28/03/2012

Problemas da Igreja na atualidade- Pe.Paulo Ricardo


Podemos usar tatuagens?

Sobre as tatuagens, a medicina não a recomenda, pelo fato de serem quase irreversíveis e prejudiciais no campo da saúde. No campo social note que são muito usadas, na sua maioria, por jovens ligados à música pesada, crime, violência, drogas, etc. Isto não parece bom. Muitas vezes são pactos , consagrações, que são celebradas até com as forças do mal e das trevas. Aí então, piorou. A Bíblia diz o seguinte:

Lv 21, 5 “Os sacerdotes não rasparão a cabeça, nem os lados de sua barba, e não farão incisões em sua carne.”Lv 19,28 “Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor.”
Dt 14, 1 “ Vós sois os filhos do Senhor, vosso Deus. Não vos fareis incisões, e não cortareis o cabelo pela frente em honra de um morto.”
As tatuagens têm sua origem no mundo das magias e do esoterismo. A magia é uma artimanha que pretende forçar poderes superiores ou a própria Divindade a agir segundo a intenção do mago, e só ele, conheceria os meios para tal. É claro que isto ofende a Deus.

A magia é uma caricatura da religião, pois coloca o homem (mago, bruxa, feiticeiro, necromante, cartomante, pagé, etc.) acima de Deus, que ele quer controlar com os seus encantamentos. Dizem serem capazes de “ler o futuro”, de “trazer a pessoa amada em 3 dias” ... mas, na verdade, usam de truques e ilusões para enganar e ludibriar aqueles que os procuram. A Bíblia condena tais “magias” e aqueles que a seguem (Lev 19,31 ; Lev 20,6; 1 Cor 10,20´22; Jer 1,16; Jer 16,10-13). Porém a tatuagem hoje em dia não é usada apenas por pessoas que querem fazer o mal ou que fazem parte de alguma seita diabólica, mas é usada também por pessoas desinformadas sobre as origens e sobre o que Cristo pensa sobre fazer tais figuras.

Devemos pensar assim:
Se faz mal ao meu corpo ou prejudica a minha fé em Jesus Cristo, não irei usar!!”
A Tatuagem faz mal ao corpo e prejudica a fé em Jesus, pois vai contra aos ensinamentos, logo, o verdadeiro Cristão não pode fazer tais desenhos (não importa o tamanho ou o tipo) em seu corpo. O Piercing caminha do mesmo modo, pois é cancerígeno (já comprovado pela medicina só que pouco divulgado).

Contudo, todos são livres para guiar a sua vida do jeito que quiserem. Mas aqueles que, realmente, se dizem Cristãos, não podem se deixar levar pela luxúria e pelo modismo do mundo.

11/03/2012

10 MANDAMENTOS PARA A PAZ NA FAMÍLIA


A paz começa em casa

1. Tenha fé e viva a Palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo.

2. Ame-se, confie em si mesmo, em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor.

3. Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas.

4. Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater.

5. Participe com sua família da vida da comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivam a violência.

6. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo.

7. Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que o que você pensa e ouvindo o que os outros têm para dizer.

8. Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo.

9. Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser.

10. Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.



A VONTADE DE DEUS QUE NOS SANTIFICA


Os santos ensinam, com unanimidade, que o caminho da santidade é “fazer a vontade de Deus”. Isto nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade, que, acima de tudo queria fazer a vontade de Deus em todo tempo.


A Encarnação foi a maneira que Jesus encontrou para, como Homem, fazer perfeitamente a vontade de Deus, que Adão não quis fazer, e assim anular o seu pecado.

A vontade de Deus nem sempre não coincide com a nossa. E aí está o primeiro passo para amar a Jesus: abdicar do que nós queremos, para fazer o que Ele quer. É o que São Paulo chamava de “a obediência da fé” (Rm 1,5), sem o quê é “impossível agradar a Deus” (Hb 11,6), já que o “justo vive pela fé” (Hab 2,4; Rm 1,17).

