25/09/2011

Bento XVI compreende críticas a sua visita a Alemanha

Em uma sociedade democrática e pluralista, Bento XVI considera que é compreensível que haja críticas a sua visita à Alemanha, mas também convida a descobrir o entusiasmo que desperta em tantas pessoas essa "festa de fé".


"É algo normal que, em uma sociedade livre e em uma época secularizada, haja posições contra uma visita do Papa", reconheceu nesta quinta-feira, no avião que o levou à Alemanha para realizar a terceira visita pastoral a sua terra natal.

Segundo o Papa explicou aos 68 jornalistas que o acompanhavam, "é justo que expressem sua contrariedade na frente de todos: faz parte da nossa liberdade e temos de reconhecer que o secularismo, e precisamente a oposição ao catolicismo, é forte nas nossas sociedades".

"Quando estas oposições se expressam de uma maneira civilizada, não se pode dizer nada contra", esclareceu.

Além disso, Bento XVI considera que é importante levar em conta o contexto e a história em que acontecem esses protestos: "a antiga oposição entre cultura germânica e românica, os choques da história".Ele disse: "estamos no país da Reforma, que acentuou estes contrastes".

Por outro lado, o Santo Padre alentou a ver também que "é verdade que há muitas expectativas e muito amor pelo Papa".

"Mas se dá também um grande consenso sobre a fé católica, uma convicção cada vez maior de que, na nossa época, temos necessidade de uma força moral", assegurou.

"Temos necessidade de uma presença de Deus no nosso tempo. Junto à oposição, que considero normal, há muita gente que me espera com alegria, que espera uma festa de fé, estar juntos, a alegria de conhecer a Deus e viver juntos no futuro, que Deus nos conduz pela mão e nos mostra o caminho."

O pontífice confessou aos jornalistas sua "alegria" ao poder visitar "minha Alemanha" e sua satisfação ao poder "levar a mensagem de Cristo a minha terra".

fonte > zenit.org

Os escândalos devem levar à renovação na Igreja

Graças à compreensão de que é de Cristo, não dos homens, diz Papa

Bento XVI reconhece que há abandonos na Igreja por causa dos escândalos de clérigos, mas ao mesmo tempo considera que esta crise servirá para aprofundar seu caráter de "povo de Deus", "a rede" de Cristo.Essas foram as sinceras palavras com que o pontífice respondeu na manhã desta quinta-feira a uma das perguntas dos jornalistas que o acompanhavam no voo Roma-Berlim.

"Antes de tudo", o bispo de Roma propôs aos jornalistas "distinguir o motivo específico pelo qual se sentem escandalizados por estes crimes registrados nos últimos tempos".

"Posso compreender que, à luz dessas informações, sobretudo se forem pessoas próximas, a pessoa diga: 'Esta já não é a minha Igreja. A Igreja era, para mim, força de humanização e de moralização. Se os representantes da Igreja fazem o contrário, já não posso viver com esta Igreja'".

O Papa explicou que em geral os motivos de abandono da Igreja "são múltiplos, no contexto do secularismo da nossa sociedade".

"Em geral, estes abandonos são o último passo de um longo trajeto de afastamento da Igreja."

Para compreender este fenômeno, ele considera que é necessário que os batizados respondam a estas perguntas: "Por que estou na Igreja? Estou na Igreja como em uma associação esportiva, uma associação cultural etc., na qual encontro resposta para os meus interesses e, se não for assim, vou embora? Ou estar na Igreja é algo mais profundo?".

Como resposta, o Papa explicou que é "importante reconhecer que estar na Igreja não quer dizer fazer parte de uma associação, mas estar na rede do Senhor, que pesca peixes bons e maus das águas da morte, para levá-los às terras da vida".

Bento XVI considera que "pode ser que, nesta rede, eu esteja junto a peixes malvados e sinto muito, mas é verdade que não estou por causa deste ou daquele outro, mas porque é a rede do Senhor, que é algo diferente de todas as associações humanas, uma rede que toca o fundamento do meu ser".

Portanto, os abandonos exigem respostas às perguntas mais fundamentais: "o que é a Igreja? Qual é a sua diversidade? Por que estou na Igreja, ainda que se deem escândalos terríveis?".

Se se respondem a estas perguntas, "é possível renovar a consciência do caráter específico de ser Igreja, povo de todos os povos, que é povo de Deus; e aprender, dessa maneira, a suportar também os escândalos e trabalhar contra os escândalos, fazendo parte precisamente dessa grande rede do Senhor".

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Por Jesús Colina
fonte:zenit.org

Combate à ditadura do relativismo: o papel do papa na nova batalha pela religião

Há seis anos, após Joseph Ratzinger ser eleito papa, o jornal alemão "Bild" estampou na primeira página a manchete: "Somos papa". Nasceu uma manchete memorável -mas foi só isso. Logo ficou claro que a Alemanha não estava entrando em uma nova era de catolicismo. Em vez disso, a manchete não passou de um grito de batalha para uma onda esperada de patriotismo diante do novo papa alemão.


Nada contra o orgulho nacional, mas é um sentimento que tem pouco a ver com a verdadeira revolução espiritual. Esse tipo de revolução seria muito diferente -e duraria muito mais. O fato de os críticos hoje estarem reclamando veementemente contra o papa tem uma explicação impressionantemente simples: o homem continuou sendo verdadeiro a si mesmo. Muitos estão pedindo que o papa se adapte e que adapte sua igreja. Ele deveria acompanhar os resultados das pesquisas que mostram que muitos católicos alemães querem reformas, argumentam. Ele deveria ouvir o teólogo crítico Hans Küng e o movimento de reforma na Áustria, onde centenas de padres dissidentes estão pedindo mudança abertamente. Mas o papa reage a tudo isso dizendo, como Martin Luther King: Aqui estou eu. Não posso fazer diferente.

De fato, mesmo que quisesse, ele não poderia. Ele já disse isso em seu belo discurso para a televisão pública alemã, no dia 17 de setembro, em preparação para sua visita à Alemanha. Em vez de reformas, falou sobre o Deus invisível cuja presença brilha por meio da razão, da beleza, nos santos e em todos nós. Durante o discurso, ele parecia um pouco frágil, como se visse sua visita à Alemanha como uma última batalha.

Resistência às idiotices
Bento 16 é a encarnação da resistência às idiotices de hoje, quando a obsessão com índices de popularidade e sexo são mais importantes do que qualquer artigo de fé. Mas ele desempenha esse papel com uma voz suave, e a constância de um homem profundamente religioso. E ele atrai a lealdade das pessoas que estão com ele nessa oposição -cerca de 1,2 bilhão de católicos no mundo todo- e que são frequentemente ridicularizados como idiotas por fazê-lo. Eles são verdadeiros às palavras do apóstolo Paulo: "Deus escolheu as coisas tolas do mundo."

Em sua última missa antes de ser eleito papa, o cardeal Ratzinger pregou contra a "ditadura do relativismo" e a ideologia do "vale tudo". Hoje, muitos analistas veem aquele sermão como um anúncio da abordagem que adotaria como papa.

Quando ele se dirigir ao parlamento alemão, o Bundestag, na quinta-feira (22/9), o papa não vai apenas fazer grandes declarações de doutrina, mas vai falar sobre questões básicas. Ele provavelmente lembrará os alemães das fundações cristãs e judias da sociedade. E ele vai falar sobre Deus, com sua mistura própria especial de análise astuta e acessível, de uma simplicidade humilde. O segredo católico profundo do papa Bento é ser direto e claro.

Mas não seria proselitismo, como acusam os membros do Bundestag, como Rolf Schwanitz, porta-voz do grupo "secularistas do Partido Social Democrático"? Sim, queridos membros do Bundestag, ele está fazendo proselitismo. Não se deve esperar outra coisa do papa.

Ele não está fazendo proselitismo por meio da espada, contudo, e sim pela palavra. Não é o tipo de proselitismo que depende da ameaça de prisão ou de assassinato se você tentar fugir, do tipo que Schwanitz conhece de seus tempos na Alemanha Oriental comunista. O homem que vai se dirigir ao Bundestag é um senhor de cabelos brancos, protegido em casa por guardas suíços armados de alabardas. Schwanitz não deve ter medo. Nem seus colegas do SPD, que protestaram contra o discurso do papa, nem os ateus da extrema esquerda do Partido de Esquerda, que não tiveram problemas em aplaudir Vladimir Putin quando ele falou ao parlamento alemão enquanto seus tanques invadiam a Tchetchênia. Este é o mesmo Partido da Esquerda que recentemente enviou um telegrama de congratulações a Fidel Castro prometendo a ele a lealdade inabalável do partido.

Multiculturalistas do bem
Na cacofonia de parlamentares que vêm expondo suas opiniões na mídia alemã, um chamou a atenção em particular. Foi Pascal Kober, membro do Bundestag do Partido Democrático Livre, que também é ministro protestante. Ele disse ao "Spiegel Online" que esperava que o papa fizesse um discurso que "combatesse fortemente a banalização da mensagem cristã para uma religião agradável".

Foi uma observação impressionante e muito corajosa, vindo como veio -desculpe-me- de um protestante. Recentemente, participei de um programa de televisão com Nikolaus Schneider, diretor da igreja Protestante na Alemanha, durante o qual conversamos sobre o cristianismo ecumênico. Muitos membros protestantes da plateia ridicularizaram o papa por sua suposta pomposidade e condenaram tudo o que era católico -como a exigência de celibato e de padres apenas do sexo masculino- dizendo que a igreja ficou para trás no tempo.

O cristianismo ecumênico do tipo que as pessoas exigiam naquela noite envolvia, aparentemente, desistir de tudo o que é católico. Seria um cristianismo ecumênico no qual, por exemplo, os dois padres gays que foram suspensos por seus planos de cometer um ato ostensivo de rebelião contra Roma celebrando uma missa em Berlim seriam bem vindos. Não que não haja católicos que apoiariam tal coisa - e provavelmente muitos deles.

Por que? Porque o protestantismo liberal hoje se tornou a ideologia dominante na Alemanha. Tornou-se o livro de hinos de feministas, ambientalistas, multiculturalistas, defensores dos gays e anti-capitalistas fazedores do bem. E essa ideologia não tolera desvios. Em recente entrevista à revista proeminente alemã "Die Zeit", o teólogo de reforma católica Saskia Wendel sugeriu que as autoridades talvez tenham que reprimir grupos católicos "tradicionalistas" se eles tiverem "atitudes anti-democráticas".

