virá de uma confederação de dez nações e/ou de um império Romano renascido (Daniel 7,24-25; Apocalipse 17,7). Outros o vêem como um judeu, já que ele teria que ser um para poder clamar ser o Messias. Tudo é apenas especulação já que a Bíblia não diz especificamente de onde o anticristo vai surgir e qual a sua raça será. Um dia o anticristo será revelado. 2 Tessalonicenses 2,3-4 nos diz como iremos reconhecer o anticristo: "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus".

É provável que a maioria das pessoas que estão vivas quando o anticristo for revelado vai estar muito surpresa com a sua identidade. O anticristo pode já estar vivo hoje ou não. Martinho Lutero estava certo de que o Papa de sua época era o anticristo. Outros que viveram nas últimas centenas de anos têm estado certos quanto à identidade do anticristo. Até agora, todos estavam incorretos. Devemos deixar para trás todas as especulações e focalizar no que a Bíblia realmente diz sobre o anticristo. Apocalipse 13,5-8 declara: "E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo."

Guerras e rumores de guerras! Conflitos entre nações no Oriente Médio. Ataques terroristas em Israel. As manchetes do dia sugerem, para muitas pessoas, que estejamos na contagem regressiva aos eventos finais do plano de Deus para este mundo. Qualquer dia, pensam alguns, deve aparecer o terrível Anticristo.

Segundo a bem divulgada doutrina de premilenarismo, o Anticristo reunirá as forças do mal para enfrentar o exército de Cristo numa batalha decisiva. Há diversos aspectos dessa doutrina que contradizem os ensinamentos bíblicos, mas neste artigo vamos considerar um ponto só: o Anticristo.

A palavra "anticristo" é bíblica, mas a doutrina citada acima não é. Ao invés de inventar e espalhar teorias humanas sobre o Anticristo, devemos nos contentar com a palavra de Deus. Vamos ler agora todas as passagens bíblicas que usam a palavra "anticristo":

"Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora" (1 João 2,18).

"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (1 João 2,22).

"Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4,2-3).

"Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo" (2 João 7).

Nestes trechos - os únicos na Bíblia que usam a palavra "anticristo" - podemos observar alguns fatos importantes:

ŒA Bíblia não fala de uma só pessoa conhecida como o Anticristo, mas de muitos anticristos.

A última hora, no contexto dos anticristos, não se refere ao fim do mundo, porque João disse que a última hora já havia chegado no primeiro século.

Ž Estes textos não falam de um Anticristo futuro, mas de muitos que já saíram do meio dos cristãos do primeiro século.

Um anticristo é uma pessoa que nega Cristo, ou que nega que este veio na carne.

O perigo das doutrinas humanas sobre o Anticristo é que desviam a atenção dos fiéis das verdadeiras ameaças em forma de tentações e doutrinas contra Cristo, porque as pessoas examinam os jornais procurando sinais da vinda de uma figura terrível. Ao invés de esperar a vinda de um grande inimigo de algum outro país, devemos nos defender contra os inimigos de Cristo que já estão no mundo desde a época da Bíblia.

05/04/2011

PIERCINGS TROCADOS POR ROSÁRIOS


“Não fareis incisões na vossa carne por causa de algum morto, nem fareis figuras algumas ou sinais sobre o vosso corpo" (Lv 19, 28).



A integridade corporal e a saúde não devem ser sacrificadas a modismos

Um grupo de jovens católicos iniciou, em Roma, um trabalho de evangelização que consiste em oferecer aos jovens rosários em troca de piercings. É a Associação Papaboys, que fica num bairro próximo ao Vaticano; eles já acumulam mais de mil piercings de formatos, cores e tamanhos diferentes.

“Vamos derreter tudo e criar um coração em homenagem a Maria, mãe de Jesus”, disse à BBC Brasil Daniele Venturi, presidente da associação. “Queremos que esses jovens encontrem o caminho da verdade”.

Esses jovens católicos vão pelas ruas da capital da Itália oferecendo aos jovens o rosário em troca do piercing, dizendo: “Me dá teu piercing em troca de um rosário. Vamos rezar juntos”? E “Para que colocar mais um peso na cabeça? Larga este ferro. Te liberta”.

A presidente da referida associação afirma que os Papaboys não iniciaram uma guerra contra os piercings, mas que apenas encontraram uma maneira divertida de se aproximarem dos jovens e trazê-los para Deus.

A associação foi criada depois do Jubileu da Juventude, evento realizado em Roma, em 2000, que reuniu mais de dois milhões de jovens. O nome escolhido é o mesmo que eram chamados os jovens que seguiam o Papa João Paulo II nas Jornadas Mundiais da Juventude, realizadas desde 1985, evento conhecido como “Woodstock católico” – em uma alusão ao célebre festival americano da década de 60. A associação conta com 10 mil jovens filiados em todas as regiões italianas.

“João Paulo II é o nosso principal inspirador. A coisa mais linda que ele ensinou aos jovens de todo o mundo é saber reconhecer a figura de Cristo no rosto de todas as pessoas”, ressalta Venturi.

“É uma brincadeira”, afirma ela. “Achamos que os jovens vivem pressionados por seguir a moda neste mundo em que tudo gira velozmente. Propomos um ferro diferente do piercing: um rosário, que é muito mais profundo, pode libertá-los e aumentar a potência dos seus corações”.

Na avaliação dos Papaboys, o piercing é trocado em nome de uma nova amizade. Afinal, todos aqueles que abandonam o adorno são convidados para participar da associação. “Jesus e os apóstolos formavam um grupo de amigos”, diz Venturi. “Os Papaboys também”. Eles chegam pedindo o piercing e acabam convidando as meninas para participar de um grupo de oração. Os rapazes podem também integrar o time de futebol da associação.

O estudante Michele Biaggio, de 22 anos, dá o seu testemunho quando foi abordado. “Achei que era uma brincadeira e tirei o piercing que tinha no lábio dando muitas gargalhadas. Só descobri que era era sério quando eles me mostraram o rosário”, relata. “Gosto da iniciativa. Gosto de saber que tem alguém preocupado com os jovens católicos” (Fonte: www.bbcbrasil.com)

Os médicos dermatologistas chamam a atenção para o perigo do piercing transmitir doenças graves como as hepatites e até mesmo a AIDS. Isso acontece porque frequentemente os que realizam a introdução do piercing, fazem a tatuagem ou a automutilação do corpo não tomam as necessárias cautelas higiênicas. Verifica-se que em cada cinco um adolescente é contagiado assim, ao passo que as adolescentes são duas vezes mais afetadas. Os piercings costumam ser fixados em partes do corpo muito impróprias: na língua, umbigo, lábios, e até nos órgãos genitais, o que mostra um comportamento exótico e excêntrico. Às vezes são usados vários anéis fixados através do pavilhão da orelha, e que podem acarretar necrose da cartilagem. O jovem cristão não precisa disso.

“Do ponto de vista ético, a prática dos piercings e afins só pode ser rejeitada, pois contribui para afetar negativamente o corpo e a saúde dos usuários. A lei de Deus manda preservar a vida. A integridade corporal e a saúde não devem ser sacrificadas a modismos. Aos pais compete incutir aos filhos uma escala de valores que esteja acima de modismos e ondas do momento, que prejudicam o autêntico desenvolvimento físico e moral dos adolescentes” (D. Estevão Bettencourt