06/09/2013

Papa convence mulher a não abortar e oferece-se para ser padrinho

Foi o desespero que levou Anna Romano a escrever ao Papa. A mulher, italiana, encontrava-se grávida do seu amante, um homem casado, e este já lhe tinha deixado claro que não iria ajudar a criar o bebé, tentando convencê-la a abortar. 

Sob pressão, Anna escreveu ao Papa, mais por desabafo do que por outra razão, e foi com grande surpresa que recebeu um telefonema de Francisco. 

"Fiquei estupefacta ao telefone. Ouvi-o a falar. Tinha lido a minha carta. Assegurou-me que o bebé é um dom de Deus, um sinal da providência. Disse-me que nunca estaria sozinha", conta Romano ao jornal italiano "Il Messagero". 

Após alguns minutos de conversa, a futura mãe encontrava-se novamente cheia de esperança e decidida a levar a gravidez até ao fim. "Ele encheu-me o coração de alegria quando me disse que eu era corajosa e forte pelo meu filho", recorda. 

As palavras do Papa foram ainda tranquilizadoras noutro sentido. Anna disse a Francisco que gostaria de baptizar o filho, mas "tinha medo que não fosse possível" por ser "mãe solteira e divorciada". O Papa não só explicou que seria possível baptizá-lo, como se ofereceu para ser ele próprio o padrinho. "Estou convencido que não terá dificuldade em encontrar um pai espiritual, mas, se não conseguir, estou sempre disponível", disse Francisco. 

Anna Romano já fez saber que, se a criança for rapaz, vai chamar-se Francisco. 

Desde a sua eleição, o Papa já pegou várias vezes no telefone para falar pessoalmente com pessoas que sabia estarem a passar dificuldades. Um dos telefonemas envolveu um rapaz cujo irmão tinha sido morto e, mais recentemente, uma mulher argentina vítima de violação.

fonte:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=121125