O profeta Isaías disse:

“Meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor, mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos” (Is 55, 8-9).

A lógica de Deus é diferente da nossa porque Ele vê todas as coisas, perfeitamente, enquanto a nossa visão é míope e limitada. É como se olhássemos a vida como um belo tapete persa, só que pelo lado do avesso.

Não podemos duvidar de que a vontade de Deus para nós “seja a melhor possível”, mesmo que seja incompreensível no momento.

O que mais agrada a Deus é trocarmos, consciente e livremente, a nossa vontade pela d’Ele, porque Isto é prova de muita fé, concreta. Quando damos esse passo, Ele substitui a nossa miséria pelo seu poder. Portanto, é preciso a cada dia, a cada passo, em cada acontecimento da vida, fazer esse exercício contínuo de aceitar a vontade do Senhor, que sabe o que faz.

São Bernardo, doutor da Igreja (†1153) disse: “Se os homens fizessem guerra à vontade própria, ninguém se condenaria”. Este é o segredo para se abandonar aos desígnios de Deus: ele é Pai, ele nos ama, ele quer só o nosso bem, por mais adversas e incompreensíveis que sejam a situação que vivemos. Ele está no leme do barco da nossa vida. É preciso confiar!

Deus é o maquinista do trem da nossa vida, por isso não precisamos nos preocupar com a nossa sorte. O salmista diz: “Confia ao Senhor a tua sorte, espera Nele: Ele agirá” (Sl 36,5).

“Mas eu Senhor, em vós confio… meu destino está em vossas mãos” (Sl 30,15-16)

Santo Afonso de Ligório (†1787), doutor da Igreja, resumia tudo dizendo: “Fazer o que Deus quer, e querer o que Deus faz”.

São Paulo insistia nisso; dar graças a Deus em tudo é o que alegra ao Senhor, pois é o melhor testemunho de fé que lhe damos. Esta atitude consciente elimina a tristeza da nossa vida, arranca de nós o mau humor, a impaciência, a grosseria com os outros e a perigosa lamentação.

É nessa perspectiva que S. Paulo dizia: “Ficai sempre alegres, orai sem cessar. Por tudo dar graças” (1Tes 5,16).

Não seremos felizes de verdade e não teremos paz duradoura, sustentada, enquanto não nos rendermos à santa e perfeita vontade de Deus.

“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!… O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus” (Fil. 4, 4-7).

O santo vive na paz e na perene alegria, embora caminhando sobre brasas muitas vezes. São João Bosco dizia que “um santo triste é um triste santo”, e o seu discípulo, S. Domingos Sávio, dizia que a santidade consiste em “cumprir bem o próprio dever e ser alegre”.

São Paulo perguntava: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8,31). E o Apóstolo explicava a razão dessa esperança: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho (…) como não nos dará com Ele todas as coisas“? (8,32).

É nessa mesma fé e esperança que o santo vive; a cada instante repetindo para si mesmo aquela palavra do Senhor: “Não vos preocupeis por vossa vida… Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos?… São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso” (Mt 6,25-32).

Jesus ensina o que é essencial: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça” (6,33), isto é, fazer a vontade de Deus.

Também conosco será assim; é nos momentos mais difíceis da vida, nas crises de toda espécie, que temos a oportunidade de fazer a vontade de Deus da melhor maneira; especialmente quando Deus nos pede beber o cálice da amargura. O que fazer? Correr, fugir?

A vontade do Pai deve ser perfeitamente realizada na terra como é no céu. Quando isto acontecer, então o Reino dos céus acontecerá na terra plenamente.

Na última Ceia Jesus disse a seus apóstolos: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15). Quem não luta para guardar os Mandamentos de Deus, não ama a Deus. É por amor a Jesus que devemos amar os Mandamentos e não pecar. Eles são o caminho da conduta moral que nos leva à perfeição querida por Deus.