Uma nova cultura de guerra
Em uma coluna de opinião perspicaz para o jornal "Süddeutsche Zeitung", Stephan Speicher referiu-se à chamada Kulturkampf ("guerra cultural") que ocorreu na Alemanha há cerca de 150 anos e envolveu o Estado da Prússia atacando a influência da Igreja Católica. Speicher falou sobre o "liberalismo agressivo" da época, que atacava católicos "atrasados" de forma ainda mais feroz que hoje. A frente de batalha era clara então: protestantes prussianos contra católicos romanos.

Na época, os liberais retrataram a modernidade individualista do final do século 19 como sendo contrária à instituição da Igreja Católica. O conflito atingiu seu ápice no confisco da propriedade da Igreja e prisões em massa de padres. Era uma forma de modernidade que associava a teologia de reforma com o idealismo alemão. O protestantismo, em outras palavras, tinha entrado para o zeitgeist do período: nacionalismo e Kaiser Wilhelm.

O orgulho alemão e o desafio anti-romano. É uma combinação um pouco tradicional, ao menos desde que Luther enfrentou os "italianos", como Herfried Münkler demonstrou em seu livro "The Germans and their Myths" (os alemães e seus mitos). De fato, a "batalha contra Roma" foi um componente constante da história recente e desastrosa da Alemanha. Sob os nazistas, os chamados "cristãos alemães" eram considerados membros confiáveis do partido, enquanto os católicos orientados para Roma foram considerados "elementos hostis" pelo ministro da propaganda Joseph Goebbels.

As definições políticas de lealdade ao Estado são irrelevantes, é claro. Hoje, o protestantismo se funde perfeitamente com a ideologia cultural dominante, que consiste em grande parte de uma mistura de reflexões anti-romanos e eco-baboseira. Mas agora, é um zeitgeist que se tornou atraente para católicos voltados para a reforma. Eles finalmente querem pertencer ao centro da sociedade.

Falta de gravidade
O que é interessante é que são precisamente os protestantes como Kober, do Bundestag, e Erika Steinbach, dos democratas cristãos, que estão inconfortáveis com essa religiosidade da moda. Eles falam do papa com o maior respeito e o admiram por ser um dos últimos grandes não conformistas. É uma mensagem que se pode ouvir frequentemente dos protestantes.

A nova guerra cultural, portanto, não está mais sendo travada entre católicos e protestantes, mas entre centristas da sociedade por um lado e os fortemente religiosos pelo outro. Assim como há católicos muitos dedicados à reforma atraídos pelo zeitgeist, há também muitos protestantes que ficam irritados com a falta de gravidade religiosa.

Os católicos pró-reforma na Alemanha provavelmente terão pouca escolha senão deixar a Igreja. Mas seria tão difícil imaginar luteranos ortodoxos buscando readmissão na Igreja Católica como os bispos anglicanos e seus seguidores fizeram?

A guerra cultural está entrando em uma nova fase. E o papa dará algo para cada um dos lados.
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por Mathias Matussek
Tradução: Deborah Weinberg



Liturgia da Palavra: "os publicanos e as prostitutas vos precederão..."

Por Gabriel Frade, professor de Liturgia e Sacramentos

Apresentamos o comentário à Liturgia da Palavra do 26º Domingo do Tempo Comum - Ez 18, 25-28; Sl 24(25), 4bc-5.6-7.8-9; Fl 2, 1-11; Mt 21, 28-32 - redigido pelo professor Gabriel Frade. Natural de Itaquaquecetuba (São Paulo), Gabriel Frade é leigo, casado e pai de três filhos. Graduado em Filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), possui Mestrado em Liturgia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora D'Assunção (São Paulo). Atualmente é professor de Liturgia e Sacramentos no Mosteiro de São Bento (São Paulo) e na UNISAL - Campus Pio XI. É tradutor e autor de livros e artigos na área litúrgica.

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26º Domingo do Tempo Comum - Ano A
Leituras: Ez 18, 25-28; Sl 24(25), 4bc-5.6-7.8-9; Fl 2, 1-11; Mt 21, 28-32
"Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precederão no Reino de Deus" (Mt 21, 31)

A liturgia deste 26º domingo do Tempo Comum continua nos apresentando de modo particular a misericórdia e o amor de Deus pelo homem. A primeira leitura, tirada do livro do profeta Ezequiel, apresenta a palavra de Deus comunicada por meio do profeta e dirigida ao povo de Deus que se encontra na amarga experiência do exílio babilônico.

Diante do sofrimento brota uma acusação: "O modo de agir do Senhor não é justo!" (Ez 18, 25). Israel apresenta-se como imagem da condição humana, a qual, diante de um sofrimento aparentemente injusto, procura pleitear sempre a justiça num plano distributivo, isto é, restaurar aquilo que é devido conforme a necessidade de cada um. Certamente, do ponto de vista humano, trata-se de um princípio justo.

Afinal, em sua concepção, Israel tinha motivos para se lamentar: ele era o povo escolhido; havia construído um Templo no qual dia após dia se esmerava em prestar um culto ao Deus verdadeiro. Por que Deus fora tão injusto? Por que Israel estava no exílio?

Israel deve fazer um caminho para compreender que Deus não fora injusto, ele não abandonara jamais o seu povo; quando muito, o que houve foi justamente o contrário. De fato, já o profeta Jeremias alertara que não bastava Israel possuir um Templo e ter uma conduta religiosa expressa através de culto suntuoso (cf. Jr 7, 4ss). Deus deixava claro através desse profeta que era necessário que o Templo e o culto também se refletissem diretamente nas atitudes concretas do povo, especialmente para com os mais fracos da sociedade.

Fica evidente que Israel conheceu sua ruína, em boa parte, porque caiu na tentação dos caminhos fáceis: fechou-se numa liturgia ritualista; reduziu o Templo a um mero fetiche, a um objeto mágico, e o culto que deveria ser a expressão da aliança com Deus, tonou-se apenas um culto de palavras vazias ("Este povo me honra com os lábios..." Is 29,13).

Israel ao proceder de forma artificial acabara por enveredar pelos caminhos dos injustos e dos ímpios (cf. Sl 1). Quantas vezes não estamos também nós nesse caminho? Quantas vezes ao rezar na liturgia o Pai-nosso, por exemplo, as palavras são pronunciadas por nossa boca apenas como uma fórmula vazia de sentido. Quantas vezes invertemos em nosso coração a petição "seja feita a vossa vontade" ao pensarmos em nosso íntimo: "Sim, mas na verdade, ó Deus, o que eu quero mesmo é que o Senhor faça a minha vontade!" (cf. Lc 22, 42)?

Quantas vezes não vivemos num divórcio prático entre celebração e vida? Os profetas, de modo geral, dentre tantas denúncias feitas dos desvios do povo em relação a Deus, evidenciaram o fato das grandes liturgias de Israel terem se esvaziado de conteúdo (cf. Os 6,6) e serem realizadas sem aquilo que realmente importava: o amor a Deus e o amor ao próximo.

Mais uma vez queremos lembrar aqui a afirmação profética do magistério da Igreja: "o gesto litúrgico não é autêntico se não implica um compromisso de caridade, um esforço sempre renovado por ter os sentimentos de Cristo Jesus, e para uma contínua conversão". (Medellín, 9, 3).

Por isso mesmo Deus coloca a questão sob outra perspectiva: "Não será antes o vosso modo de proceder que não está certo?... ao fazer o mal, é em virtude do mal que [o ímpio] morre..." (v. 25b-26).

Parece que assim como Israel, também nós temos que aprender a praticar aquilo que realmente importa para Deus: o caminho do direito e da justiça seja para com o próximo, seja para com Deus (v. 28). Para aprender esse caminho, é preciso um toque de graça da parte de Deus: "Tudo o que fizeste conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia" (Antífona de entrada).

Por isso o salmista apresenta-nos a sua súplica que se torna pedido de toda a comunidade: "Mostra-me teus caminhos, Senhor, ensina-me tuas veredas" (Salmo responsorial; tradução da Bíblia de Jerusalém).

Mais uma vez nos deparamos com a metáfora do "caminho" para indicar a relação filial entre Deus e o seu povo. Um caminho pontilhado de altos e baixos, de desvios e de afastamentos de Deus; mas também um caminho de gratuidade, de perdão e de misericórdia por parte de um Deus que desce (é o tema da segunda leitura) ao encontro do homem para elevá-lo até si: "Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais" (Oração do dia).

Esse caminho de encontro é garantido pelo bem por excelência que Deus nos reservou: o Espírito, concedido por meio de seu Filho (cf. Jo 14; 15; 16) e que habita em todo batizado.

No Evangelho, Jesus propõe aos judeus a parábola dos dois filhos chamados a trabalhar na vinha. A imagem usada por Jesus é uma referência à situação de Israel e da Igreja, o novo Israel.

Na parábola Jesus indaga seus ouvintes sobre qual dos dois irmãos havia realizado a vontade paterna: aquele que declinara o convite do Pai - situação de envergonhar um Pai e totalmente reprovável no filho, especialmente no contexto Palestinense -, mas que ao final, tomado pelo remorso fora trabalhar, ou o outro, que havia concordado com o pai verbalmente, evitando problemas e mantendo uma "fachada" de obediência, mas que de fato decide não ir trabalhar. Todos responderam de modo unânime: o filho que, apesar de ter se pronunciado negativamente e fora até a vinha para o trabalho, este sim, cumprira a vontade do pai. É muito interessante esta imagem da parábola.

Como se sabe, são as ações que revelam o mais íntimo de nosso ser e não as palavras. É o que Jesus, de certo modo, também nos mostra neste relato.

Aqui vale a pena um pequeno parêntese: curiosamente estamos nos aproximando das eleições das esferas governamentais. Seria muito interessante utilizar este método ofertado pelo evangelho no momento de escolhermos nossos candidatos: já vimos que quando se trata de discursos, de palavras, os nossos políticos, em sua grande maioria, são imbatíveis. Para separar o joio do trigo é preciso olhar não para os belos discursos, mas para a prática de vida de nossos candidatos e escolher aqueles que apresentaram a maior coerência entre a fala e a ação concreta visando o bem comum.

Em se tratando da revelação do ser, Cristo revelou-se como caminho que conduz ao Pai (Cf. Jo 14, 6) não só em palavras, mas com a própria vida, de fato. Esse aspecto da total revelação de Deus em Jesus na sua auto-doação ao Pai nos é mostrado de modo admirável pelo apóstolo São Paulo na segunda leitura. De fato, Ele o Cristo Senhor que "estando na forma de Deus (tradução da Bíblia de Jerusalém) não usou de seu direito de ser tratado como um deus, mas se despojou, tomando a forma de escravo. Tornando-se semelhante aos homens... abaixou-se, tornando-se obediente até a morte" (Fl 2, 6-8).

"Nascendo na condição humana, renovou inteiramente a humanidade. Sofrendo a paixão, apagou nossos pecados. Ressurgindo, glorioso, da morte, trouxe-nos a vida eterna. Subindo, triunfante, ao céu, abriu-nos as portas da eternidade" (Prefácio IV dos Domingos do Tempo Comum).

É um grande mistério, pois abaixando-se, o Cristo eleva-se ao céu abrindo "para nós a fonte de toda bênção" (cf. Oração sobre as oferendas).

Em Cristo, Deus desceu das alturas e assumiu a baixeza de nossa condição humana. Em tudo semelhante a nós, fora o pecado, o Cristo elevou nossa humanidade à glória da Santíssima Trindade abrindo-nos o caminho para a divindade: "Nisto conhecemos o amor de Deus: Jesus deu sua vida por nós; por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos" (antífona da comunhão)

"Em verdade vos digo: os publicanos e as prostitutas vos precederão no Reino de Deus. Pois João veio a vós, num caminho de justiça e não crestes nele". (Mt 21, 31-32).

Jesus proclama a grande misericórdia de Deus. Em todo seu ministério Jesus se fez próximo àqueles que viviam fora dos padrões religiosos da sociedade judaica (cf. Mt 11, 19; Lc 7, 34; Mc 2, 16).

Como terão soado essas palavras de Jesus aos ouvidos dos judeus? Certamente não terão sido acolhidas com tranquilidade, pois Jesus foi simplesmente "politicamente incorreto" dentro das convenções religiosas judaicas de então - e, quem sabe, talvez também em relação às nossas convenções de hoje...

Jesus com suas palavras proclama que Deus não olha para a religião ritualista, mas sim para o essencial, para o coração; afinal, - como diria o Pequeno Príncipe, personagem da obra magistral de Antoine de Saint-Exupéry - "só se vê bem com o coração"!

Jesus certamente não se opõe aos ritos, nem à religião, mas ele chama a atenção para o que é central: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante" (Mt 23, 23).

Jesus também não quer dizer que Deus ama o pecado cometido pelas prostitutas e pelos publicanos, afinal o salário do pecado é morte (cf. Rm 6, 23). Jesus louva, ao invés, o fato destes pecadores arrependidos terem reconhecido a presença de um Deus misericordioso em suas vidas, coisa que os sacerdotes e doutores judeus, em sua pretensa sabedoria e santidade "conquistada" à força do exercício de ritos não conseguiram reconhecer.

Diante deste Evangelho é possível que nos perguntemos: onde hoje está minha vida refletida? Nos pecadores arrependidos e desejosos de experimentar o Deus do perdão e do amor? Ou será que minha vida está refletida numa conduta religiosa que crê conquistar a simpatia de Deus apenas com o esforço pessoal?
"Senhor, eu não sou digno (a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo (a)" (Rito da comunhão).

Embora todos sejamos indignos de tal graça, o Senhor olhou para nossa sorte e nos associou ao seu mistério de morte e vida, renovando nossa vida e tornando-nos homens e mulheres novos, dignos: "Ó Deus, que a comunhão nesta Eucaristia renove a nossa vida para que, participando da paixão de Cristo neste mistério, e anunciando a sua morte, sejamos herdeiros da sua glória" (Oração depois da comunhão).

Que nesta liturgia, ao celebrarmos o mistério, possamos todos experimentar o amor e a misericórdia de Deus para conosco e, desse modo, possamos igualmente corresponder a esse amor e essa misericórdia praticando a justiça e a retidão para com o próximo

Final dos tempos

Jesus Cristo, herói do século 21. A reinvenção de quem, para os cristãos, é o filho de Deus gerou um fenômeno artístico nos Estados Unidos. Com peitoral marcado, braços musculosos e atitude de vencedor, o Cristo chegou inclusive à capa do jornal The New York Times. "Um Chuck Norris de sandálias", assim definiu a publicação.


O autor dos desenhos, o artista Stephen Sawyer, 58 anos, criou o projeto Art4God para tentar aproximar os jovens da religião. "Todos somos evangelistas de alguma coisa", disse Sawyer à BBC. "Sou o pregador do homem que viveu há 2 mil anos e continua sendo meu herói."

O artista sustenta que a imagem de Jesus masculino e forte vem da Bíblia. "Dificilmente poderiam ter narrado cenas como o ataque de Jesus aos mercadores do templo se o protagonista da história fosse um fracote", defende Sawyer. "Era um carpinteiro da classe trabalhadora. Com certeza o seu corpo era forte e musculoso, porque essa era a sua ferramenta de trabalho."

Através de livros, revistas e blogs, o desenhista, que vive em Kentucky, tem viajado os Estados Unidos alimentando o seu movimento.


Apesar do sucesso, as imagens foram questionadas por grupos de conservadores, para quem destacar o físico de Jesus relega o seu aspecto espiritual.

"Fico feliz que se crie um movimento em torno disto. A ideia é deixar de lado nossos prejuízos e aceitar as crenças de todos a partir da tolerância", responde o autor. "Não sei como Cristo era visto há 2 mil anos, nem me importa. Quero criar uma iconografia que seja relevante para hoje."

Fonte: Terra noticias (enviado por Elis Kátia Cotia - SP)
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Nota de http://www.rainhamaria.com.br/
Diz na Sagrada Escritura:
"É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo". (Gl 1,10)

"Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, e será sempre o mesmo: . (Hb 13, 8)
Nas aparições em Fátima, 1917, Nossa Senhora antecipou:
“Virão modas que ofenderão muito a Deus... O Céu não tem modas, o mundo as tem todas...”
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Réplica do templo de Salomão no Brasil évista como gozação

O Instituto do Templo de Jerusalém disse que o plano da Igreja Universal de construir uma réplica monstruosa do Templo de Salomão que custará aproximadamente R$ 360 milhões está sendo “para sua própria gloria.”


A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo controverso Bispo Edir Macedo, anunciou seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão. A estimativa de custo é de R$360 milhões, 55 metros de altura (18 andares), e com lugar para 10. 000 pessoas. O plano também conta com um estacionamento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos.

“Vai ser sensacional”, disse Macedo, “ Será lindo, lindo, lindo- a coisa mais bonita de todas. O lado de fora será exatamente igual o que foi construído em Jerusalém”.

O Instituto do Templo em Jerusalém vê isso com outros olhos, para eles é “um ato de arrogância voltado para sua própria gloria. Esse plano é uma gozação que vai diretamente contra tudo aquilo que o Templo Santo de Jerusalém representa.”

A Igreja Universal já gastou em torno de R$ 14,4 milhões para importar pedras deIsrael. De acordo com o jornal britânico, The Guardian, o templo será inspirado no Templo do Rei Salomão e contará uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.

O Rabino Chaim Richman do Instituto do Templo escreve, “Nós somos hoje testemunhas de um fenômeno que tenta tirar a legitimidade da relação de Israelcom Jerusalém. Esse plano de construir uma mega igreja representa o próximo passo de tirar toda essa legitimidade de Jerusalém.”.

“A Bíblia ensina que a essência de Jerusalém é a presença de Deus”, disse o Rabino Richman, que continua citando uma profecia do livro de Isaias 2:2 : ”Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimos dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém.”

“A mega igreja planejada pelo Bispo Macedo”, diz o Rabino Richamn, “é uma usurpação e um abuso ao espaço sagrado e ao conceito de Templo Santo que é representado na Bíblia, e também é uma brusca forma de se apropriar de valores sagrados do Judaísmo. A Divina Presença de Deus não pode ser copiada ou simplesmente usurpada e transportada para outro lugar. Isso não é nada mais que uma tentativa sínica e manipuladora da Igreja Universal do Reino de Deus de encaixar a mensagem universal da Bíblia em sua própria agenda.”

O Instituto do Templo, uma organização religiosa e educacional sem fins lucrativos, é dedicada para cuidar de todos os aspectos dos mandamentos Bíblicos sobre a construção do Templo Santo de Deus no Monte Moriah em Jerusalém. Seu maior foco e esforço é reconstruir o Templo Santo em Jerusalém.

Em 1992, Bispo Macedo ficou onze dias preso por fraude. No ano passado, um processo de São Paulo alegou que Macedo e outro pastor sênior embolsaram bilhões de doações em dólares e usaram o dinheiro para comprar propriedades e carros. Macedo, um defensor da teologia da prosperidade e dono de um jato particular de R$81 milhões, negou as acusações.

Traduzido por: Giovanna Tranchesi / Fonte: IsraelNationalNews.com

Fonte: Adonainews
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Comentário de Julio Severo: A replica do Templo de Salomão, feita em verdadeiro estilo faraônico para engrandecer e glorificar a Igreja Universal e seu dono, é um símbolo dos sacrifícios de centenas de milhares de pessoas desesperadas por um milagre. Jesus disse:

“Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.” (Mateus 12:7 ACF)

A Igreja Universal, que exige tantos sacrifícos dos membros, não tem nenhuma misericórdia dos bebês em gestação. Tanto o Bispo Macedo quanto sua TV Record têm condenado esses inocentes ao assassinato.

Veja o artigo: Bispo Edir Macedo assume publicamente preferência pelo aborto: http://www.blogger.com/goog_1133703272


Fonte: www.juliosevero.com

19/09/2011

Jovem sofre enfarte cerebral após tomar pílula do dia seguinte

Uma jovem de 23 anos sofreu um enfarte cerebral após tomar a pílula abortiva do dia seguinte, que na Espanha se vende a varejo sem receita médica desde setembro de 2009. Depois do fato uma equipe do Hospital La Paz (em Madrid) aonde a jovem foi atendida, publicou um artigo alertando que esta situação poderia repetir-se.