Infelizmente, em nossos dias, os homens querem fazer a própria moral e não mais viver a moral que Deus nos deu. É o que nos tem dito o Papa Bento XVI, “a ditadura do relativismo”: cada um faz a moral e a doutrina que quer; como se Deus não existisse e não tivesse revelado suas leis; e quem não aceita esta “nova mentalidade”, é, então, taxado de retrógrado, obscurantista e atrasado. É uma verdadeira ditadura do homem contra Deus. É como se a verdade não existisse e o bem fosse igual ao mal.

Prof. Felipe Aquino


03/03/2012

A Igreja Católica e o mundo atual

Não é a primeira vez, nestes 20 séculos, que a Igreja Católica parece perder relevância, fiéis e atualidade na mensagem. Isso aconteceu na queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e do Oriente (1453 d.c.), na invasão da Europa pelos mouros (711 d.C), na invasão dos povos bárbaros, na crise da Renascença, com o aparecimento dos diversos ramos do protestantismo (Lutero, Calvino, Zwinglio), no Iluminismo, nas Revoluções Francesa, Mexicana ou Espanhola, na perda dos Estados Pontifícios e mesmo durante a 21 Guerra. Voltaire tinha certeza de que acabaria com a religião católica e Nietzsche proclamava que Deus morrera.
Tem, porém, sempre ressurgido, com força maior e santos renovadores, como São Francisco de Assis, São Bernardo, Santo Inácio de Loyola, São José Maria Escrivã, mostrando a permanência de uma mensagem que não necessita de marketing, pois penetra no íntimo dos homens de boa vontade, dispostos a viver valores familiares, profissionais e sociais.
Mesmo a grande crítica que se fez à Idade Média não se sustenta, se tivermos presente que graças à Igreja Católica, criou-se o maior instrumento de cultura da civilização ocidental, que é a Universidade. Quase todas as ciências evoluíram a partir de cientistas sacerdotes, desde a astronomia à física, matemática ou genética.
O próprio processo de Inquisição – a história demonstra que o número de condenados, em séculos de Inquisição, foi muito menor do que os mortos em qualquer batalha sem expressão daquela época – permitiu a evolução do direito processual moderno, com a eliminação das ordálias, substituídas pelo contraditório. O certo é que a Igreja Católica tem conhecido um renascer fantástico, como as últimas jornadas da juventude em Madrid demonstraram.
Por outro lado, as figuras dos dois últimos Papas (João Paulo II e Bento XVI), quando se pensava que a Igreja Católica estaria desaparecendo, levaram e levam multidões, que acolhem com entusiasmo a figura de Sua Santidade por onde passa.
É bem verdade que vivemos período de múltiplos choques, que procurei retratar no meu livro A era das contradições. Hoje, o egoísmo e a autorrealização, alimentados por uma expansão da desfiguração familiar, do avanço das drogas, da corrupção e da falta de fidelidade, tanto na família quanto nos negócios, fizeram com que muitos se afastassem da religião católica, que não transige no que há de permanente em seus valores.
O homem tem, todavia, uma necessidade fantástica de Deus e, quando não busca o verdadeiro, elege outros deuses, como ocorreu com o nacional socialismo ou os deuses do cotidiano (dinheiro, sexo, poder, drogas etc.).
Tal choque entre o mundo das virtudes e o mundo do egocentrismo é algo que permanecerá até o fim dos séculos. Mas, como as estações se renovam, renova-se, de igual forma, a mensagem de Cristo, que se torna sempre nova, apesar de seus 2.000 anos. Essa é a razão pela qual, nada obstante as críticas e ataques que recebe de todos os lados, a nave da Igreja singra buscando os homens, não como uma empresa busca clientes, mas, desinteressadamente, para que encontrem um sentido de vida que Ihes dê a verdadeira dimensão da existência.

Por Ives Gandra da Silva Martins
Advogado tributarista, professor e jurista.