A jovem, cuja identidade não foi divulgada, tomou a pílula abortiva doze horas antes de que os sintomas do enfarte cerebral se manifestassem. Na unidade de urgências, aonde chegou porque a sensibilidade na parte direita do corpo tinha diminuído, foi possível constatar a doença.Conforme informa o jornal La Gazeta, a gravidade do assunto fez que a Unidade de Ictus do Hospital La Paz (Madrid) publicasse um artigo na revista científica Medicina Clínica alertando da "relação causa-efeito entre a pílula pós-coital e o enfarte cerebral".

"Com os dados que temos não podemos afirmá-lo rotundamente, mas sim podemos dizer que há uma relação temporária causa-efeito e uma possível associação entre esta pílula e o enfarte", disse o chefe do Serviço de Neurologia do Hospital La Paz, Exuperio Díez-Tejedor, autor do artigo.

Por este motivo, este perito considera que "a vigilância destes efeitos adversos é cada dia mais necessária, devido à maior disponibilidade destes fármacos".Díez-Tejedor explica que a substância que poderia estar atrás destes enfartes cerebrais é o levonorgestrel (estrogênios sintéticos), o princípio ativo que compõe a pílula abortiva do dia seguinte e outros anticoncepcionais hormonais orais.

"O que ocorre é que a dose de levonorgestrel na pílula do dia depois é mil vezes maior à utilizada no resto de anticoncepcionais", indica.

A Europa Press divulgou nesta quinta-feira que a ministra de Saúde, Leire Pajín, assegurou que se estudará este caso, embora tenha considerado que "está falando-se apenas de suspeitas e em nenhum caso de uma análise conclusiva e objetiva que relacione este consumo com o enfarte cerebral".

Deste modo recordou que a venda do fármaco "foi autorizada na Espanha em 2001, com um governo do Partido Popular", apesar de que foram Trinidad Jiménez e Bibiana Aído, quando ocuparam os cargos de ministra de Saúde e de Igualdade, respectivamente, quem aprovaram sua venda sem receita em farmácias.A decisão de seu estudo foi produzida depois da denúncia de que a Associação Estatal de Advogados Cristãos interpôs contra a anterior ministra de Saúde, Trinidad Jiménez e a que ex-titular do ministério de Igualdade, Bibiana Aído, por delitos contra a saúde pública.

Ambas foram denunciadas "por ter aprovado a distribuição da pílula do dia seguinte sem receita médica, e sem considerar os graves riscos que este fármaco tem para a saúde".Dentro do escrito remetido ao Ministério Fiscal, assinalam que "se um médico tivesse revisado o histórico clínico da paciente falecida é evidente que não teria receitado a ela o consumo da mencionada pastilha".

Mais casos
O Hospital La Paz decidiu tornar público o caso da jovem de 23 anos porque, tal como explicam os médicos da Unidade do Ictus, "embora seja apenas um caso isolado, pouco a pouco podem ir acumulando-se".De fato, no artigo se informa que vários estudos "demonstraram um incremento significativo de enfarte cerebral em pacientes que tomavam anticoncepcionais orais diariamente".

Também se relacionaram diretamente com o consumo da pílula abortiva do dia seguinte em outras duas ocasiões: "houve outro caso em Santander (Espanha) e outro país europeu notificou também um fato similar", afirma Díez-Tejedor.

Os especialistas suspeitam que, como ocorre com os anticoncepcionais tradicionais, a maior concentração de estrogênios nas pílulas de emergência favorecem a aparição de complicações cardiovasculares e trombose arteriais em mulheres, sobre tudo, com certa predisposição.

Entre estas pode-se contar as fumantes, as que sofrem de enxaqueca, maiores de 35 anos ou as que apresentam outros fatores de risco como hipertensão ou obesidade. Entretanto, o prospecto da pílula abortiva do dia seguinte não inclui nenhuma destas precauções."O problema é que a livre distribuição impede que o médico informe sobre todos estes riscos", destaca Díez-Tejedor.





















18/09/2011

EUA: mais de 150 meios-irmãos do mesmo sêmen

Denunciam risco de incesto acidental

 Uma trabalhadora social da área de Washington revelou ter descoberto que o sêmen utilizado para conceber seu filho, há sete anos, deu vida a pelo menos outras 150 crianças, o que gerou um debate moral sobre as consequências do fato. Existe inclusive a possibilidade de que se produza um incesto acidental.

Cynthia Daily, de 48 anos, declarou ao jornal The New York Times - em um artigo publicado em 6 de setembro - que iniciou uma busca dos meios-irmãos do seu filho através de um registro na internet.

Ela e seu cônjuge recorreram a um doador para conceber um bebê, há sete anos, e esperavam que um dia seu filho pudesse conhecer alguns dos seus meios-irmãos. Após buscar no registro virtual, Cynthia ajudou a criar um grupo online para poder rastreá-los.Com os anos, viu como ia crescendo a quantidade de crianças do grupo do seu filho. Hoje, são mais de 150 e há outros a caminho. "É uma loucura vê-los juntos, porque são todos parecidos", contou Cynthia, que às vezes sai de férias com famílias do grupo do seu filho.

À medida que cada vez mais mulheres decidem ter seus filhos sozinhas e aumenta a quantidade de nascidos por inseminação artificial, começam a aparecer grupos numerosos de irmãos, filhos de um mesmo doador. Nos Estados Unidos, onde a matéria não é regulamentada, há uma crescente preocupação entre pais, doadores e médicos sobre as potenciais consequências negativas de que haja tantos filhos do mesmo doador, inclusive a possibilidade de que genes de doenças raras se disseminem com mais facilidade. Alguns especialistas advertem sobre a possibilidade de que haja um incesto acidental entre meios-irmãos.

"Minha filha conhece o número do seu doador justamente por este motivo - contou a mãe de uma adolescente concebida por meio de doação de sêmen na Califórnia. Ela até se apaixonou por meninos que são filhos de doadores. O tema já é parte da educação sexual."

Os setores mais críticos sustentam que os bancos de sêmen e clínicas de fertilidade estão lucrando muito, ao permitir que uma quantidade muito grande de crianças seja concebida com sêmen de doadores populares. Pedem limitem legais para a quantidade de crianças que podem ser concebidas com o sêmen de um mesmo doador.

"Ao comprar um carro usado, há mais regras a serem levadas em consideração que ao comprar sêmen", disse Debora Spar, autora de "The Baby Business: How Money, Science and Politics Drive the Commerce of Conception" ("O negócio dos bebês: de que forma o dinheiro, a ciência e a política manejam o comércio da concepção").

Ainda que em outros países, como Reino Unido, França e Suécia, limitem a quantidade de filhos para os quais um doador pode oferecer sêmen, nos Estados Unidos esse limite não existe.Na Espanha, as clínicas de reprodução assistida mantêm as amostras congeladas até conseguir seis gravidezes por doador. Este é o máximo que a lei permite sobre técnicas de reprodução assistida.

A gratificação econômica para os doadores, um tema polêmico, é defendida, no entanto, pelas clínicas de reprodução assistida na Espanha. Especialistas reconhecem que, se não fossem abonados os 600 euros estabelecidos por doação, praticamente não haveria doadores. O retrato falado do doador de sêmen na Espanha é de um jovem universitário de menos de 35 anos.


fonte: ZENIT.org


















Israel premia falecido sacerdote católico que salvou judeus em 1944

Roma, 15 Set. 11 / 08:31 am (ACI/EWTN Noticias) Esta quinta-feira 15 de setembro, na embaixada de Israel em Roma, realiza-se a cerimônia na qual será outorgado o título de "Justo entre as nações" - a mais alta condecoração judaica existente - ao sacerdote Ottavio Posta, quem em junho de 1944 arriscou sua vida para salvar a dezenas de judeus na Ilha Maior (Perugia, Itália).


A nota do L'Osservatore Romano (LOR) assinala que na noite do 19 e 20 de junho de 1944, ajudado por alguns pescadores, o sacerdote italiano se lançou ao Lago Trasimeno para resgatar dezenas de judeus que se encontravam no castelo da Ilha encarcerados por causa das leis raciais.Este episódio é um dos muitos que se enquadram na grande obra da Igreja liderada pelo Papa Pio XII, quem ajudou a salvar a vida de 800 mil judeus durante a Segunda guerra mundial.

O L'OR assinala que o caso do Pe. Posta pôde ser conhecido graças a alguns testemunhos e à investigação do Arcebispo Emérito de Perugia, Dom Giuseppe Chiaretti, nos arquivos históricos diocesanos.Uma carta de agosto de 1944 e assinada por alguns dos resgatados: Bice Todros Ottolenghi, Giuliano Coen, Albertina Coen, Livia Coen, assinala que "dom Ottavio Posta, Pároco da Ilha Maior no (lago) Trasimeno, durante o período de nossa prisão na ilha pelas leis raciais, foi para nós de grande ajuda e consolo".

A missiva ressalta que o testemunho do sacerdote foi mais claro "quando o perigo aumentava, não só fez que os habitantes da ilha nos levassem até a borda aonde já estavam os ingleses, mas também ele mesmo passou conosco o perigo de atravessar o lago, mesmo exposto a tiros de metralhadoras, dando um claríssimo exemplo aos seus paroquianos".A carta, datada em agosto de 1944, pede ademais ao Bispo dessa época "fazer-se intérprete com sua alta palavra ao benemérito dom Ottavio Posta de nossa gratidão por seu ato altruísta e de bom pastor".

O jornal vaticano adianta passagens do discurso do atual Arcebispo de Perugia, Dom Gualtiero Basseti, quem afirma, dirigindo-se ao falecido Pe. Posta, que embora a carta dos judeus resgatados em 1944 não teve resposta do Bispo de então, "sua caridade, exercida sem pensar em méritos ou recompensas, por aqueles sofredores foi uma resposta por si mesma, efetiva e inequívoca. E assim permanece para todos".

"Hoje a comunidade judia, atualizando e honrando seu nome como justo entre as nações, não nos convida simplesmente a uma cerimônia, com o olhar no passado. Onde quer que seja evocada a fé e a esperança em Deus, fala-se ao presente e ao futuro".

Finalmente o Prelado faz votos para que "ajude-nos a inteira comunhão dos Santos; e nos ilumine sua presença desde o alto da Ilha Maior, dom Ottavio, onde está hoje mais que nunca presente em meio de seus paroquianos, como o desejou".

O Pe. Posta foi pároco na mencionada localidade entre 1915 e 1963, ano em que faleceu

Dom de línguas por Prof. Felipe Aquino

São Paulo fala desse dom carismático na primeira carta aos Coríntios, cap 12 e 14. O nome técnico é glossolalia. O Apóstolo diz que quem ora em línguas não fala aos homens, mas a Deus, e diz coisas ininteligíveis aos homens. Há poucos relatos desse dom na vida dos santos, especialmente dos santos doutores. Com o advento da Renovação Carismática Católica, em 1967 nos Estados Unidos, a vivência desse dom se multiplicou entre os carismáticos,especialmente nos grupos de oração. Tem sido fortemente incentivado pelos líderes da RCC; padre Jonas Abib, padre Robert De Grandis,americano, e muitos outros. Nunca vi e nem li um documento da Santa Sé sobre o assunto; também aguardo alguma posição do Vaticano.Embora o dom seja real e possa existir, no entanto, me parece que está sendo forçado a sua vivência, como que obrigando-se e forçando-se as pessoas a viverem-no. Isto não me parece correto; pois o Catecismo diz que não devemos pedir dons extraordinários a Deus de maneira temerária.

O único documento que fala sobre isto é o Doc 53 da CNBB sobre a RCC,que diz: 63. Orar e falar em línguas: O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas éa comunidade. O apóstolo Paulo ensina: Numa assembléia prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência para instruir também aos outros, a dizer dez mil palavras em línguas (1 Cor 14,19). Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santoe os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive achamada oração em línguas e nunca se fale em línguas semque haja interprete.



Televangelista americana escreve oração “em línguas” no Facebook e causa polêmica

MAIS ESTA MANIFESTAÇÃO DE LOUCURA DESTES PROTESTANTES, VEJA A MATERIA ABAIXO:

A televangelista pentecostal Juanita Bynum despertou a curiosidade de alguns usuários da Internet e da comunidade cristã devido a vários comentários na sua página do Facebook, onde ela parece escrever “em línguas”.

As mensagens que chamaram a atenção de todos foram postadas em 17 de agosto quando ela estava orando por Zachery Tims, ministro da uma mega-igreja da Flórida que foi encontrado morto num quarto de hotel de Nova Iorque.
“DEUS ORAMOS PELA FAMÍLIA DA IGREJA DESTINADA …. ORAMOS PELA FORÇA DO PASTOR RIVA TIMS …. DEUS FORTE … DÊ-NOS FORÇA ….. SOMOS O CORPO QUE SENTE ESSA DOR ….. TODOS NÓS A SENTIMOS ….. CUBRA AS MENTES DOS SEUS FILHOS … AGARRE-OS EM SEUS BRAÇOS SENHOR JESUS …… SEDE UM CONFORTO PARA ELES ….. VOCÊ É AQUELE QUE PROVÊ….”, escreveu a profetisa em sua página do Facebook.

Juanita continuou digitando sua oração dizendo: VOCÊ É A ROCHA E O ESCUDO E A ÂNCORA ……. AFASTE TODOS OS ABUTRES… QUE VIRÃO PARA GANHOS GANANCIOSOS E NÃO SE PREOCUPAM COM AS PESSOAS QUE ESTÃO SOFRENDO NESSA IGREJA …… ENVIE-LHES AJUDA PAI … ENVIE-LHES AJUDA ESPIRITUAL QUE POSSA AJUDAR A CURÁ-LOS E A RESTAURAR SUAS PERNAS EM VOCÊ DEUS!!!!!”

Um minuto depois ela volta a digitar uma oração que em determinado momento fica inteligível. “ENVOLVA-OS NO ESPÍRITO … DÊ-LHES UMA MENTE PARA ORAR COMO NUNCA ANTES …. APELAMOS A VOCÊ JESUS …. VOCÊ É NOSSA AJUDA E NOSSA ESPERANÇA!!!!!!!! NDHDIUBGUGTRUCGNRTUGTIGRTIGRGBNRDRGNGGJNRIC VOCÊ É NOSSA AJUDA E NOSSA ESPERANÇA …. RFSCNGUGHURGVHKTGHDKUNHSTNSVHGN VOCÊ DEUS …… VOCÊ É NOSSA AJUDA E NOSSA ESPERANÇA!!!!!! NOSSA ESPERANÇA ESTÁ EM VOCÊ PAI …… NOSSA FORÇA PARA UM MOMENTO COMO ESTE ESTÁ EM VOCÊ PAI …… AJUDE-NOS AGORA……SENHOR NAO PEDIMOS AJUDA APENAS PARA ELES …. ISTO SOMOS NÓS….ESTA É UMA PARTE DE NOSSO PRÓPRIO CORPO…..”

Diante dessas palavras sem coerência, muitos visitantes de sua página começaram a comentar e perguntar se ela estava escrevendo em línguas e outros dizendo que escrever em línguas não tem base bíblica para acontecer já que Palavra fala apenas de falar em línguas para edificação do espírito.

“Você está escrevendo em línguas? Ou estão os meus olhos me enganando”, questionou Damita Stargell.

“Eu não tenho a certeza sobre escrever em línguas, pessoal…independentemente disso continuem orando, mas é melhor não escrevermos em línguas … isso nem sequer é bíblico”, escreveu Jeremias Givens, acrescentando a hashtag “#allInLove” no final de sua comentário.

Outros visitantes da página do Facebook de Bynum estavam pedindo que o texto inexplicável fosse traduzido, e para que a ministra pentecostal respondesse às especulações de que ela estava escrevendo em línguas.

“Deus não lhe disse para escrever em línguas…Eu acho que qualquer pessoa sã/espiritual sabe que isso é verdade… uma explicação/interpretação deve realmente ser feita para que a confusão e a barafunda cessem”, escreveu Kischa Loree Pena.

O The Christian Post contatou os Ministérios de Juanita Bynum na terça-feira e pediu um comentário a respeito das suas controversas mensagens de oração, mas não teve retorno.

Bynum, cujo ministério tem sede em Atlanta, Geórgia, alcançou a atenção da mídia em 2007, quando Thomas Weeks III, na altura seu marido, se declarou culpado de a agredir fisicamente em um parque de estacionamento de um hotel.

Fonte: Gospel Prime
Com informações The Christian Post

O declínio da igreja da bispa Sônia

A líder evangélica enfrenta a decadência de sua Renascer em Cristo, que já fechou 70% dos templos, a doença do filho e sucessor natural, em coma há dois anos, e os processos na Justiça por formação de quadrilha e estelionato
CRISE
Aos 52 anos, a religiosa que brilhava entre as estrelas
evangélicas do País vê o poderio de sua igreja definhar
"É difícil pensar em alguém menos apropriado que a bispa Sônia para escrever um livro intitulado ‘Vivendo de Bem com a Vida’." A frase é de um ex-bispo que foi do alto escalão da Igreja Renascer em Cristo por mais de uma década e sintetiza o momento da instituição neopentecostal brasileira liderada pelo casal Sônia, 52 anos, e Estevam Hernandes, 57. No ano em que comemora um quarto de século, a denominação, tida como a grande promessa evangélica dos anos 1990, dá sinais claros de que está em franca decadência. Com cisões internas, uma complicada crise sucessória, um crescente número de lideranças migrando para outras denominações, templos fechados por falta de pagamento de aluguel e um sem-número de indenizações a serem pagas num futuro próximo, as perspectivas não são nada boas. “O futuro da igreja está nas mãos de Deus”, disse a bispa em entrevista exclusiva à ISTOÉ .

O livro “Vivendo de Bem com a Vida” (Ed. Thomas Nelson), que narra parte da trajetória desta que ainda é uma das figuras femininas de maior peso do movimento neopentecostal brasileiro, será lançado oficialmente no sábado 10, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Com tom professoral e confessional, o título já vendeu as 17 mil cópias da primeira impressão e está a caminho de esgotar as dez mil da segunda, uma raridade para o mercado editorial brasileiro. Parte desse quinhão será oferecida para os fiéis nos templos da Renascer a preços bem acima da média. “Quero cinco pagando R$ 300 por cada um destes livros até o final do culto”, anunciarão os bispos, como já fazem com os CDs, DVDs e livros nos templos da instituição. Tudo para aumentar a arrecadação do grupo. “A sede deles por dinheiro é absolutamente insaciável e está destruindo a igreja”, afirma o ex-bispo.

NOS EUA
Presa com dólares na "Bíblia". Acima, a mansão em Miami
Sede essa que não é mais condizente com a estrutura encolhida que a igreja tem hoje. Em 2002, a Renascer em Cristo contava com 1.100 templos espalhados pelo Brasil e o mundo. Atualmente são pouco mais de 300. O líder que poderia imprimir agilidade à administração, o bispo Tid, primogênito de Estevam e Sônia que sempre teve saúde frágil, está em coma profundo há quase dois anos num leito de hospital. Da equipe de aproximadamente 100 bispos de primeiro time que a denominação tinha espalhada pelo Brasil até 2008, metade saiu para outras igrejas levando consigo pastores, diáconos e presbíteros. Para o lugar deles, ascenderam profissionais com menos experiência, o que, especula-se, pode ser um dos motivos da debandada de fiéis.

Quem acompanha a bispa hoje, porém, pode até acreditar que ela viva de bem com a vida, como diz o título de seu livro. Com um salário que gira em torno dos R$ 100 mil, ela continua com programas televisivos e de rádio diários, se veste com as mais exclusivas grifes e está sempre adornada com joias e relógios caros. Do apartamento triplex onde mora, em um bairro nobre na zona centro-sul da capital paulistana, ela sai pela cidade para cumprir suas obrigações de carro importado, blindado e escoltada por dois seguranças. Isso quando não usa um helicóptero avaliado em R$ 2,5 milhões para visitar seus sítios e haras no interior paulista. Mas que o observador não se engane. A riqueza que ela ostenta hoje não tem a retaguarda do começo dos anos 2000, quando a Renascer nadava de braçada no mar do crescente movimento evangélico brasileiro. “Hoje os Hernandes sangram a igreja para dar sobrevida ao padrão de vida nababesco que têm”, acusa um dissidente. Se nos anos 1990 a opulência do casal servia de chamariz para os adeptos da teologia da prosperidade, que celebra a riqueza material como uma dádiva proporcional ao fervor com que o devoto professa sua fé, hoje ela é uma ameaça à sobrevivência da instituição.

DOR
Juris Megnis perdeu mãe e avó no desabamento
do templo da Renascer e ainda não foi indenizado
Mas como uma neopentecostal de envergadura internacional, que trouxe eventos gigantescos ao País, como a Marcha para Jesus, capaz de arregimentar 3,5 milhões de pessoas na capital paulista num único dia, e criou marcas de imenso sucesso como o Renascer Praise – o maior show de música gospel do Brasil, com mais de 15 edições –, entrou numa espiral descendente e, aparentemente, irreversível, de prestígio e credibilidade? Por que uma líder tão carismática como Sônia Hernandes perdeu apelo tão rápido? Dois eventos, próximos um do outro, desencadearam a derrocada da instituição. O primeiro começou na madrugada do dia 14 de janeiro de 2007, uma terça-feira. A caminho de Miami, nos Estados Unidos, Sônia, Estevam, dois filhos e três netos embarcaram na primeira classe de um voo levando US$ 56.467 em dinheiro. Ao pousar, tentaram passar pela alfândega americana sem declarar o valor. Foram pegos, presos, admitiram a culpa e cumpriram pena de reclusão em regime fechado e semi-aberto. Na época veio a público a informação de que parte da quantia foi encontrada dentro de uma “Bíblia”.

O impacto na igreja por aqui foi de nítido enfraquecimento. Segundo o professor Paulo Romeiro, da pós-graduação em ciências da religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, casos como esse podem até reforçar os laços de quem tem vínculos exclusivamente emocionais com a instituição. Mas para o fiel pragmático – cada vez mais presente no rol de devotos, como bem mostra a alta no trânsito religioso entre denominações – a força de um caso desse pode ser devastadora. Somada às acusações de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato feitas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que vieram a público em 2007, a prisão nos Estados Unidos potencializou as incertezas dos fiéis. “Eles perderam a confiança do rebanho”, garante outro dissidente. Em 2008, o reflexo da debandada chegou aos cofres da instituição. Naquele ano, como arrecadou menos, a dívida com aluguéis de imóveis bateu os R$ 7 milhões.

Pouco depois, enquanto o casal ainda cumpria pena nos Estados Unidos, veio o segundo baque. Em 18 de janeiro de 2009 o telhado da sede da Renascer, na avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci, área central de São Paulo, desabou. No espaço onde boa parte dos cultos era filmada e transmitida, nove pessoas morreram e 117 ficaram feridas. Um laudo preliminar apontou como causa do acidente problemas de conservação e manutenção da estrutura. Dois anos e oito meses após a tragédia, ninguém foi formalmente indenizado. Em pelo menos dez processos, a igreja foi condenada a pagar valores aos fiéis e parentes das vítimas fatais que variam entre R$ 10 mil e R$ 150 mil. Mas os representantes da entidade recorreram de todas as decisões de primeira instância. Somente o advogado Ademar Gomes promove 37 ações de indenização. “A responsabilidade da igreja em relação ao que aconteceu já está comprovada pelos laudos técnicos do Instituto de Criminalística.” O professor de inglês Juris Megnis Júnior, 43 anos, perdeu a mãe, Maria Amélia de Almeida, 60, e a avó Acir Alves da Silva, 79. Sem chance de escapar dos escombros, elas morreram abraçadas. “Não há um dia em que não pense nisso. Nada vai reparar”, afirma. Dirigentes da Renascer respondem criminalmente e na área cível pelo caso em dois processos, que ainda não têm perspectiva de desfecho.

MOMENTOS
A bispa na Marcha para Jesus, em São Paulo,
e com os filhos, Gabriel, Felippe e Fernanda
Com a credibilidade abalada, a frequência nas igrejas e a arrecadação caíram ainda mais. Nas reuniões com o bispado nessa época, que aconteciam às terças-feiras, para rever os resultados da semana anterior, as humilhações se multiplicaram. Se antes Estevam e Sônia maltratavam os bispos que não atingiam as metas, agora, dos Estados Unidos, as broncas vinham por videoconferência, com muito mais veemência. “As reu­niões sempre foram um massacre”, lembra um dissidente. “Mas, com eles nos Estados Unidos, as coisas pioraram, embora um time de bispos daqui, junto com o filho do casal, o bispo Tid, tenha articulado um saneamento nas contas da instituição.”

Quando o plano começou a dar resultados, em agosto de 2009, Tid, ou Felippe Daniel Hernandes, precisou fazer uma operação para reparar uma cirurgia de redução de estômago malsucedida. Durante o procedimento, ele teve uma parada cardiorrespiratória que causou um edema cerebral, comprometendo o funcionamento do órgão e, para todos os efeitos, interditando Tid, que passou a viver em estado vegetativo. A fatalidade, terrível para qualquer família, foi ainda pior para os Hernandes, que tinham no filho um sucessor natural preparado para assumir a Renascer quando Sônia e Estevam se aposentassem. O futuro de uma igreja que já se arrastava ficou ainda mais incerto. Embora na instituição ainda se fale em um milagre, para os médicos, o coma do herdeiro, hoje com atividade neurológica quase nula, é irreversível. Sônia é vista quase diariamente visitando o filho na ala de tratamento semi-intensivo do Hospital Albert Einstein. Muitas vezes a visita é feita tarde da noite, depois dos cultos. Quando Tid precisa passar por qualquer procedimento, como foi o caso na semana do dia 5 de setembro, momento em que trocou uma sonda de alimentação, a bispa para tudo para ficar ao lado do primogênito.

DESFALQUE
A saída do casal Kaká e Caroline Celico, abaixo com Estevam e Sônia, da
Renascer representou um baque e tanto à instituição: eram os principais dizimistas
Em meados de 2009, foi o agravamento do estado de Tid que adiantou a volta do casal dos Estados Unidos. A Justiça americana autorizou o retorno 15 dias antes do fim da sentença, no começo de agosto, para que os pais estivessem no Brasil, caso o estado de saúde do filho piorasse. O retorno marcou uma piora na instituição. O saneamento das contas foi interrompido de vez e a torneira voltou a se abrir para bancar os gastos de Estevam e Sônia. “Não podíamos tirar da contagem nem o dinheiro para pagar o papel higiênico, que dirá o aluguel do templo”, diz um bispo sobre a época que sucedeu o retorno do casal. Contagem é o nome dado pelos religiosos para o procedimento que acontece logo depois do culto, quando as doações são somadas. “Tínhamos que remeter tudo direto para a sede.” Com o aluguel atrasado em diversos locais, a igreja começou a receber ordens de despejo. Em levantamento de dezembro de 2010 feito pelo site Folha Renascer, uma espécie de fórum aberto sobre assuntos ligados à igreja dos Hernandes, 29 templos aparecem com a ordem registrada por falta de pagamento de aluguel em nove foros paulistanos. Hoje com fama de má pagadora, a Renascer tem dificuldade de encontrar proprietários dispostos a tê-la como inquilina.

Foi também em 2010 que a igreja perdeu seu garoto-propaganda e principal dizimista, o jogador de futebol Kaká. Com a mulher, Caroline Celico, eles formavam uma dupla que fortalecia e divulgava a Renascer no Brasil e no mundo. O casal Hernandes não comenta a saída, muito menos o atleta do Real Madrid. Apenas Caroline arrisca alguns comentários enviesados. “Confiei no que me falavam. Parei de buscar as respostas de Deus para mim e comecei a andar de acordo com a interpretação dos homens”, escreveu ela em seu blog. O mau uso do dízimo pago pelo craque, que sabia do fechamento de templos e da fuga de lideranças, teria motivado o rompimento com a igreja. Foi um baque financeiro e tanto. Kaká é o sexto jogador mais bem pago do mundo e, estima-se, depositava nas contas da Renascer 10% dos R$ 21 milhões anuais que recebia.
No fim, quem mais sofre é o fiel. Sua religiosidade acaba envolvida, marginal e injustamente, em questões pouco sagradas. Os evangélicos têm todo o direito de pagar o dízimo e as igrejas de recolhê-lo. O problema é quando o dinheiro desaparece dos templos para reaparecer em forma de ternos, sapatos, brincos e anéis de lideranças pouco comprometidas com a fé. “Estamos nos trâmites finais do processo, em primeira instância, que acusa tanto Estevam quanto Sônia por dissimulação de patrimônio, também conhecida como lavagem de dinheiro”, diz o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco-SP), Arthur Lemos Júnior. O casal costuma atribuir as acusações à perseguição ou à ação de forças malignas. Até meados dos anos 2000 esse discurso tinha algum efeito. Hoje, porém, as coisas mudaram. “A Renascer nunca mais será o que foi”, sentencia Romeiro. Será difícil honrar seu nome de batismo.
Colaborou Flávio Costa

fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/158676_O+DECLINIO+DA+IGREJA+DA+BISPA+SONIA

"Todas as religiões são igualmente boas?"

Templo evangélico na 212 Sul tem o primeiro drive-thru religioso do DF

A disputa por fiéis travada com a Igreja Católica levou uma das maiores instituições evangélicas a lançar mão de um serviço antes restrito a redes de lanchonetes ou agências bancárias: a partir de agora, motoristas podem receber a palavra do Senhor no conforto do próprio carro. A nova modalidade, batizada de “drive-thru de oração”, chegou ao Distrito Federal. Por enquanto, só existe um, instalado no maior templo da igreja Universal em Brasília, na 212/213 Sul. O objetivo dos criadores do serviço, entretanto, é estender a modalidade para as demais unidades da entidade religiosa. São mais de 200 espalhadas em todo o DF. Na próxima semana, templos em Taguatinga têm previsão de receber a iniciativa.


Um cartaz fixado na parada de ônibus no Eixinho, em frente ao templo, informa aos motoristas sobre o serviço e indica o caminho até as portas da igreja. Ao seguir as setas, ele é direcionado a uma tenda, onde encontra um pastor. O atendimento pode ocorrer tanto dentro como fora do carro, dependendo da preferência do interessado, como explica o pastor responsável pela iniciativa, Edgar Lopes. Segundo ele, o objetivo é alcançar os fiéis, independentemente de onde eles estejam.

“Ultimamente, as pessoas têm pouco tempo. Estão sempre na correria. Muitas vezes, estão precisando de uma oração, um aconselhamento, uma orientação, mas não podem ir ao templo. Então, a nossa ideia foi deixar isso mais acessível”, justifica o pastor. “Motos, carros, caminhões. Atendemos quem precisar, seja qual for o veículo. Até mesmo pessoas a pé nos procuram”, diz. Edgar estima que, desde a inauguração do serviço, 100 carros tenham passado pelo local. O atendimento acontece todos os dias da semana, das 8h às 19h30. Segundo o pastor, o serviço é gratuito.

O drive-thru de orações já havia sido adotado em São Paulo. De acordo com o pastor, a ideia surgiu na cidade de Houston, no estado do Texas (Estados Unidos), e foi importada com sucesso. Qualquer pessoa, independentemente do credo religioso, pode ser atendida pelos cinco pastores que se revezam ao longo do dia. De acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), 27% da população do Distrito Federal são formados por evangélicos.

Polêmica
A reportagem do Correio esteve ontem à tarde na porta igreja conversando com pessoas que eram atendidas no drive-thru. A corretora Kátia Damasceno, 39 anos, foi uma das que recorreu à oração rápida por conta de um problema de saúde. Ela nem precisou sair do carro para ouvir as palavras do pastor, que repousou a mão sobre a cabeça de Kátia. Em pouco mais de cinco minutos, a oração foi feita e ela estava livre para seguir. “Acho muito interessante essa ideia. Às vezes você está com pressa ou mesmo com vergonha de pedir ajuda. Eu sou frequentadora do templo, mas muitas vezes fico receosa em contar o meu problema. Dessa forma fica mais fácil”, acredita. “Espero, daqui a sete dias, voltar à igreja para dar meu testemunho.”

Os pastores também distribuem materiais informativos às pessoas que passam pelo drive-thru. Geralmente, folhetos com dias e horários dos cultos no templo religioso. A tenda por onde os carros passam foi personalizada pelos pastores. Nela está contida a mensagem: “pare, ore, siga”, ao lado de pequenas circunferências nas cores vermelha, amarela e verde, assim como nos semáforos.

A auxiliar administrativa Tatiane Kelly Souza, 25 anos, não conhecia o serviço, mas disse que recorreria caso precisasse. “Achei muito bacana. Hoje, as pessoas não têm tempo para nada, então essa é uma maneira de colocar Deus mais próximo delas”, afirma. O contador Diógenes Aaker, 26 anos, por sua vez, afirma respeitar a ideia, mas salienta ter uma crença religiosa diferente. “Cada um tem uma forma de pensar, de procurar Deus. Eu não tenho críticas a fazer.”

Diferentemente de Tatiane e de Diógenes, a doméstica Coraci de Souza, 54 anos, é contrária ao drive-thru. Ela acredita que as pessoas que procuram Deus verdadeiramente devem dispor de tempo para ele. “Não concordo com isso. É coisa de gente preguiçosa. Jamais usaria um ‘negócio’ desses”, afirma.

fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/09/08/interna_cidadesdf,268880/templo-evangelico-na-212-sul-tem-o-primeiro-drive-thru-religioso-do-df.shtml

OS FALSOS PROFETAS: CINCO TESTES

S. João nos dá cinco testes pelos quais podemos determinar quem está no espírito de Cristo, e quem está no espírito do Anticristo.


O primeiro:
este é como podemos conhecer o Espírito de Deus: todo espírito que admite que Jesus Cristo veio em Carne, pertence a Deus. Aquele que nega a encarnação de Cristo na carne não pertence a Deus, mas ao espírito do Anticristo.

O segundo:
“e todo espírito que não aceita Jesus não pertence a Deus” ( 1 Jo 4:1-3). Aquele que nega a divindade de Cristo (e tudo o que ela implica), é um falso profeta também.

O terceiro:
“Eles pertencem ao mundo; desta forma, seus ensinamentos pertencem ao mundo, e o mundo os ouve” (v. 5)A mensagem do falso profeta ecoará pelo mundo. Em muitos dos exemplos acima, o mundo caiu rapidamente dentro destas armadilhas sedutoras, afastando centenas de milhões da Verdade. Por outro lado, a verdadeira mensagem do Evangelho é aceita por poucas almas, porque isso exige arrependimento do pecado e fé no plano de salvação de Deus e é, portanto, rejeitada pela maioria.

“Senhor, poucos se salvarão?” E Ele disse a eles: “Esforçai-vos para entrar pela porta estreita, pois muitos, Eu vos digo, irão procurar entrar, mas não conseguirão” (Luc 13,23-24)

“Vós sereis odiados por todos, por causa do Meu nome” (Mat 10:22)

O quarto:
o quarto teste dado por S. João é a fidelidade ao Magistério da Igreja: “Eles saíram de nós, mas eles não eram realmente nossos; se eles fossem, teriam permanecido conosco. Sua deserção mostra que nenhum deles era nosso” (1 Jo 2:19).

Qualquer um que ensine um Evangelho diferente do que já foi ensinado através do séculos na cadeia da Sucessão Apostólica, está também agindo por meio de um espírito de engano.

Isto não significa que alguém que é ignorante da verdade é culpado de apostasia; mas significa que os que têm conhecimento e se recusam a aceitar que Cristo constituiu a pedra sobre Pedro, a rocha, colocam suas almas – e o rebanho que eles conduzem – em grave perigo.

Nós devemos ouvir novamente o que Jesus disse aos primeiros Bispos da Igreja:

“Aquele que vos ouve, ouve a Mim. Qualquer um que vos rejeite, rejeita a Mim. E todo aquele que Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou” (Luc 10,16).

O quinto:
O teste final é sobre aquele que persiste no pecado, chamando o mal de bem e ao bem de mal – este não é de Deus.Estes tipos de falsos profetas podem ser encontrados em nossa era moderna.

“Todo aquele que não pratica a justiça não é de Deus” ( 1 Jo 3:10)

Pregações em igrejas neopentecostais

Se você já ouviu pregações em igrejas neopentecostais, percebeu que a maior parte das pregações são no Antigo Testamento?

Já viu que os pregadores “avivalistas” gostam de textos que abordam a história da Abraão, Elias, Eliseu, Davi, Daniel, Jeremias etc?

Percebeu que o ministério profético do Antigo Testamento é muito abordado nas preleções dos “conferencistas internacionais”? Se não, ouça e verá!

Observe que “a leitura bíblica neopentecostal é atomizada…isto é, fragmentada, de versículos isolados, é desculturada, desarrigada de seu contexto e usada alegoricamente.

Sendo assim, prega excessivamente no Antigo Testamento.

Abusa dos símbolos vero-testamentário e aplica a simbologia judaica de forma distorcida na igreja hodierna, que é ou deveria ser neotestamentária.

Seus líderes inventam campanhas, tentando realçá-las em textos e personagens do Antigo Testamento, empregando figuras e símbolos, completamente fora do contexto bíblico, como ponto de contato para estimular a fé, e também para arrecadar fundos.

São campanhas dos “318 pastores”, “Unção apostólica de Elias”, “Azeite da Viúva”, “Porção dobrada de Eliseu”, “Derrubando as muralhas de Jericó”.

As campanhas semanais, os cultos “de libertação”, “da vitória”, “da conquista” e “da prosperidade” se multiplicam na disputa de fiéis.

Tudo isso dirigido a um público despreocupado também com as regras de interpretação bíblica, pouco afinado com a reflexão, mas numa busca constante e intensa de solução.

Os pregadores farão tudo para atrair seus “clientes”, muito disputados hoje em dia no mercado evangélico.

Quando se quer extrair, de modo legítimo, um ensinamento bíblico; se parte para a hermenêutica histórica, contextual, linguística e teológica, mas a analogia é o aspecto central na hermenêutica neopentecostal.

Em vez de uma exegese, para extrair do texto bíblico o que ele diz, se pratica a eisegese, colocando no texto o seu próprio pensamento, ou seja, se tenta justificar por meio da Bíblia.

A Bíblia para o neopentecostalismo é indicativa, ou seja, se recorre a ela como justificadora de suas práticas, mas não normativa, ou seja, determinando as doutrinas e práticas da igreja.

A Bíblia, no neopentecostalismo, é um simples amuleto e enfeite de emaranhados de doutrinas estranhas as Sagradas Escrituras.

Uma questão importante na hermenêutica neopentecostal é que ele é pragmática e empírica.

Pragmática se entende que a interpretação bíblica do neopentecostalismo busca praticidade ou funcionalidade de sua crença; se algo é prático e dá certo, então é preciso inserir na doutrina neopentecostal.

Quando algum apologista critica as experiências e crenças no neopentecostalismo, os seus promotores vem com os seguintes argumentos: “mais as pessoas são curadas”, “mas isso tem dado certo”, “explique os milagres de meu ministério” etc.

Sempre se recorre a funcionalidade de suas doutrinas. A experiência sempre procede a doutrina no neopentecostalismo.

No neopentecostalismo – inclusive nos seus enclaves nas denominações históricas -, por mais que seus integrantes se declarem defensores das Escrituras, a importância atribuída as fenômenos, maravilhas e novas revelações os empurrarão à incômoda consequência prática de terem na Bíblia a sua “fonte secundária” de conhecimento.

No contexto na interpretação bíblica, a experiência conta como a mais alta autoridade, determinando os sentido de um texto.

A Bíblia, nessa situação, não é a regra de fé e prática.

Kenneth Hagin estabeleceu a fórmula de fé da confissão positiva, baseado em um suposto encontro com Jesus, por meio da visão ele criou uma nova doutrina.

A revelação, as crenças pessoais, as profecias, as visões tomam o lugar da Palavra de Deus, no momento em que elas estabelecem doutrina.

A hermenêutica neopentecostal é individualista e mística.

Quando se lê a Bíblia, não procuram compreender o significado original que o escritor, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu.

Cada crente que leia a sua Bíblia e interprete da maneira transcendental, por meio de uma revelação interior.

Procuram sempre achar novas verdades, e dizem ser portadores de nova revelações, desprezadas pela igreja durante séculos. Sendo esse entendimento, sempre individual, por meio de uma iluminação.

Na leitura neopentecostal, o Espírito Santo, dá o significado de um texto para necessitadas específicas de várias pessoas, ou seja, o versículo passa a não ter uma significação absoluta, mas é uma mensagem diferente em cada revelação.
 
fote:http://afeexplicada.wordpress.com/2011/06/01/pregacoes-em-igrejas-neopentecostais/

11/09/2011

Casais em segunda união

São muitos os casais hoje em segunda união; pessoas que foram casadas uma primeira vez na Igreja, se separaram e se uniram a outra pessoa apenas na civil, já que não podem se casar na Igreja. A orientação mais clara que a Igreja nos oferece sobre a situação dos casais de segunda união está na Exortação Apostólica “Familiaris Consortio” (Sobre a Família) do Papa João Paulo II, escrita após o Sínodo da Família realizado em 1980; e também no Catecismo da Igreja (§1652).


Antes de tudo a Igreja deseja e espera que uma vez separados os casais possam um dia se reconciliar. A Igreja lembra que a separação física não extingue o vínculo matrimonial e por isso os separados não podem se unir em nova união, a menos que o primeiro casamento tenha sido declarado nulo pelo competente Tribunal Eclesiástico do Matrimônio. Após um Processo canônico o Tribunal pode chegar à conclusão que determinado matrimônio foi inválido, de acordo com as normas do Código de Direito Canônico (cânones 1055 a 1124). Há cerca de 20 casos que podem levar o Tribunal a declarar a nulidade de um matrimônio, são falhas no consentimento matrimonial, impedimentos dirimentes ou falta de forma canônica.

A Igreja lembra que a pessoa que se separou – se não teve culpa na separação – pode continuar a receber os sacramentos da Confissão e da Eucaristia, se mantém –se numa vida de castidade. Sobre os divorciados que contraíram nova união, o Papa João Paulo II disse, baseando-se nas conclusões do Sínodo da Família:

“A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio.” (FC, 84)

Os casais de segunda união poderão receber os Sacramentos no caso de viverem como irmãos, sem vida sexual, como explica o Papa:

“A reconciliação pelo sacramento da penitência – que abriria o caminho ao sacramento eucarístico – pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimonio. Isto tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios – quais, por exemplo, a educação dos filhos – não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges». (idem)

E o Papa diz que não se pode fazer qualquer tipo de celebração em uma segunda união:

“Igualmente o respeito devido quer ao sacramento do matrimonio quer aos próprios cônjuges e aos seus familiares, quer ainda à comunidade dos fiéis proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto mesmo pastoral, de fazer em favor dos divorciados que contraem uma nova união, cerimônias de qualquer gênero. Estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e consequentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimonio contraído validamente.” (idem)

Ato tratar desse assunto o Catecismo da Igreja diz o seguinte;

§1651 – “São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civicamente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo (“Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério”: Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa.”

§1652 – “A respeito dos cristãos que vivem nesta situação e geralmente conservam a fé e desejam educar cristãmente seus filhos, os sacerdotes e toda a comunidade devem dar prova de uma solicitude atenta, a fim de não se considerarem separados da Igreja, pois, como batizados, podem e devem participar da vida da Igreja: Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a dar sua contribuição às obras de caridade e às iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.”

O que é ser feliz?

A sede de felicidade foi colocada em nosso coração pelo próprio Deus, porque ele nos criou para sermos felizes com Ele. Mas o pecado desvirtuou o sentido da felicidade; e agora, ao invés de buscarmos a felicidade que traz alegria, corremos atrás da felicidade que traz somente o prazer.


Inventaram agora um tal SEGREDO, através do qual você pode satisfazer todos os seus desejos não atendidos até hoje; é um sonho, uma miragem no deserto. A felicidade não é esta proposta por esta magia fantasiosa. A Carta da Felicidade é aquela que Jesus nos ensinou no Sermão da Montanha.

Ser feliz não é ter uma vida perfeita, sem dor e sem lágrimas; mas saber usar as lágrimas para regar a esperança e a alegria de viver. Ser feliz é saber usar as pedras nas quais tropeçamos para reforçar as bases da paciência e da tolerância. Não é apenas se encantar com os aplausos e elogios; mas saber encontrar uma alegria perene no anonimato.

Ser feliz não é voar num céu sem tempestade, caminhar numa estrada sem acidentes, trabalhar sem fadiga e cansaço, ou viver relacionamentos sem decepções; é saber tirar a alegria de tudo isto e apesar de tudo isto.

Ser feliz não é só valorizar o sorriso e a festa, mas saber também refletir sobre o valor da dor e a tristeza. Não é só se rejubilar com os sucessos e as vitórias, mas saber tirar as grandes lições de cada fracasso amargo.Ser feliz é não se decepcionar e nem desanimar com os obstáculos e dificuldades, mas usá-los para abrir as janelas da inteligência e modelar a maturidade.

Ser feliz é ser forte na hora de perdoar, ter esperança no meio da batalha árdua, lutar com bravura diante do medo, saber suportar os desencontros. É acreditar que a vida é a maior empresa do mundo.Ser feliz é jamais desistir de si mesmo e das outras pessoas. É jamais desistir de ser feliz; vivendo e crendo que a vida é um espetáculo e um banquete.

Ser feliz é uma atitude de vida; uma maneira de encarar cada dia que recebemos como um lindo presente de Deus. É não se esquecer de agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida que se renova.Ser feliz é crer que há pessoas esperando o seu sorriso e que precisam dele. É saber procurar o que há de bom em tudo e em todos, antes de ver os defeitos e os erros.

Ser feliz é não fazer dos defeitos dos outros uma distância mas uma oportunidade de aproximação e de doação de si mesmo. É saber entender as pessoas que pensam diferente de nós e saber ouvi-las atentamente, sem respondê-las com raiva.Ser feliz é saber ouvir o que cada pessoa tem a nos dizer, sem prejulgar ou desprezar o que tem para nos dizer. É saber sonhar, mas sem deixar o sonho se transformar em fuga alienante.

Ser feliz é fazer dos obstáculos degraus para subir, sem deixar de ajudar aqueles que não conseguem subir os degraus da vida. É saber a cada dia descobrir o que há de bom dentro de você e usar isto para o seu bem e o dos outros.

Ser feliz é saber sorrir, mas sem se esconder maliciosamente atrás do sorriso; mostrar-se como você é, sem medo. É não ter medo dos próprios sentimentos e ter coragem de se conhecer e de se amar. É deixar viver a criança alegre, feliz, simples e pacífica que existe dentro de você.Ser feliz é ser capaz de atravessar um deserto fora de si mesmo, mas ser sempre capaz de encontrar um oásis dentro no seu interior.

Ser feliz é ter coragem de ouvir um Não e continuar a caminhada sem desanimar e desesperar. É ser capaz de recomeçar de novo quando se errou o caminho. É acreditar que a vida é mais bela do que a suas dores, desafios, incompreensões e crises.Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se fazer autor da própria história.Ser feliz é ter maturidade para saber dizer “eu errei”; “eu não sei”; “eu preciso de você”…

Ser feliz é ter os pés na terra e a cabeça nas estrelas; ser capaz de sonhar, sem medo dos sonhos, mas saber transformar os sonhos em metas.Ser feliz é ser determinado e nunca abrir mão de construir seu destino e arquitetar sua vida; não ter medo de mudanças e saber tirar proveito delas. Saber tornar o trabalho objeto de prazer e realização pessoal.

Ser feliz é estar sempre pronto a aprender e se orgulhar de absorver o novo. Ter coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados. Sem medo de errar.Ser feliz é saber construir equipes e se integrar nelas. Não tomar para si o poder, mas saber compartilhá-lo. Saber estimular e fortalecer os outros, sem receio que lhe façam sombra. É saber criar em torno de si um ambiente de fé e de entusiasmo.Ser feliz é não se empolgar com seu próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto. É ter a percepção do todo sem perder a riqueza dos detalhes.

Ser feliz é não se esquecer de agradecer o Sol, desfrutar gratuitamente dos encantos da natureza, do canto dos pássaros, do murmúrio do mar, do brilho das estrelas, do aroma das flores, do sorriso das crianças.Ser feliz é cultivar muitas amizades; é estar pronto para ser ofendido sem ofender, sem julgar e condenar.

Ser feliz é não ter inveja e saber se contentar com o que se tem; é saber aproveitar o tempo que passa; é não sofrer por antecipação o que ainda não aconteceu; é saber valorizar acima de tudo a vida.Ser feliz é falar menos do que se pensa; é cultivar uma voz baixa. É nunca deixar passar uma oportunidade sem fazer o bem a alguém.Ser feliz é saber chorar com os que choram, sorrir com os que sorriem, rezar com os que rezam.

Ser feliz é saber discordar sem se ofender e brigar; é recusar-se a falar das faltas dos outros; é não murmurar.Ser feliz é saber respeitar os sentimentos dos outros; não magoar ninguém com gracejos e críticas ácidas.

Ser feliz é não precisar ficar se justificando; pois os amigos não precisam de explicações e os inimigos não acreditam nelas.Ser feliz é nunca se revoltar com a vida; é agir como a árvore que permanece calada mesmo observando com tristeza que o cabo do machado que a corta é feito de sua madeira.Ser feliz é ser como a raiz da árvore que passa a vida toda escondida para poder sustenta-la.

Ser feliz é não deixar que a tristeza apague o seu sorriso; é não permitir que o rancor elimine o perdão; que as decepções eliminem a confiança; que o fracasso vença o desejo da vitória; que os erros vençam os acertos; que a ingratidão te faça parar de ajudar; que a velhice elimine em você o animo da juventude; que a mentira sufoque a verdade.Ser feliz é ter força para ser firme, mas ter coragem para ser gentil; é ter coragem para ter dúvida.

Ser feliz é ter o universo como caminho; o amor como lei; a paz como abrigo; a experiência como escola; a dificuldade como estímulo; o trabalho como benção; o equilíbrio como atitude; a dor como advertência; a perfeição como meta.Ser feliz é amar a Deus e ao próximo.

fonte:do livro: PARA SER FELIZ
prof° FelipeAquino